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Férias Grandes

Férias!

Sabem sempre bem, não é verdade?

Agosto é, por excelência, o mês tradicional de férias! O verão é a época do ano em que o calor aparece, os dias ficam maiores, e sabe bem esquecermo-nos da rotina diária que nos é “imposta” pela sociedade durante o ano inteiro.

No entanto, para quem tem filhos, esta também é a época em que é necessário organizar bem como eles vão passar estes (longos) dias de descanso.

Para eles, são as denominadas “férias grandes”.

O que fazer com as crianças durante este tempo todo…?

Os pais têm que trabalhar e não conseguem ficar em casa tanto tempo.

A solução?

Existem várias, algumas bem dispendiosas, infelizmente, para a maior parte das carteiras.

Quem tem a sorte de ter os avós ou outros familiares por perto, é uma bênção deixá-los aos seus cuidados, até porque as crianças aprendem muito com os mais crescidos.

Ao acompanharem-nos no seu dia-a-dia, reparam como agradecemos ao senhor do talho, como deixamos passar alguém na fila do supermercado, como cumprimentamos alguém.

Aprendem também como contar e gerir o dinheiro, ao pagarmos as compras que fazemos. Aprendem muito, quer a nível social, quer a nível financeiro.

Nalgumas sociedades, as crianças são educadas por várias pessoas dentro da sua comunidade, e não exclusivamente pelos pais.

Como diz um provérbio africano, “É preciso toda uma aldeia para educar uma criança”.

Por vezes, parecemos que somos estranhos a partilhar a mesma casa onde se come e dorme, porque cada um tem o seu ritmo e horário.

Durante o ano escolar, os pais passam muito pouco tempo com os filhos, porque têm que sair cedo para o trabalho e levá-los para a escola.

Ao final do dia, saem tarde do trabalho, e muitas vezes só têm tempo para perguntar como correu o dia, dar-lhes banho, comida e xixi-cama, como se costuma dizer.

As férias podem servir precisamente para estreitar os laços familiares, conhecermo-nos melhor; viajar em família (as crianças aprendem imenso nas viagens), fazer actividades lúdicas, brincar.

 

Artigo relacionado: A minha Busy Board

 

Cartas e jogos de tabuleiro são bem-vindos.

Mas nesta altura do ano, os pais, sentem quase como se fosse uma pressão, uma necessidade, de preencher os dias com actividades que duram o dia inteiro.

Por um lado, querem que os filhos cresçam rapidamente e que aprendam o máximo possível num curto espaço de tempo.

Por outro lado, muitas vezes não têm com quem deixá-los e veem-se “obrigados” a inscrevê-los em inúmeras actividades.

Aparecem então os ATL, as colónias de férias, as actividades das juntas de freguesia, etc. São opções muito bem-vindas, quando não existem alternativas, mas nem todas as pessoas têm a capacidade financeira para inscrever os filhos em tantos sítios.

A sociedade actual está construída para que o dinheiro que seja ganho ao longo do ano, seja rapidamente gasto em épocas como as férias e o natal.

Trabalhamos a vida toda para alimentar o sonho de outra pessoa (o nosso patrão), e esquecemo-nos de viver a nossa vida, de alimentar e trabalhar para os nossos sonhos.

Os horários de trabalho são os impostos pelo mercado de trabalho, que não se coadunam com os horários escolares.

Onde está a possibilidade de trabalhar a partir de casa para acompanhar o crescimento dos nossos filhos?

Onde está a possibilidade da redução do horário de trabalho?

Em alguns países, esta já é uma realidade.

 

Férias Grandes

 

E o que é isto das “férias grandes”?

 

Já alguma vez pensaste por que razão as “férias grandes” são como são?

Será que os nossos petizes estão tão cansados dos estudos do ano inteiro, que necessitem de tantos dias de férias?

E de ficar, de uma vez só, tantas semanas (ou meses) fora do ambiente escolar?

No meu tempo penso que seriam uns 2 meses e meio, agora já nem sei….

A resposta pode ser mais banal do que tu pensas…

Segundo o livro “Escola Sem Sala de Aula” (de Ricardo Semler, Gilberto Dimenstein e Antonio Carlos Gomes da Costa, Papirus Editora), esta questão vem de há muito tempo atrás.

Antigamente, uma elevada percentagem da população era rural.

Muitas pessoas ainda trabalhavam no campo e faziam disso o seu modo de vida. Há cerca de 200 anos atrás, aquando da criação do espaço escolar como o conhecemos hoje (século XIX), era necessário que as crianças regressassem a casa para ajudar as famílias no campo, a fazer a colheita.

