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Levanta-te e luta!

Sim, levanta-te e luta! Quando a vida te prega rasteiras para as quais não estavas à espera, não penses que ficar no chão é opção.

“Não importa quantas vezes cais, mas sim quantas vezes te levantas”, já diz a famosa frase.

E, de facto, torna-se verdadeira a partir do momento em que nos levantamos e percebemos que temos muito mais a ganhar do que ficar no chão.

Se ficarmos no chão, não iremos perceber o nosso real valor. Ficaremos sempre a pensar no que poderia acontecer se nos levantássemos mais uma vez. Muitas das vezes apetece-nos ficar no chão, parar. É o nosso ego a dizer-nos basta. Basta de humilhações. Basta de tentativas falhadas. É mais apetecível ficar numa posição conhecida e confortável, do que enfrentar o desconhecido.

Mas a cada tentativa falhada, ficamos um pouco mais perto da nossa visão. Sabemos melhor qual o caminho que devemos percorrer. A próxima tentativa correrá ainda melhor. E vai chegar o dia em que acumulaste tanta experiência nas tentativas falhadas, que já sabes fazer tudo para que as coisas resultem bem.

Podes perder uma batalha, mas chega sempre a hora de bater com as mãos no chão e continuar a perseguir o teu sonho.

A tua luta é pessoal e só tu a podes combater.

A vida prega-nos rasteiras, é verdade. Mas muitas vezes existem para que encontremos a força necessária para continuarmos o nosso caminho. Erguemos a cabeça e ganhamos mais confiança, mais auto-estima. O nosso horizonte altera-se e a nossa zona de conforto expande-se. O que tínhamos como garantido, deixou de o ser.

Encontramos muitas pessoas que andam perdidas. Exteriormente parecem que estão bem, mas no seu interior não são pessoas felizes.

Nunca tentaram ser felizes?

Tentaram uma vez, falharam, e não voltaram a tentar?

Sabem que podem dar mais de si, tornarem-se uma versão melhor de si mesmas, mas isso implica uma mudança. Mudança do estilo de vida. Mudança de hábitos, rotinas.

O único factor constante é a própria mudança.

O ser humano é extraordinário, e somos muito mais resilientes do que imaginamos. É nas adversidades que percebes o quanto vales.

Por isso é muito importante teres um caminho definido, um plano de acção. Se não der por um lado, então tentas pelo outro. E se mesmo assim não conseguires vislumbrar o caminho, limita-te a andar. O caminho aparecerá à medida que for feito. À medida que fores adquirindo novos conhecimentos, conhecendo novas pessoas.

As rodas do universo começam a funcionar a partir do momento em que decides caminhar.

Pode parecer um pouco estranho, mas funciona. As coisas acontecem como que por magia, e o que parecia impossível começa a tornar-se uma possibilidade remota.

luta

Faz-me lembrar o filme “Indiana Jones e a Última Cruzada”, onde o protagonista não vê a ponte invisível que está mesmo à sua frente. Tem que acreditar e dar o primeiro passo. E a magia acontece.

Sempre fui uma pessoa curiosa e gosto de perceber como as coisas funcionam. Questionar é importante para mim, permite-me raciocinar melhor e tomar decisões baseadas nas minhas conclusões. Permite-me pensar “fora da caixa”.

Hoje em dia existem coisas que já não questiono nem tento perceber o porquê de acontecerem.

Simplesmente sei que acontecem, e há coisas que não se explicam.

Também é importante aceitar as informações que as outras pessoas dão, sem fazer julgamentos. Mas é ainda mais importante questionar. É uma ferramenta importante que nos permite evoluir. Se uma multidão segue para o mesmo caminho, por que razão haverei eu de seguir esse mesmo caminho? Existe alguma regra? A sociedade assim o exige, embora de uma forma inconsciente? Ao ser humano foi dada a capacidade de pensar por si próprio, mas cada vez mais a sociedade faz-nos esquecer disso mesmo. Somos “empurrados” a seguir o mesmo caminho que a multidão segue, sem questionar.

