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Um homem e um bebé

Um homem também sabe ficar sozinho e tomar conta de um bebé.

Vou explicar-te como.

Mas sabes, só conseguimos crescer interiormente, se nos permitirmos evoluir.

Para aprofundarmos os nossos conhecimentos, existe a necessidade de sairmos da nossa zona de conforto, de ir um pouco mais além.

De absorver informação de outras fontes, sejam elas através de livros, palestras, eventos, formações, etc.

No fundo, sermos uma versão melhor do que somos hoje; sermos capazes de fazer mais e melhor, conscientemente.

Todos nós devemos ter essa capacidade e necessidade de evolução, embora o que desejamos pode não corresponder ao que realmente necessitamos.

E é de louvar quando vemos alguém a evoluir e podemos acompanhar o seu crescimento.

Mesmo que seja uma mamã: a minha companheira de vida.

No último fim-de-semana, houve a necessidade da minha companheira fazer uma formação que durou dois dias inteiros

Adivinhem quem ficou sozinho em casa?

Os dois homens da casa: o papá e o bebé!

Sim, os homens também sabem ficar sozinhos em casa com o seu bebé.

Claro que foi uma aventura.

Das boas.

Decidi que iriam ser dois dias em que também iria dar-me a oportunidade de crescer e evoluir mais um pouco como pai, e que iria ser mais uma excelente ocasião para fortalecer os laços com o meu bebé.

Com isto, optei também por deixar as coisas fluírem naturalmente

Não iria ficar aborrecido por ele não fazer o que eu achava que ele deveria fazer, às horas que eu achava que deveriam ser feitas.

No fundo, deixei-o ser quem ele é e dar a entender que era ele quem geria o que queria fazer durante o dia.

Claro, respeitando pelo menos a hora do almoço e qualquer situação mais problemática.

Existiram situações menos boas e que tive que ultrapassar, birras próprias da fase da adolescência dos 2 anos.

Muitos denominam a crise dos 2 anos, que é uma fase terrível, etc., mas terrível para quem…?.

Mas faz tudo parte do meu crescimento enquanto pai e ser humano.

E o que fazem dois homens sozinhos em casa?

Brincam (muito!), vão às compras, passeiam no jardim, fazem refeições juntos, varrem a varanda, estendem a roupa, fazem cafuné (sim, o rapaz já sabe o que é e já pede)…

 

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No fundo, fazem companhia um ao outro.

Ao passearmos e irmos às compras, é também uma excelente oportunidade para ele perceber como nos relacionamos com as outras pessoas que encontramos na rua e nas lojas.

 

bebé

 

Para perceber como o mundo dos adultos funciona, como reagimos nas mais diversas situações.

Afinal de contas, os pais são o seu modelo de referência, e é precisamente nesta fase que eles absorvem uma grande quantidade de informação, porque é tudo novo para eles.

E, claro, tenho sempre um pequeno ajudante disposto a ajudar-me a carregar com o saco das compras.

Muitas vezes ele leva apenas um saco com qualquer coisa para sentir que está a ajudar o papá, e fica todo contente.

É um desafio tomar conta deles, quando eles são pequeninos e ainda são muito dependentes da nossa presença e dos nossos cuidados.

Mas confesso que o tempo passou num instante, não dei pelas horas passarem.

É o que acontece quando estamos bem acompanhados e estamos a fazer aquilo que gostamos.

E, infelizmente, é tempo que já não volta para trás, e por isso tem que ser sempre bem aproveitado.

Claro, a Lei de Murphy tinha que entrar em acção, e num desses dias tive que mudar-lhe de roupa duas vezes, porque as fraldas não aguentaram o super-xixi!

E, embora seja uma probabilidade muito remota, o que pode ainda mais acontecer quando se muda a fralda a um bebé…?

Um xixi descontrolado, a molhar tudo e mais alguma coisa, pois claro!

 

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Os dois homens da casa começaram-se a rir.

Um, porque sabia que estava a fazer malandrices.

O outro, para disfarçar a aflição do que estava a acontecer e sem saber como a minimizar, acabou por render-se ao momento inesperado.

“De molhado não passa, e depois limpa-se”, pensei eu.