E a colheita durava entre 2-3 meses, naquela altura…

Hoje em dia, em pleno século XXI, não se justifica a estrutura escolar existente. Os tempos mudaram, mas não existiu um processo que acompanhasse esta transição.

Muitas coisas que existem hoje, já não fazem sentido. Está em marcha uma restruturação, diria mesmo uma revolução do actual sistema de ensino público.

Existem cada vez mais pessoas insatisfeitas com este panorama, e é impossível continuar desta forma. São passos pequenos que estão a ser dados, mas que no seu todo vão ajudar a realinhar a estrutura do ensino.

 

Artigo relacionado: A Escola Ideal

 

É necessário, também, que as empresas onde trabalhamos percebam que a mudança tem que acontecer.

Não é fácil, há muitos “monstros” e crenças antigas por derrubar, mas temos que começar por algum lado.

O que representam para ti as férias?

Que recordações tens das tuas férias de infância?

Deixa o teu comentário, e partilha, se fizer sentido para ti.

 

Obrigado pela tua presença.

 

 

 

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Tipos de Brinquedos

Já reparaste nos mais diversos tipos de brinquedos que existem?

Será que no fundo são todos iguais e têm o mesmo propósito?

Neste artigo vou desvendar o que são brinquedos educativos, brinquedos pedagógicos e materiais pedagógicos.

Não é necessário decorares estes conceitos ou definições, mas sim perceberes que existem diferenças entre os vários tipos de brinquedos, e que cada um tem a sua funcionalidade e finalidade.

Mas afinal, um brinquedo não é apenas um brinquedo?!

Podemos pensar que, em termos genéricos, um brinquedo é apenas um brinquedo, sim.

No entanto, para sermos mais específicos, podemos dividir esta grande área nos seguintes tipos de brinquedos:

  • Brinquedo Educativo
  • Brinquedo Pedagógico
  • Material Pedagógico

 

Brinquedo Educativo

Este tipo de brinquedo caracteriza-se por proporcionar uma brincadeira “livre”

Ou seja, as poucas regras que existem são muito claras e o bebé/criança pode usar o brinquedo sem a intervenção de um adulto para o corrigir. A presença do adulto é apenas necessária para garantir que o bebé/criança não se magoa com o brinquedo.

Permite desenvolver, principalmente:

  • A coordenação motora
  • A percepção de sons e cores
  • O foco
  • A imaginação

Exemplos deste tipo de brinquedos são:

  • Jogos de encaixe
  • Instrumentos musicais
Tipos de brinquedos
Painel Sensorial, ou Busy Board

 

Artigo relacionado: A minha Busy Board

 

Brinquedo Pedagógico

A presença de um adulto é necessária para explicar quais as regras deste tipo de brinquedo, pois a criança necessita de conhecê-las para brincar. As regras a cumprir são mais específicas que na utilização dos brinquedos educativos.

Permite, sobretudo, desenvolver:

  • O raciocínio
  • A memória

São exemplos deste tipo de brinquedos:

  • Jogos de tabuleiro
  • Jogos com letras e números

 

Material Pedagógico

Distingue-se do brinquedo educativo e do brinquedo pedagógico por ter sido estudado em pormenor para que a criança o possa manipular de forma a educar os seus sentidos específicos, tais como o da percepção:

  • do peso
  • da textura
  • da cor
  • da dimensão
  • do cheiro
  • do som

 

e é aplicado à pedagogia específica de ensino.  Desta forma, exige a presença de um adulto para supervisionar e esclarecer como se usa o material, já que existem regras muito claras e específicas de como se usa, e de como se deve mostrá-lo à criança.

Os exemplos mais conhecidos, da pedagogia de ensino Montessori, são:

  • A Torre Rosa
  • A Escada Castanha

 

O principal conceito a reter é que, se somos adeptos de uma ou mais pedagogias de ensino, é importante percebermos que materiais pedagógicos fazem parte dessa pedagogia, e que existem distinções.

A maior parte dos tipos de brinquedos que conhecemos, os mais genéricos e se calhar os que são mais fáceis de encontrar, são os brinquedos educativos e os pedagógicos.

E, por vezes, o melhor brinquedo é sair da rotina de casa, apanhar ar fresco, e brincar sem regras, livremente.

E se o teu filho se sujar? Significa que brincou muito!

 

Também existem pais que, ao identificarem-se com uma metodologia de ensino, apenas procuram mostrar aos seus filhos materiais daquela metodologia específica.