O caminho contrário poderá parecer um pouco ortodoxo, fora do contexto do que é considerado “normal”. Mas o que é normal para uns, pode não ser para outros.

Afinal, cada pessoa tem o seu caminho para seguir.

Faz-nos sentir bem sabermos que estamos a percorrer o nosso caminho, mesmo caminhando sozinhos. Claro que é ainda melhor ter também outras pessoas a acreditarem em nós, faz-nos sentir que não estamos sozinhos e que temos um ponto de apoio, se for necessário. São essas pessoas que, embora parecendo que não estão lá, aparecem sempre na altura certa para nos dar a orientação correcta, para nos estimular. Mas é apenas um bónus, porque o importante é sentires que estás a seguir o teu caminho, mesmo sem estrada à vista.

Faz-me lembrar um outro filme, “The Matrix”, em que o Neo sabe que alguma coisa não está bem na sua vida e só começa realmente a acreditar em si próprio quando aparece outra pessoa, o Morpheus, que acredita mais nele do que ele próprio.

A propósito, este é um filme cheio de mensagens subliminares, já pensaste bem?

Sabias também que é muito interessante ter um caderno, uma espécie de diário, onde anotas os teus planos, as tuas conquistas, o que esperas da vida para os próximos anos?

Desta forma, no final de cada ano, podes reler o que escreveste e perceber o quanto mudaste. O quanto mudaram os teus objectivos para chegares à tua visão.

A evolução que houve pode ser assombrosa, mas só te apercebes realmente disso se tomares notas.

Acredito que viemos a este mundo para evoluirmos e ajudarmos também os que se aproximam de nós a evoluírem. Caminhamos para um plano vibratório mais elevado, e isso só acontece se evoluirmos todos em conjunto.

E para ajudarmos o próximo, temos que estar bem connosco. Temos que nos sentir vivos. E isso só acontece se não desistirmos dos nossos sonhos.

Não gostamos de pensar na morte, porque achamos que ainda está muito longe, mas o tempo passa muito rápido.

Mais rápido do que gostaríamos.

E quando isso acontecer, que legado gostarias de deixar às novas gerações?

O que gostarias que estivesse escrito na tua lápide do cemitério?

 

Obrigado pela tua presença.

 

 

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Os terríveis dois anos! E agora??

Pode-se dizer que o L está na faixa etária da “tal” crise dos dois anos.

Mas, muito sinceramente, não sei se se enquadra nisso.

Aliás, o que é isso da crise dos dois anos? Provavelmente foi um termo inventado por alguém que viu uma mudança acentuada de comportamento nos bebés que passam por esta idade.

Ou um termo inventado pela sociedade, para rotular o comportamento menos próprio.

Sinceramente não sei.

Hoje em dia tudo tem que ter um rótulo, um nome.

Só assim ficamos mais descansados porque sabemos do que se trata, e sabemos como lidar com isso.

Se existe um problema e tem nome, então tem que haver solução.

Cada vez mais se ouve falar muito de parentalidade positiva, parentalidade consciente, slow-parenting, etc.

Confesso que, para mim, a terminologia não é um factor indicativo.

Muito menos decisivo.

O que realmente importa mesmo é educar o meu filho com base em princípios que vão fazer dele uma pessoa com bons valores éticos, morais e sociais.

No fundo, que seja uma pessoa segura, confiante, altruísta, bondosa, sonhadora e independente.

Se este tipo de educação tem um nome?

Não sei, só queremos que seja Humano.

São princípios que gostamos de instruir desde muito cedo, e, à medida que ele vai-se desenvolvendo, começam-se a notar na forma como ele fala e interage com as outras pessoas, e com o meio envolvente.

Vou contar-te uma pequena história…

Certa vez, estávamos à mesa de um restaurante, e o empregado veio trazer-nos uma garrafa de água. Eu e a minha mulher nem nos apercebemos da situação, quando de repente, só ouvimos o empregado a dizer “de nada”.