Há coisas bem piores.

A Lei de Murphy não perdoou nesse dia.

Mas uma coisa muito boa aconteceu nesse fim-de-semana: o meu bebé finalmente adormeceu comigo, na hora da sesta.

Quando estamos em casa, é a minha mulher que o adormece depois do almoço.

Agora que ele está mais crescido, está mais consciente do que quer e do que não quer, e só se deixa adormecer com a mamã, até porque ainda é amamentado.

Mas num desses dias, levei-o para a camita e simplesmente deixou-se dormir em menos de 10m, bem encostadinho a mim!

Já há muito tempo que isso não acontecia, mas desta vez sentiu que podia entregar-se e dormir descansado, porque estava com alguém com quem confiava.

Alguém que iria tomar conta do seu sono.

E se já respeitava as decisões do meu filho e as suas vontades, dei por mim a reforçar ainda mais estas atitudes.

Descrevi sempre o que lhe ia fazer e pedi-lhe permissão de cada vez que ia mexer no seu corpo, seja para mudar a fralda ou outra coisa qualquer.

Lembrei-me sempre de pedir desculpa por tocar-lhe com a mão fria.

Assim ele já estaria prevenido se isso acontecesse, e o desconforto seria atenuado.

Queremos que ele saiba desde pequenino que o corpo é dele, e que só lhe toca quem ele deixar.

Mesmo que seja o pai ou mãe.

Claro que nada é perfeito, e algumas mudas de fraldas foram feitas com birras e a contragosto.

Mas era isso ou ele andar com o rabo e as calças molhadas.

Claro que quando a campainha toca, ao final do dia, vamos os dois a correr (de alívio) para abrir a porta à mamã.

Cada um com o seu motivo!

Mais dias assim virão, cheios de surpresas boas.

Como são os teus dias com teu bebé?

 

Obrigado pela tua presença.

 

 

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» Férias Grandes

Geração Sem Fios

Assiste-se, cada vez mais, a uma nova geração dependente das novas tecnologias: televisão, tablet, telemóvel, etc. São o que denomino de geração sem fios.

São bebés que começam a ficar dependentes do mundo virtual numa fase muito precoce da sua vida. Pedem mais e cada vez mais, e desligam-se do meio físico.

Desde muito cedo que nos veem a mexer no telemóvel, e claro, também querem mexer. O meu filho não é excepção.

Já quer fazer como os adultos, e passar o dedo pelo ecrã.

Tentamos ao máximo não mostrar-lhe coisas no telemóvel, porque sabemos que vai ficar viciado.

Temos duas televisões cá em casa, mas raramente são ligadas desde que ele nasceu (nem sabemos se ainda funcionam!).

Costumamos dizer que ele passou a ser a nossa televisão.

Muitos pais usam também os telemóveis, a televisão e os tablets para entreter um pouco os filhos.

Para poderem ter algum tempo para eles próprios, para tratar da casa, para não ouvirem as suas gritarias, etc.

E está tudo bem, se for apenas durante um tempo controlado, e soubermos o que estão a ver. Podemos até ir falando com eles sobre o que estão a ver, e para que possam também desenvolver um espírito crítico e analítico.

Não estou com isto a criticar os pais que agem de uma ou outra forma. Não existe uma única forma de educar. Cada família tem a sua dinâmica, e actua como achar mais correcto. O que resulta para uns, pode não resultar para outros.

Antes de criticarmos as atitudes dos outros, é bom tentarmos perceber a razão de agirem dessa forma.

Confesso que a nós já nos deu jeito mostrar vídeos ao nosso filho durante algum tempo, quando ele trouxe para casa um vírus da creche que… nos deu para ter vómitos e diarreia! Ao mesmo tempo! (desculpem a descrição!). Ficamos tão abalados que não conseguimos andar pela casa fora a correr atrás dele.

Naquela altura, a única solução imediata foi mostrar-lhe alguns vídeos.

Claro que os telemóveis dão jeito.

Vou contar-te outra história pessoal e verídica.

Quando a minha mulher engravidou, fomos acompanhados por duas doulas nossas amigas: uma presencialmente, e outra que estava no Brasil.

Que privilégio!