E está tudo bem, se assim for.

Mas mais importante que isso, é observares o teu filho e perceberes o que ele mais necessita.

Perceber em que fase de desenvolvimento está neste momento, e qual o brinquedo/material que lhe fará mais sentido manipular nessa fase que atravessa.

 

Artigo relacionado: A importância de ser um pai Presente

 

Cá em casa, identificamo-nos mais com a metodologia de ensino Montessori.

Contudo, não somos extremistas, e procuramos mostrar várias opções para o nosso filho, sejam eles brinquedos educativos, pedagógicos ou materiais pedagógicos.

Gostaria apenas de ressalvar que esta é a minha opinião pessoal, que também foi fundada através de pesquisas efectuadas.

O limiar entre cada conceito poderá ser muito ténue, e por vezes até se poderão misturar um pouco, originando alguma controvérsia saudável.

 

Infelizmente, também eu, na maior parte das vezes, tenho dificuldade em tentar fazer-me entender quanto falo com alguém que não está muito por dentro deste assunto.

Não é fácil explicar as diferenças entre brinquedo e material pedagógico, porque são conceitos que estão um pouco misturados, e o mais comum é utilizar a palavra “brinquedo” para qualquer coisa.

Agora que já sabes… olha para bem os brinquedos que tens em casa. Que tipo de brinquedos/materiais tens?

Já tinhas pensado nestes conceitos?

Gostaria de saber a tua opinião.

 

Obrigado pela tua presença.

 

 

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Antes prevenir que remediar

Ter um bebé em casa obriga-nos a estar num alerta constante e estarmos sempre conscientes. Diria até que é uma actividade mindfullness.

 

Artigo relacionado: A importância de ser um pai Presente.

 

É muito importante prevenirmos qualquer situação menos boa que possa ocorrer, ao invés de a remediarmos.

Por mais que tenhamos a casa preparada, existem sempre perigos à espera de serem encontrados pelas mãos dos mais pequenitos.

Para quem segue a pedagogia Montessori (criada pela Drª. Maria Montessori) e a tenta aplicar em casa, tem a necessidade de preparar o ambiente para que seja mais seguro e confortável para o bebé explorar à vontade, sem ter que pensar nos eventuais perigos.

O principal conceito é colocar a mobila ao nível dos mais pequenitos, de modo a que se possam movimentar de uma forma mais autónoma e livre.

Desta forma, fomenta-se assim a responsabilidade e a confiança neles próprios.

Consiste, principalmente, em ter:

  • Uma cama de chão (ou ao seu nível), em que o colchão pode assentar directamente no chão ou em cima de um estrado
  • Prateleiras a baixa altura
  • Mesa e cadeira pequenas, adequadas à altura do bebé

Estes são os princípios básicos a considerar para um bebé.

À medida que vai crescendo e vai passado por várias fases de  desenvolvimento (Montessori denomina-as de “períodos sensíveis”), vai tendo a necessidade de interagir mais e fazer mais coisas desafiantes, advindo daí uma constante adaptação à sua evolução.

Torna-se então útil equipar a casa com:

  • Uma torre de aprendizagem, onde possa estar em segurança e para que possa ajudar os pais na bancada da cozinha, lavar as mãos ou os dentes sozinho
  • Um roupeiro à sua altura onde esteja a roupa que usa mais frequentemente, para que ele próprio possa escolhê-la e vestir-se
  • Uma sapateira onde possa guardar os seus sapatos

Uma das preocupações a ter em conta, é minimizar ao máximo os perigos que uma casa pode ter.

A principal precaução (e mais comum) é tapar as tomadas eléctricas, que são muito tentadoras porque estão precisamente à altura dos bebés.

Depois existem outras preocupações também mais evidentes.

Uma delas, por exemplo, é proteger as esquinas dos móveis, que parece que têm sempre uma seta de sentido obrigatório na sua direcção.

Estes perigos (e outros que não mencionei), são os mais evidentes e do senso comum.

No entanto, quero alertar-te para um perigo escondido (e a maior parte das vezes esquecido), que, infelizmente, já causou muitos ferimentos graves, e até algumas mortes.

Quando mobilamos a nossa casa, muitas vezes preocupamo-nos apenas com o essencial: se está no sítio adequado, se combina com a decoração, se o interior tem boa arrumação, etc.

Mas esquecemo-nos que as crianças são exploradoras inatas em, e aproveitam ao máximo cada pormenor para as suas brincadeiras.