Pára tudo! O que acabou de acontecer??

O nosso filho tinha agradecido ao empregado, e o empregado retribuiu-lhe a delicadeza do gesto!

Uma conversa de adultos (embora entre um bebé e um adulto), e o nosso filho tinha interagido com o empregado sem ninguém lhe dizer nada. Soube perceber o gesto que o empregado fez ao trazer-nos uma água, e sentiu que deveria agradecer por esse mesmo gesto.

São momentos como este que nos deliciam, e que nos fazem sentir que estamos no caminho certo.

Desde muito novo que também falamos com ele da mesma forma como falamos para um adulto. Não usamos termos “abébézados”. Os pópós, os piu-pius não existem nas nossas conversas. Não faz sentido usarmos termos que não são os verdadeiros, para que ele fixe esses termos e depois tenhamos que ensinar novamente os termos correctos.

Aprender, para desaprender e voltar a aprender… não, obrigado.

É uma escolha nossa.

O facto também de desde muito novo termos comunicado por gestos, através de BabySigns, permitiu que ele não se sentisse frustrado e fosse sempre um bebé feliz por ter uns pais que compreenderam as suas necessidades.

 

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Estamos também certos que esta forma de comunicar veio trazer-lhe mais segurança e confiança na forma de transmitir as suas emoções e os seus pensamentos, que hoje se revelam de uma forma mais consciente com o seu crescimento.

Sempre explicámos tudo da melhor forma possível para que ele possa compreender, e sempre na base do diálogo.

É muito importante o bebé perceber que é correspondido, e que é uma voz activa na sociedade.

Entendia sempre o que queríamos dizer, e ainda hoje isso acontece.

Mas estamos a falar de um bebé, que ainda está em pleno processo de desenvolvimento. E, tal como todos os bebés, tem os seus momentos menos bons.

Tentamos sempre dialogar, para que ele possa exprimir o que sente, e perceber quais as acções que o levaram a esse estado.

E deixamo-lo sentir as emoções, sem as reprimir.

Até nós, adultos, temos momentos menos bons, quanto mais eles, que estão em pleno processo de desenvolvimento.

Existem muitos artigos com truques e dicas para lidar com um bebé nesta fase. Como se existe um botão mágico para desligá-los quando estiverem a fazer birras… importa sim, seguires o teu instinto e perceber o porquê da “birra”.

Qual a acção que levou aquele bebé a estar naquele estado? Que emoções estará a sentir?

Como seres humanos que somos, também perdemos a paciência.

Apetece-nos “saltar a tampa”, mas suspiramos fundo e tentamos colocar os nossos pensamentos em ordem, para não nos desviarmos da educação que pretendemos dar.

dois anos

 

Não somos apologistas de palmadas psicológicas, mas sim de consequências.

Não de consequências fúteis e sem sentido, mas daquelas bem fundamentadas e adequadas à situação.

Fazem sempre parte do nosso dia-a-dia, e quando existe alguma acção menos própria, existe uma consequência, para que ele possa perc

eber.

Se estamos à mesa a comer, e atira o individual para o chão, o individual fica sujo e depois já não pode comer naquele individual, por mais que goste e queira comer como os pais.

Se molha o chão da casa de banho enquanto está a tomar banho, depois terá que limpar.

Tudo o que ele manda para o chão, terá que apanhar.

Claro que também ajudamos, porque os bebés seguem o nosso exemplo. Aprendem muito mais pela acção do que pelas palavras, e por isso aqui em casa temos algum cuidado na forma como pegamos nos objectos, como interagimos uns com os outros, etc.

Não esperes ficar sentado no sofá e ordenar ao teu filho que faça as coisas sozinho, sem dares o exemplo…

Sâo este tipo de consequências que o ajudam a perceber a relação causa-efeito.

O estado emocional dos adultos cuidadores também é muito importante.

O bebé “sente” quando alguma coisa não está bem, por isso o ambiente em casa tem que ser calmo e sereno.

Tens que estar bem contigo próprio, só assim podes ajudar quem precisa.