Depois de entrar em trabalho de parto, a minha mulher não podia usar o telemóvel. Estando sempre ao lado dela o tempo todo, o único contacto com o exterior era eu. E um pouco às escondidas, lá ia eu mandando mensagens às nossas doulas a contar o que se estava a passar, para que fossemos aconselhados de outra forma.

Afinal, somos pais de primeira viagem.

Eu próprio, na altura do parto do meu filho, não o perdi de vista um segundo que fosse, assim que ele entrou fisicamente neste mundo. Cortei-lhe o cordão umbilical e depois acompanhei-o à zona onde foram fazer os testes rápidos.

Claro que atrasámos o corte ao máximo para tentar chegar aos 3 minutos (eu a argumentar com a parteira e a contar os segundos no relógio da sala ao mesmo tempo!), para que ele ainda pudesse receber os últimos restos de sangue.

Logo de seguida, passaram-no para o meu colo, sem eu estar (psicológica e emocionalmente) preparado para o segurar nos meus braços.

 

Perguntei-me: “E agora??”

 

Mas depois o instinto paternal veio ao de cima e sentei-me com ele ao colo, ao lado da mãe. Ainda pedi à parteira para me deixar ver a placenta porque queria tirar uma foto, para ficar como recordação e para mostrar às nossas doulas.

Claro que depois ouvi um “raspanete” da parteira, que devia estar a aproveitar o momento e deixar o telemóvel em paz… mas era para uma boa causa.

Isto tudo para dizer que as novas tecnologias fazem falta, mas há que ter bom senso e saber quando as podemos usar.

Esta nova geração, que nasceu depois das redes sem fios aparecerem, é a primeira que está 24h por dia em contacto permanente com as radiações emitidas por estas redes.

 

Geração Sem Fios

 

Nesta era das novas tecnologias, é importante perceber que ainda não existem estudos com resultados fidedignos, que comprovem qual o impacto destas radiações no nosso cérebro.

Este tipo de radiação pode, inclusive, estar associado à perda de memória, diabetes, depressão, insónia, cansaço, etc.

 

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Todos nós (ou quase todos) temos redes sem fios em casa, porque dá jeito e porque vem incluído nos pacotes das operadoras de televisão.

Antes do nosso filho nascer, ainda tentámos comprar um aparelho que desse para desligar as redes sem fios cá de casa, mas chegámos à conclusão que, mesmo que conseguíssemos fazer isso, existem as redes dos vizinhos…

Há uns anos atrás, surgiu uma notícia que os adolescentes estavam a ficar com polegares “mutantes”, por jogarem muito tempo no telemóvel e nas consolas. Ou seja, de tanto usarem os polegares, estavam a desenvolver a sua destreza e os seus músculos de uma forma superior em relação aos restantes dedos (daí o nome “mutantes”).

Começam também a surgir dores no pescoço por estarmos sempre de cabeça baixa a olhar para o telemóvel.

Como pais, temos que dar o exemplo.

Se não deixamos os nossos filhos estar com o telemóvel, também não o podemos fazer quando estivermos com eles.

É necessário valorizar os momentos juntos e as refeições, que são um símbolo da família reunida e onde podemos falar de vários assuntos.

 

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Um dos grandes mentores de desenvolvimento pessoal (creio que Jim Rohn), certa vez referiu que desligava (repito, desligava) o telemóvel às refeições. O motivo? A família é muito mais importante que um telefonema. Mesmo que fosse o presidente dos Estados Unidos da América, ele não iria atender.

E já pensaste porque é que os grandes líderes mundiais das tecnologias têm grandes restrições no que diz respeito à sua utilização pelos seus filhos?

Steve Jobs (co-fundador da Apple), referiu numa entrevista que limita a quantidade de tecnologia que os seus filhos utilizam em casa.

 

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Nem os deixava, sequer, utilizar o iPad. Dizia que era muito perigoso e viciante para ele.

Ao jantar, gostava de juntar a família toda na mesa e falavam de história, livros, coisas do dia-a-dia. Ninguém tocava num computador ou num iPad. E mais, ninguém da sua família sabia o que era o iPad antes de ter sido publicamente lançado.

