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Estrutura em K

Bem, dizer que esta estrutura foi o meu maior projecto até à data, em que tive que sair da minha zona de conforto, estudar, pesquisar, fazer coisas que nunca tinha feito… está correcto!

E foi mesmo o maior, literalmente, porque esta estrutura tem quase 2,5 metros de altura.

Adoro desafios novos, com os quais me identifique e que façam sentido dispor do meu tempo. Projectos únicos, que me façam pensar fora da caixa, sair da minha zona de conforto.
No fundo, fazer algo que nunca fiz antes.
E só dessa forma é que conseguimos evoluir.

E este desafio chegou-me através de uma mãe que queria algo… diferente para a sua filha.
Algo que também pudesse ser usado em família, para ter em casa.

Confesso que nunca tinha visto esta estrutura, e assim que a vi tentei perceber a sua finalidade, para que servia, e quais as suas possibilidades de uso.

E claro, como se poderia construir de uma forma robusta, segura, para que pudesse ser utilizada por qualquer pessoa, crianças e adultos.

Comecei a desconstruí-la, a perceber como os diversos encaixes poderiam funcionar, quais as dimensões mais correctas das várias peças, e qual a espécie de madeira mais adequada (que oferecesse a melhor relação qualidade-preço para o pretendido).
Sim, várias peças, porque realmente existem muitas peças e pormenores a considerar nesta estrutura, desde o seu correcto funcionamento até aos pormenores mais subtis, tais como esconder os nós das cordas, embeber as cabeças dos parafusos na estrutura para que não fiquem salientes, garantir que não ficam arestas salientes que possam magoar no seu manuseio, etc.
Muitos deles são pormenores estéticos, mas que ao mesmo tempo são também funcionais e fazem a diferença no seu todo.

E depois do orçamento aprovado pelo cliente?
Bem… a adrenalina começou a subir!
“Meto-me em cada uma!…”, pensei eu.

Mas agora não havia volta a dar, ou dava ou dava.

Fui às compras, para adquirir a quantidade de madeira necessária (bem, um pouco mais, porque lá diz o velho ditado, mais vale prevenir que remediar), procurar os tipos de parafusos mais indicados (de diversos comprimentos e com a robustez adequada), etc.

“Medir duas vezes, cortar uma vez”.

Pois é, se no geral esta é uma grande verdade para não nos enganarmos a cortar e estragar madeira desnecessariamente (já para não falar no tempo perdido a compensar o erro feito), aqui tive mesmo que fazer um esquema pormenorizado, um desenho técnico ao mais infimo pormenor, com todos os detalhes, para não haver mesmo nenhum engano.
Afinal, foi a primeira vez que fiz algo desta envergadura, que parece complexo à primeira vista.

Mas quando algo parece complexo, o melhor a fazer é decompor, desconstruir, separar por fases, segmentos, e tratar cada um desses segmentos como se fosse um mini projecto.

Ah!
E claro, a corda utilizada não podia ser uma qualquer. Esta família teve alguns problemas com a corda de uma rede para trepar de um triângulo de escalada que já tinha adquirido, e ficou decepcionada, porque era muita fina, dura, e magoava as mãos e os pés.


Por isso haviam requisitos muito específicos em relação à corda a utilizar para este projecto (tinha que ser grossa e macia para ser confortável), e após algum estudo e muitas pesquisas, só consegui encontrar fora do nosso país algo que cumpria todos os requisitos.

Isto porque, além deste requisito, havia outro muito próprio que eu fiz questão de adicionar, que era em relação ao tipo de nós a utilizar, e à sua segurança.

Nunca tinha trabalhado com cordas e nós, confesso, mas uma das partes aliciantes deste projecto foi isso mesmo: estudar os vários tipos de cordas e nós mais resistentes e adequados para o pretendido.
Por exemplo, fiquei a saber que a resistência da corda pode diminuir em mais de 50% usando um nó tradicional, enquanto que este tipo de “nó” é capaz de reter a resistência total da corda.

Bem, não é bem um nó, mas sim uma espécie de união entrelaçada na própria corda.
Claro que também tive que testar estas uniões com o meu próprio peso… nada como fazer testes exaustivos e científicos
E a regra de medir duas vezes e cortar uma vez também aplica-se às cordas.
Apesar de ter adquirido corda em excesso para precaver algum engano, foi necessário medir com cautela as quantidades necessárias, também para garantir que o desperdício seria o mínimo possível.

Bem, mas claro que teria que haver algum engano no meio disto tudo…

e cometi o erro de fazer algumas marcações na corda com marcador de tinta permanente, à prova de água… Bem que as tentei tirar mas não saíram nem por nada. Esfreguei várias vezes com água e sabão, pu-las na máquina de lavar roupa mas nada, a tinta não saiu.
Pronto, mais uma aprendizagem: cuidado ao utilizar marcadores de tinta permanente!

A espécie de madeira utilizada, bem como o diâmetro das barras, também foram requisitos muito específicos deste cliente, que sabia bem o que queria.
E com o meu aconselhamento chegámos a um consenso, dado o peso que esta estrutura iria suportar, já que tanto crianças como adultos a podem usar.
E esta estrutura terá que durar muitos e bons anos.

A inclinação da rede foi uma ideia do cliente, já que queria que oferecesse um grau de dificuldade gradual e não muito acentuado: nem está totalmente na vertical, nem muito inclinada.

E não se preocupem com a possibilidade da estrutura cair. É claro que está fixa à parede, a segurança acima de tudo!

A escada triangular foi um extra que o cliente fez questão que eu produzisse.