Cada família tem a sua forma de educar, e não existe nenhuma fórmula mágica que funcione para todos.

Observa o teu filho, e percebe como podes interagir com ele da melhor forma possível, sem o expores ao ridículo, e dando o melhor exemplo possível.

Terrible two? Para quem?

Sinceramente não vejo crise dos dois anos. Vejo sim, um ser a crescer e a desenvolver-se, e que precisa de ser compreendido. E com isso vem a aquisição de novos conhecimentos, novas emoções.

A descoberta de uma identidade.

O que pensas desta fase dos dois anos?

Gostaria de saber a tua opinião.

 

Obrigado pela tua presença.

 

 

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Um Novo Início

Um novo ano começa, e com ele surge um novo início. Surge a vontade de mudar o que não está bem na nossa vida.

Largar o passado, fazer planos no presente, para mudar o futuro.

A lista das mudanças que queremos implementar é feita, novos projectos são colocados em papel. As datas são traçadas.

No entanto, o tempo não perdoa, e o fulgor inicial que adveio do início do novo ano perde-se com o passar dos meses.

Chegamos ao dia em que tínhamos planeado que o tal projecto estaria concluído, mas não aconteceu. As datas derrapam. E com elas foge a vontade de mudar a nossa vida.

O problema é das outras pessoas? Da falta de dinheiro? Da sociedade? Não há tempo suficiente?

Falta de empenho?…

Lembra-te que não é preciso haver uma mudança de ano para mudares de vida. Não é preciso ninguém dizer-te quando deves mudar. A mudança começa quando tu quiseres. E começa dentro de ti.

De ti, para o mundo.

Quando estamos acomodados, não é fácil mudar. Precisamente porque se trata de uma mudança.

O ser humano é um animal de hábitos, e a mudança exige abandonar algo que temos como garantido para embarcar no desconhecido.

Mas só assim saímos da nossa zona de conforto. Só abraçando o desconhecido podemos conhecer novas pessoas, conhecer novas realidades, fazer novos planos.

Ser persistente quando os resultados não aparecem é uma mais-valia nos dias de hoje. É muito mais fácil abandonar a nova vida que planeámos e voltar ao que éramos, do que manter-nos rumo ao desconhecido. É um falso porto de abrigo.

E muitas vezes enveredamos por caminhos que não nos levam a lado algum, apenas para termos que recomeçar.

Dar um passo à frente, para logo a seguir dar dois passos atrás. Mas a resiliência acaba por dar os seus frutos, é tudo uma questão de tempo, e de fazer a acção correcta durante o tempo necessário.

É necessário confiar no nosso instinto e no nosso coração.

Sentir que estamos a fazer o correcto e a avançar rumo à nossa visão.

A mudança aparece lado a lado com o estabelecer de novos rituais, hábitos e rotinas.

Mudarmos o nosso pensamento em relação a quem somos, e a quem realmente queremos ser.

Um novo início implica largar tudo o que não nos faz falta, incluindo as pessoas que não nos deixam desenvolver, porque pensam que parados é que estamos bem. Muitas vezes essas pessoas não fazem por mal, porque eles próprios receiam a mudança e não querem que tu mudes. Querem-te ao pé deles, parados no tempo. Receiam que tu descubras a verdade, que realmente é possível mudar, se a tua intenção se manifestar de diversas formas. Receiam saber que eles próprios poderiam mudar, mas que se sentem bem assim.

Ser disciplinado é imprescindível para atingirmos os nossos objectivos. A disciplina constrói-se mantendo o foco no que é essencial.

Dividir os planos em objectivos pequenos, que levem na direcção que pretendemos ir.

E o tempo… segmentar bem o dia é um factor primordial.

O novo projecto tem-me consumido muito tempo e não tenho tido muito tempo para fazer outras coisas essenciais, mas é tudo uma questão de prioridades. Não me estou a queixar, até porque quando fazemos o que gostamos, o tempo parece passar a correr. Parece que os segundos andam mais rápido. Alguém pode dizer aos seres pequeninos que estão dentro dos relógios, para abrandarem um pouco o tempo…?