É necessário também ancorar a parte detrás dos móveis à parede, de modo a que não tombem para a frente.

Podemos pensar que não há necessidade, que vai ser chato e inestético porque vamos ter que fazer buracos na parede.

Isto porque pensamos que o nosso bebé nunca vai conseguir abrir a gaveta, nem ter força para puxar o móvel pesado… puro engano!

As crianças têm muita força de vontade, e basta abrirem uma gaveta na sua totalidade e pendurarem o peso do seu corpo todo numa delas, para que o centro de gravidade do móvel se altere para a frente.

Fica assim muito mais fácil tombar, podendo ter um resultado catastrófico!

Mesmo que se use um fecho extra de segurança no interior de cada gaveta, de modo a que só os adultos as consigam abrir, as crianças encontram sempre uma forma de contornar as adversidades. Não as podemos substimar.

É simples aparafusar um móvel à parede, já existem ferragens próprias para isso. E se não souberes como o fazer nem o que comprar, pede a alguém que o faça. A vida do teu filho está em jogo, não queres facilitar pois não?

Os acidentes acontecem, mesmo aos mais prevenidos.

Cá em casa, as sapateiras foram feitas por mim.

Para resumir uma longa história, não tínhamos nenhuma sapateira.

E não gostávamos do tipo em que os sapatos são colocados na vertical.

Desta forma, a biqueira com o tempo começa a estragar-se.

E além disso, os sapatos não são todos iguais, o que torna ainda mais complicado. Alguns têm que ficar na diagonal, outros têm que ser empurrados até caberem, etc.

Já para não falar das botas, que não têm sítio onde arrumar.

E como tivemos uma má experiência com uma marcenaria a quem pedimos para fazer os móveis… se queres uma coisa bem feita e à medida, fá-la tu mesmo! E coloquei mãos à obra.

 

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Fiz uma para mim e outra para a minha mulher (ambas com dimensões diferentes, e com alturas diferentes entre prateleiras).

antes prevenir que remediar
A minha sapateira (imagens em cima) e sapateira da minha mulher (imagens em baixo)

Como podes ver pela imagem, a da minha mulher é mais alta (1,28m) e menos profunda que a minha (30cm), o que não a torna muito estável. Basta abrir as duas portas de cima para que começa a tombar para a frente, já que o peso dos sapatos não é suficiente para o evitar.

Não pensei duas vezes e segurei-a à parede, através deste tipo de ferragens. Existem várias opções, esta foi a que utilizei.

 

Artigo Antes prevenir que remediar
Sistema de ancoragem do móvel à parede. O mesmo sistema de ancoragem pode ser visto da lateral do móvel, do lado de fora.

 

São medidas simples como esta que temos a obrigação de implementar na nossa casa.

Mesmo que o móvel não tombe completamente para a frente, há o perigo dos objectos que estiverem em cima do móvel deslizarem e caírem em cima da criança, causando ferimentos graves.

Claro que nunca devemos deixar as crianças sem supervisão, mas existe sempre uma altura em que isso acontece e ficam sozinhas por breves instantes. Basta uma fracção de segundo para o impensável acontecer. Acontece ao mais cauteloso.

O melhor mesmo é andarmos pela casa como se fossemos um bebé.

Colocarmo-nos de gatas para ficar ao nível dos seus olhos e perscrutarmos todos os recantos possíveis e imaginários que possam chamar a mais pequena atenção.

E depois de fazermos isso uma vez, é melhor fazer novamente, não vá alguma coisa ter escapado.

 

Tens alguma medida de segurança implementada na tua casa que queiras partilhar? Deixa o teu comentário.

 

Obrigado pela tua presença.

 

 

 

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A importância de ser um pai Presente

Todos os artigos que escrevo são importantes, mas este tem uma particularidade especial.

Aprendi, por experiência própria, que é de uma enorme importância ser um pai presente, para ti e para o teu filho.

Vou explicar o porquê, de acordo com o meu ponto de vista.

 

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Todos ouvimos dizer que o nascimento de um filho vem alterar a nossa vida: as rotinas, os nossos objectivos de vida, reforçar os nossos valores, e sobretudo questionar (em tudo) o mundo que nos rodeia.

Acima de tudo isto, vem ensinar-nos a amar.

Incondicionalmente.

 

Biológicamente, a ligação do bebé é muito mais forte com a mãe do que com o pai.

É a mãe que gera o filho e que o suporta e carrega (literalmente) durante 9 meses.

Muito provavelmente a voz da mãe é a primeira que o bebé vai ouvir e a conexão fortalece-se ainda mais depois do seu nascimento.