 

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Bill Gates (fundador principal da Microsoft), também restringe o tempo que os seus filhos estão em contacto com as novas tecnologias. Por exemplo, só lhes comprou telemóveis depois dos 14 anos, e definiu uma hora do dia a partir da qual não poderiam ter acesso aos mesmos, nem aos computadores.

 

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A maior parte de nós deixa os seus filhos utilizarem as tecnologias o mais cedo possível, sem restrições. Porque é engraçado vê-los a mexer, e assim ficam sossegados.

Mas, e as consequências, a longo prazo…?

E no entanto, estes senhores parecem saber algo mais, porque fazem precisamente o contrário.

Dá que pensar, não?…

Já desligaste o telemóvel hoje, e ligaste-te ao teu filho?

Deixa o teu comentário.

 

Obrigado pela tua presença.

 

 

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Antes prevenir que remediar

Ter um bebé em casa obriga-nos a estar num alerta constante e estarmos sempre conscientes. Diria até que é uma actividade mindfullness.

 

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É muito importante prevenirmos qualquer situação menos boa que possa ocorrer, ao invés de a remediarmos.

Por mais que tenhamos a casa preparada, existem sempre perigos à espera de serem encontrados pelas mãos dos mais pequenitos.

Para quem segue a pedagogia Montessori (criada pela Drª. Maria Montessori) e a tenta aplicar em casa, tem a necessidade de preparar o ambiente para que seja mais seguro e confortável para o bebé explorar à vontade, sem ter que pensar nos eventuais perigos.

O principal conceito é colocar a mobila ao nível dos mais pequenitos, de modo a que se possam movimentar de uma forma mais autónoma e livre.

Desta forma, fomenta-se assim a responsabilidade e a confiança neles próprios.

Consiste, principalmente, em ter:

  • Uma cama de chão (ou ao seu nível), em que o colchão pode assentar directamente no chão ou em cima de um estrado
  • Prateleiras a baixa altura
  • Mesa e cadeira pequenas, adequadas à altura do bebé

Estes são os princípios básicos a considerar para um bebé.

À medida que vai crescendo e vai passado por várias fases de  desenvolvimento (Montessori denomina-as de “períodos sensíveis”), vai tendo a necessidade de interagir mais e fazer mais coisas desafiantes, advindo daí uma constante adaptação à sua evolução.

Torna-se então útil equipar a casa com:

  • Uma torre de aprendizagem, onde possa estar em segurança e para que possa ajudar os pais na bancada da cozinha, lavar as mãos ou os dentes sozinho
  • Um roupeiro à sua altura onde esteja a roupa que usa mais frequentemente, para que ele próprio possa escolhê-la e vestir-se
  • Uma sapateira onde possa guardar os seus sapatos

Uma das preocupações a ter em conta, é minimizar ao máximo os perigos que uma casa pode ter.

A principal precaução (e mais comum) é tapar as tomadas eléctricas, que são muito tentadoras porque estão precisamente à altura dos bebés.

Depois existem outras preocupações também mais evidentes.

Uma delas, por exemplo, é proteger as esquinas dos móveis, que parece que têm sempre uma seta de sentido obrigatório na sua direcção.

Estes perigos (e outros que não mencionei), são os mais evidentes e do senso comum.

No entanto, quero alertar-te para um perigo escondido (e a maior parte das vezes esquecido), que, infelizmente, já causou muitos ferimentos graves, e até algumas mortes.

Quando mobilamos a nossa casa, muitas vezes preocupamo-nos apenas com o essencial: se está no sítio adequado, se combina com a decoração, se o interior tem boa arrumação, etc.

Mas esquecemo-nos que as crianças são exploradoras inatas em, e aproveitam ao máximo cada pormenor para as suas brincadeiras.

É necessário também ancorar a parte detrás dos móveis à parede, de modo a que não tombem para a frente.

Podemos pensar que não há necessidade, que vai ser chato e inestético porque vamos ter que fazer buracos na parede.

Isto porque pensamos que o nosso bebé nunca vai conseguir abrir a gaveta, nem ter força para puxar o móvel pesado… puro engano!