Acima de tudo, o que importa é sermos verdadeiros connosco e confiarmos em nós próprios.

O caminho faz-se caminhando.

 

Obrigado pela tua presença.

 

 

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Balanço do Ano

E porque é importante fazer um balanço acerca do ano que está a terminar, desta vez, decidi gravar uma pequena mensagem para ti.

 

 

Transcrição do vídeo:

“Olá,

O meu nome é António Santos, e sou o Papai Tó.

Gostaria de partilhar contigo um pouco do balanço que foi este ano.

Foi um ano cheio de coisas boas, que ajudaram o Papai Tó a crescer muito. É um caminho que está a ser feito com passos seguros e sólidos.

Não é fácil ser homem, pai, companheiro, artesão, empreendedor, e manter a nossa visão e o nosso foco intactos.

Mas vale bem a pena quando nos sentimos bem a fazer o que gostamos, e sabemos que é para um bem maior, para servir o outro o melhor possível.

Quero agradecer por este ano que passou, e por ter contribuído para uma maior consciência em relação à construção dos brinquedos e materiais pedagógicos, no que diz respeito à madeira e aos acabamentos utilizados.

Só por este factor, considero que um dos meus objectivos foi cumprido, através das informações que tenho passado nos meus artigos.

A oferta e a variedade é cada vez maior, e isso é salutar quando existe também qualidade, porque quem vai ganhar com isso é o consumidor. Que neste caso, serão os bebés e as crianças.

Não te esqueças também que ao comprares no comércio local, estás a contribuir para ajudar a alimentar uma família.

Enquanto que ao comprares numa grande superfície, estás apenas a alimentar o sonho de uma única pessoa.

Também em jeito de balanço, resta-me agradecer o apoio e incentivo em relação às mensagens que tenho transmitido, em que tento ajudar ao máximo a escolheres o melhor produto possível adequado às tuas necessidades, de acordo com os requisitos necessários em termos de certificação, da madeira utilizada e respectivos acabamentos.

O próximo ano reserva-me novos desafios, novas oportunidades para crescer e para vos servir ainda melhor. E no meio disto tudo, é muito importante não perder a integridade e sermos fiéis aos nossos princípios. Não tomar atalhos que nos possam levar por caminhos indesejados.

Espero no início do próximo ano ter já algumas das novidades que estou a preparar para vós.

Não te esqueças, certifica-te sempre que o que compras vem do comércio justo e que a sua construção e o tipo de acabamento (madeiras, tintas, vernizes, óleos, etc.) são certificados e próprios para os bebés e crianças mexerem.

É muito, muito importante.

Acede à minha página do facebook e pede para aderir ao grupo do Papai Tó para ficares a saber das novidades em primeira mão.

Desejo-te um bom ano, e que seja melhor do que imaginas.

Até para o ano.

Sê feliz.”

 

Obrigado pela tua presença.

 

 

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Feliz Natal!

Muito já se escreveu sobre o Natal, e como é vivido nas pedagogias de ensino mais conhecidas.

Não me vou alongar muito nesta semana, mas das recordações que tenho do Natal, as que me veem mais à memória não são as prendas que recebi.

A família reunida…

A montagem da árvore de Natal…

A colocação dos enfeites…

O presépio…

O ir apanhar musgo para colocar no presépio…

O cheiro da comida…

O calor humano…

A família reunida…

Isso sim, são as recordações que mais prezo e valorizo.

São precisamente essas que tento passar ao meu filho, bem como os valores inerentes a esta época.

No entanto, e sempre que possível, mostro-lhe que as boas acções são para serem praticadas durante o ano todo, não são só nesta altura. Ajudar o próximo sempre que possível, em qualquer altura do ano, é imperativo.

Infelizmente, esta época é rica no consumo desmesurado e incontrolável, onde olhamos para o nosso umbigo e facilmente nos esquecemos de que não estamos sozinhos.