Se o bebé for amamentado, os laços com o lado materno unem-se cada vez mais a cada dia que passa.

É um momento a dois, tal como o são todos os outros momentos: o mudar a fralda, dar banho, etc.

E qual o papel do pai?

O pai pode “ajudar” nalguma situação?

Pode “ajudar” a mudar a fralda?

Pode “ajudar” a dar banho?

Pode “ajudar” nas tarefas domésticas?

Pode “ajudar” e ficar com o bebé alguns minutos para que a mãe possa descansar um pouco?

Nada disso!

O pai não pode ajudar, o pai deve partilhar a experiência da maternidade com a mãe, e aproveitar todos os momentos com o seu bebé para fortalecer a união e o afecto entre ambos.

Tem que aprender a mudar a fralda?

A limpar o cócó?

A dar banho?

A adormecê-lo?

Claro que sim, tal como a mãe.

É uma aprendizagem conjunta.

E não se pense que ter um filho é fácil, porque não é.

 

Artigo relacionado: Fraldas, Babywearing, e outras coisas mais

 

Tem que haver uma forte uniãocompreensão e harmonia entre o casal, já que se vai perder muita coisa, mas ganha-se outra ainda maior: o amor incondicional de outro ser!

O melhor presente que podemos oferecer é estarmos presentes quando a nossa atenção é solicitada.

Desde o nascimento do meu filho que decidi estar presente sempre que ele necessitasse de mim.

Não apenas estar fisicamente, mas estar eu todo, de corpo e alma. Escutá-lo. Dar-lhe a mão quando pedisse.

Simplesmente estar.

Aprendi a mudar as fraldas e depois a lavá-las (sim, o nosso bebé só usa fraldas reutilizáveis, poupa-se muito dinheiro e o meio ambiente agradece).

E a aproveitar a muda da fralda para fortalecermos laços.

Fazer as coisas devagar (quando há tempo para isso) e com confiança, e olharmos olhos nos olhos.

O bebé tem que se sentir seguro com o pai tal como se sente com a mãe. Tem que saber que existe outro cuidador em casa com o qual ele pode contar.

Outro porto de abrigo.

 

A importância de ser um pai Presente

 

Aprendi a dar-lhe banho e a ficar com ele e a adormecê-lo (ao colo ou na mochila de babywearing), principalmente quando a mãe necessita de um tempo para cuidar de si.

Ainda me lembro da primeira vez que ficámos os dois sozinhos em casa!

Ele estava a dormir e acordou cheio de fome.

E como estava a amamentar, eu não conseguia acudi-lo da forma que ele necessitava.

E foi nessa altura que percebi realmente que ele tinha uns bons pulmões!

Eu e penso que o prédio todo 🙂

Mas são estes momentos únicos que devemos e podemos aproveitar, porque o ontem já passou e não volta, e o que interessa é o presente, o agora.

E os nossos filhos sentem se estamos apenas fisicamente presentes.

 

Já reparaste nos vários significados que a palavra presente tem?

Não deve ser por acaso, porque o simples facto de estarmos presentes (de corpo e alma) no presente (no aqui e agora), é um presente (dádiva) em si!

Lembro-me também de uma das noites difíceis que ele teve (a maior parte delas por causa dos dentinhos a nascer), ainda não sabia falar (mas já comunicava por gestos, devido ao programa BabySigns que implementámos em casa).

 

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Acordou a chorar e rapidamente a mãe pegou-o ao colo.

Mas o choro não parou, e eis que ele estende os braços para mim, a pedir o meu colo.

Incrédulo, perguntei se era mesmo isso que ele queria, porque normalmente a mãe é que resolve as dores todas, é o porto de abrigo, enquanto o pai é mais associado para a brincadeira.

Mas não, era mesmo a mim que ele queria.

Peguei-o ao colo, e, num momento quase instantâneo, deixou de chorar.

Eu, pai, desta vez tinha sido o porto de abrigo do meu filho.

Quando fomos à consulta de pediatria, e falámos neste episódio à pediatra, a resposta dela foi que “é perfeitamente normal quando o pai é presente”.

E foi aí que se de o “click”!

Sem ter percebido, eu fui (e sou) um pai presente.

Quão maravilhoso pode isso ser?

E ainda hoje ele faz questão de adormecer de mão dada comigo.

 

E tu, tens estado presente no presente do teu filho?

Deixa o teu comentário, gostaria de saber a tua opinião.

 

Obrigado pela tua presença.

 

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