As crianças têm muita força de vontade, e basta abrirem uma gaveta na sua totalidade e pendurarem o peso do seu corpo todo numa delas, para que o centro de gravidade do móvel se altere para a frente.

Fica assim muito mais fácil tombar, podendo ter um resultado catastrófico!

Mesmo que se use um fecho extra de segurança no interior de cada gaveta, de modo a que só os adultos as consigam abrir, as crianças encontram sempre uma forma de contornar as adversidades. Não as podemos substimar.

É simples aparafusar um móvel à parede, já existem ferragens próprias para isso. E se não souberes como o fazer nem o que comprar, pede a alguém que o faça. A vida do teu filho está em jogo, não queres facilitar pois não?

Os acidentes acontecem, mesmo aos mais prevenidos.

Cá em casa, as sapateiras foram feitas por mim.

Para resumir uma longa história, não tínhamos nenhuma sapateira.

E não gostávamos do tipo em que os sapatos são colocados na vertical.

Desta forma, a biqueira com o tempo começa a estragar-se.

E além disso, os sapatos não são todos iguais, o que torna ainda mais complicado. Alguns têm que ficar na diagonal, outros têm que ser empurrados até caberem, etc.

Já para não falar das botas, que não têm sítio onde arrumar.

E como tivemos uma má experiência com uma marcenaria a quem pedimos para fazer os móveis… se queres uma coisa bem feita e à medida, fá-la tu mesmo! E coloquei mãos à obra.

 

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Fiz uma para mim e outra para a minha mulher (ambas com dimensões diferentes, e com alturas diferentes entre prateleiras).

antes prevenir que remediar
A minha sapateira (imagens em cima) e sapateira da minha mulher (imagens em baixo)

Como podes ver pela imagem, a da minha mulher é mais alta (1,28m) e menos profunda que a minha (30cm), o que não a torna muito estável. Basta abrir as duas portas de cima para que começa a tombar para a frente, já que o peso dos sapatos não é suficiente para o evitar.

Não pensei duas vezes e segurei-a à parede, através deste tipo de ferragens. Existem várias opções, esta foi a que utilizei.

 

Artigo Antes prevenir que remediar
Sistema de ancoragem do móvel à parede. O mesmo sistema de ancoragem pode ser visto da lateral do móvel, do lado de fora.

 

São medidas simples como esta que temos a obrigação de implementar na nossa casa.

Mesmo que o móvel não tombe completamente para a frente, há o perigo dos objectos que estiverem em cima do móvel deslizarem e caírem em cima da criança, causando ferimentos graves.

Claro que nunca devemos deixar as crianças sem supervisão, mas existe sempre uma altura em que isso acontece e ficam sozinhas por breves instantes. Basta uma fracção de segundo para o impensável acontecer. Acontece ao mais cauteloso.

O melhor mesmo é andarmos pela casa como se fossemos um bebé.

Colocarmo-nos de gatas para ficar ao nível dos seus olhos e perscrutarmos todos os recantos possíveis e imaginários que possam chamar a mais pequena atenção.

E depois de fazermos isso uma vez, é melhor fazer novamente, não vá alguma coisa ter escapado.

 

Tens alguma medida de segurança implementada na tua casa que queiras partilhar? Deixa o teu comentário.

 

Obrigado pela tua presença.

 

 

 

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A melhor madeira para os bebés

Já alguma vez te questionaste qual seria a melhor madeira para os bebés levarem à boca, sem haver perigo de lascar ou soltar farpas?

Certamente que já viste mordedores feitos de madeira maciça, e inclusivé brinquedos pequenos feitos também em madeira.

Vou aprofundar e esclarecer um pouco melhor este assunto.

A Faia é uma madeira pesada e dura, altamente resistente aos impactos e com uma textura uniforme, o que faz com tenha boas condições para ser trabalhada.

Por ser uma madeira vulnerável a variações de temperatura, humidade e ataques de fungos, é utilizada apenas em carpintaria de interior (móveis, brinquedos,).

Também é utilizada para fabricar ferramentas, por exemplo.

É necessário, por isso, que seja devidamente tratada com um acabamento próprio para o tipo de uso que vai ser dado.

E que, ao mesmo tempo, também a proteja da sua vulnerabilidade.