Precisamos todos uns dos outros.

O Natal não se trata de consumir sem olhar a meios, mas sim de dar.

Só desta forma podemos receber.

Desejo-te um Feliz Natal, com tudo a que tens direito.

Que recordações tens do teu natal, na tua infância?

 

Obrigado pela tua presença.

 

Como trabalho a madeira

Esta semana dei início a um novo projecto. Confesso que não consigo estar muito tempo sem mexer na madeira, sem construir algo com as minhas mãos, de forma artesanal. Faz-me sentir útil. A forma como trabalho a madeira é primordial para alcançar os níveis de excelência a que me proponho, e para o meu bem-estar.

Não faz sentido ser de outra forma.

Serei eternamente exigente comigo próprio, o que é diferente de ser perfeccionista.

A busca incessante pela perfeição pode levar-nos a estados de ansiedade e de depressão. É importante perceber quando devemos parar.

Não é bom para a nossa saúde tentar chegar a um estado que não existe.

Não nos podemos enganar.

A viagem tem um propósito maior do que o fim em si, e tem muito mais sabor se podermos se soubermos aproveitá-la.

No final, o que importa é compreender que estamos a crescer com o caminho que escolhemos percorrer, e que para isso temos que estar alertas, conscientes.

O facto de procurarmos a perfeição, faz com que nos esqueçamos da viagem e nos foquemos apenas no resultado final.

E com isso podemos procurar caminhos alternativos, mais rápidos, que podem levar-nos ao nosso objectivo, mas que não nos fazem crescer durante a viagem.

Escolhi esta forma de trabalhar porque dá-me satisfação.

Esqueço tudo o que está à minha volta e concentro-me na tarefa que tenho em mãos. Todos deveriam a oportunidade de fazer realmente o que gostam, pelo menos uma vez, nesta passagem por este planeta.

 

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Ontem foi dia de comprar mais madeira para o meu novo projecto. Será algo para o L brincar e para se exercitar um pouco (esperemos que sem muitas nódoas negras!).

Existem muitos locais onde se pode comprar madeira, desde as grandes superfícies comerciais até às serrações propriamente ditas. E dentro das serrações, existe uma grande variedade.

Confesso que apenas compro madeira nas grandes superfícies comerciais quando preciso de tipos de madeira de baixa qualidade, ou de algo apenas para desenrascar. Depende muito do projecto que tenho em mãos. A variedade também não é muita e a forma como é armazenada deixa um pouco a desejar. A escolha é complicada porque é difícil encontrar madeira que não tenha algum tipo de empenamento.

Para este novo projecto, apesar de ser um protótipo, tinha que ter madeira de boa qualidade, porque a segurança do L é um factor primordial.

A serração oferece-me essa garantia, porque só lá é que consigo encontrar o tipo de madeira que preciso.

Neste caso, era Faia.

E, claro, é sempre bom perceber qual a origem da madeira, e se tem o carimbo FSC

 

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Após a escolha da prancha de madeira que queria levar (chama-se prancha à tábua comprida, neste caso são 2,30 metros, que é serrada do tronco da árvore), foi necessário perceber se caberia no carro…

Houve algumas dúvidas porque o carro é pequeno, mas com alguns ajustes, consegui trazê-la inteira!

madeira madeira

Ao chegar à minha oficina, é tempo de perceber como vou trabalhar a madeira.

Os esboços e as medidas já feitas ajudam muito, e foi só perceber como serrar a madeira para aproveitar ao máximo as partes que não são necessárias para este projecto.

Tento não desperdiçar nada, e os bocados que não são necessários podem vir a dar jeito para futuros projectos. Nunca se sabe.

Assim, serrei a prancha de alto a baixo, e separei o que me interessava do que não queria.

madeira

madeira

Foram 2,30 metros a serrar manualmente, sempre a seguir uma linha previamente traçada!

De seguida, medi uma das peças que me interessava e serrei-a novamente com um corte transversal, desta vez mais curto.

Desta forma, estou a treinar e a aperfeiçoar as minhas habilidades. A minha destreza e sensibilidade aumentam e sinto uma energia revigorante que me fazem continuar e querer mais.

E gosto do exercício físico que se gera com esta actividade.

Como vês, depois de serrada com as dimensões aproximadas, fica com um aspecto tosco.

Estes cortes que se vêm são o resultado dos cortes feitos na serração, pelas serras das máquinas eléctricas.

Não é este o resultado pretendido, e por isso é necessário agora desbastar esta camada superficial.

Utilizo para isso uma plaina de desbasto rápido, que dá um aspecto ondulante.

madeira
Plaina de desbaste rápido
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Comparação entre superfície a aplainada e a superfície tosca

Algumas pessoas até preferem que as peças de madeira fiquem apenas desta forma, porque dá uma sensação única ao toque e fica com um aspecto rústico. Não deixa de ser interessante.

madeira

Confesso que esta é uma fase exigente, a nível físico.

Requer paciência e resistência.

Dependendo da quantidade de desbaste que é necessário fazer, sinto o coração a bater mais depressa, a bombear sangue mais rápido para todo o meu corpo.

A frequência mais acelerada da respiração indica que estou perante uma actividade física mais intensa, que desperta os meus sentidos e permite-me ao mesmo tempo praticar e treinar as minhas habilidades, aperfeiçoando-as.

Mas ainda estou a meio caminho de ter apenas esta face da peça pronta.

O próximo passo é então alisar e suavizar esta face toda, recorrendo a várias plainas e utilizando também umas peças de madeira para ir verificando o empenamento.

madeira
Plaina de acabamento
madeira
Face da madeira terminada de aplainar e completamente lisa

E no fim, repetir o mesmo processo para todas as outras faces…

É um jogo de paciência, mas também de conhecimento da madeira que está a ser trabalhada e da ferramenta que estou a usar.

O bom de usar plainas manuais é que a fase de do acabamento incluí muito pouco tempo a lixar a peça, porque o trabalho foi todo feito com a utilização da plaina.

Ou seja, reduzo muito o pó que circula no ar e que pode entrar nos meus pulmões.

Todas estas ferramentas manuais têm que estar bem afinadas.

Não faz sentido utilizá-las se não as soubermos afiar, e se não estiverem sempre prontas a serem utilizadas no seu potencial máximo.

É um processo contínuo, que nunca termina, e há que saber quando se deve afiar. Para isso é preciso praticar, conhecer a ferramenta.

O ar puro que respiro, sem máscaras… o som da madeira a ser serrada indica-me quando estou prestes a terminar… a sensação de que não existe mais nada que impossibilite a execução do trabalho, a não ser a minha vontade.

A utilização de ferramentas manuais possibilita-me ouvir o ambiente que me rodeia, e ser mais saudável.

Ajuda também a estar num ambiente mais sustentável e a diminuir a pegada ecológica, já que não poluo o meio ambiente com o barulho das máquinas eléctricas. A única energia utilizada é a força humana.

 

madeira

Consigo sentir a madeira.

Com máquinas eléctricas era totalmente impossível sentir todas estas emoções.

As máquinas têm o seu lugar e deverão ser utilizadas com sabedoria, mas não deverão diminuir o prazer nem a nossa técnica de trabalhar com a madeira.

Qualquer pessoa, ao fim de pouco tempo de treino, consegue ficar apto a manobrar uma máquina eléctrica.

A utilização de ferramentas manuais também pode ser feita por qualquer pessoa, mas é necessário praticar sempre que possível.

A curva de aprendizagem poderá ser um pouco maior, mas isto porque faz-nos treinar todo o nosso corpo e treinar habilidades que não estamos habituados a utilizar.

Mas é isso que torna esta arte tão especial. Está ao alcance de todos, e faz-nos treinar muitas características que vamos usar ao longo da nossa vida.

Esta é a forma como eu trabalho a madeira, e é assim que abordo os outros aspectos da minha vida.

 

Obrigado pela tua presença

 

 

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