 

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A sua qualidade superior faz com que tenha um preço um pouco mais elevado que o normal, mas com bons resultados a longo prazo.

A imagem que está no topo do artigo, é o material montessori Cilindro de Mão, que foi feito por mim, em Faia.

É um dos primeiros materiais com que o bebé vai ter contacto com a madeira, e pode ser mostrado a partir dos 7-8 meses (depende sempre da evolução do bebé).

É utilizado para trabalhar o aperto de objectos com a mão inteira.

À medida que o bebé descobre que o cilindro deve ser colocado novamente na base, ele usa a mão toda para agarrá-lo e puxá-lo para fora, tentando novamente colocá-lo no buraco.

Muitas empresas preocupam-se com a segurança dos bebés e crianças e usam a Faia nas construções dos brinquedos e materiais.

Tal deve-se ao facto de ser muito improvável que este tipo de madeiras duras soltem as tais lascas da madeira, que as madeiras mais macias podem soltar mais facilmente.

Concerteza que já experienciaste passar a mão por uma tábua de madeira com irregularidades, e sem estar bem lixada e suave ao toque.

E quando uma dessas farpas (fragmento da lasca) espeta-se na tua mão?

Não é uma sensação muito agradável…

O Pinho, por exemplo, é uma dessas madeiras macias em que esta situação pode acontecer.

Tem características próprias que fazem com que o seu uso seja mais adequado para outro tipo de construções, e não para brinquedos para bebés.

Vou tentar explicar um pouco melhor a diferença entre as madeiras macias e as madeiras duras.

 

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Aqui podes ver duas tabuinhas de madeira: uma é feita em Pinho e a outra é feita em Faia.

A melhor madeira para os bebés
Tabuinha de Pinho

 

A melhor madeira para os bebés
Tabuinha de Faia

 

Vou fazer um pequeno teste, e carregar com a unha do meu polegar em ambas as tabuinhas, com a mesma pressão:

A melhor madeira para os bebés
Marcação nas tabuinhas de Pinho (imagem à esquerda) e Faia (imagem à direita)

 

O resultado? Vê se descobres…

Se olhares com atenção para as duas primeiras imagens deste artigo, de ambas as tabuinhas, a marca já lá está.

Consegues identificar onde…?

Em Faia, é muito difícil reparar na marcação da unha (quase imperceptível).

Por isso mesmo, confesso que tive que fazer um pouco mais de pressão do que fiz em Pinho, para ficar visível.

A melhor madeira para os bebés
Resultado das marcações em Pinho (imagem à esquerda) e Faia (imagem à direita)

 

Em Pinho, nota-se bem a unha marcada.

Agora, pensa nos materiais feitos de ambas as madeiras na boca do teu bebé, a serem mordidas vezes sem conta…

O Pinho torna-se menos resistente com o tempo, e mais susceptível de soltar lascas, com as sucessivas marcações das gengivas, dentes, quedas no chão, etc.

Porque é que esta distinção entre madeiras duras e madeiras macias é importante?

Um brinquedo pode ser feito de Pinho e ser durável, mas não será certamente tão durável se for feito de Faia.

Um bebé pode levar à boca um material feito de Pinho?

Sim, claro, mas eu não ficaria descansado.

A probabilidade de se soltar uma lasca vai aumentando, de cada vez que isso acontecesse.

Um brinquedo utilizado por um bebé vai ser arremessado vezes sem conta ao chão (os bebés gostam de ver as coisas a caírem…), além de também ser levado vezes sem conta à boca.

Se reparares também nos materiais montessori que são produzidos e vendidos pelas lojas de referência, são também feitos de Faia.

Já agora, se estiveres a comprar num site em inglês, a tradução de Faia para inglês é Beech.

E claro que o acabamento que se deve dar a uma peça também tem um papel fundamental na sua finalização.

Grande parte do segredo de um bom acabamento reside precisamente no tempo dispendido para tal.

Percebeste agora qual é a melhor madeira para os bebés, e porque é que é tão importante saber?

Espero ter sido esclarecedor neste assunto, e por favor deixa o teu comentário, gostaria de saber a tua opinião.

 

Obrigado pela tua presença.

 

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