 

Desta forma este “mini-ginásio” tinha mais opções de utilização, e claro… também tive que a testar!
E ,meus amigos, deixem que vos diga que não é nada fácil colocarmo-nos em cima desta escada, requer muita força abdominal!

Havia apenas um pequeno “senão” neste projecto.
A minha oficina é pequena, e como tal disponho de poucas máquinas para facilitar-me o trabalho.
E também porque sinto-me mais à vontade a trabalhar com ferramentas manuais.

E claro, trabalhar esta quantidade de sarrafões e traves de madeira de uma forma manual e cuidada tem o seu preço.

Requer muito esforço, dedicação e tempo.
Uma coisa é utilizarmos máquinas em que empurramos a madeira e a máquina faz o corte (ou desbasta) por nós.
Outra coisa é agarrarmos numa plaina manual e desbastarmos nós próprios a madeira. Criar aparas sem fim, com um aroma a madeira fresca a pairar no ar… existe toda uma arte àparte no saber utilizar ferramentas manuais.

Dá um gozo enorme saber que esta estrutura nasceu do fruto das minhas mãos comandadas pelo meu cérebro, do meu esforço, do meu suor.

Todas as partes do meu corpo uniram esforços para que esta estrutura única em Portugal nascesse conforme o planeado e o desejado pela cliente.

Posso ser “maluco”, mas gosto de sentir, ouvir a madeira, trabalhar com os meus sentidos, apurá-los, poder estar a falar com alguém enquanto trabalho, e sobretudo não estar isolado do mundo com uma máscara, óculos e protecção para os ouvidos.


Eu sei, hoje em dia existem máquinas para tudo e mais alguma coisa. E fazem falta, têm o seu espaço de trabalho. Mas o meu espaço e orçamento são reduzidos, e quando assim é temos que trabalhar com o que temos.


Certo dia, comentei com um carpinteiro amigo a forma como trabalhei esta estrutura, e ele abriu a boca de espanto porque hoje em dia já ninguém faz desta forma.

Claro que existem sempre percalços, mas qual seria a piada se assim não o fosse?
Desde as abelhas que decidiram fazer uma visita para averiguar o que se estava a passar, e entrar nos orifícios das traves por onde passavam as cordas e os parafusos… até à humidade que durante a noite fazia das suas e empenava a madeira (e tinha que a embrulhar em plástico todas as noites)…

Mas tudo se resolve, com paciência.

Bem, e claro, depois foi outra aventura colocar tudo no carro e seguir viagem.
Mas tudo se consegue, com mais ou menos dificuldade.

Ah! O colchão também foi feito por medida e com a cor escolhida pelo cliente (já vos falei que tenho uma parceria com uma fábrica protuguesa de colchões? Desta forma, juntou-se o útil ao agradável, e este projecto foi todo Made in Portugal ❤️).

Confesso que saí da casa do cliente com o meu coração cheio, por muitas e diversas razões:
– foi um projecto e um desafio único para mim (e confesso que não conheço em Portugal quem já o tenha feito)
– aprendi sobre os tipos de cordas e nós mais adequados para este tipo de estruturas
– e sobretudo, ultrapassei um grande desafio pessoal, ao acreditar nas minhas capacidades e perceber do que sou capaz fazer.

 

 

Se durou mais tempo que o previsto? Confesso que sim. Tive que ser resiliente, saber contornar os diversões percalços que me foram aparecendo ao longo de todo este caminho, e acreditar que era capaz.

Se valeu a pena? Claro que sim!

 

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Como trabalho a madeira

Esta semana dei início a um novo projecto. Confesso que não consigo estar muito tempo sem mexer na madeira, sem construir algo com as minhas mãos, de forma artesanal. Faz-me sentir útil. A forma como trabalho a madeira é primordial para alcançar os níveis de excelência a que me proponho, e para o meu bem-estar.

Não faz sentido ser de outra forma.

Serei eternamente exigente comigo próprio, o que é diferente de ser perfeccionista.

A busca incessante pela perfeição pode levar-nos a estados de ansiedade e de depressão. É importante perceber quando devemos parar.

Não é bom para a nossa saúde tentar chegar a um estado que não existe.

Não nos podemos enganar.

A viagem tem um propósito maior do que o fim em si, e tem muito mais sabor se podermos se soubermos aproveitá-la.

No final, o que importa é compreender que estamos a crescer com o caminho que escolhemos percorrer, e que para isso temos que estar alertas, conscientes.

O facto de procurarmos a perfeição, faz com que nos esqueçamos da viagem e nos foquemos apenas no resultado final.

E com isso podemos procurar caminhos alternativos, mais rápidos, que podem levar-nos ao nosso objectivo, mas que não nos fazem crescer durante a viagem.

Escolhi esta forma de trabalhar porque dá-me satisfação.

Esqueço tudo o que está à minha volta e concentro-me na tarefa que tenho em mãos. Todos deveriam a oportunidade de fazer realmente o que gostam, pelo menos uma vez, nesta passagem por este planeta.

 

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Ontem foi dia de comprar mais madeira para o meu novo projecto. Será algo para o L brincar e para se exercitar um pouco (esperemos que sem muitas nódoas negras!).

Existem muitos locais onde se pode comprar madeira, desde as grandes superfícies comerciais até às serrações propriamente ditas. E dentro das serrações, existe uma grande variedade.

Confesso que apenas compro madeira nas grandes superfícies comerciais quando preciso de tipos de madeira de baixa qualidade, ou de algo apenas para desenrascar. Depende muito do projecto que tenho em mãos. A variedade também não é muita e a forma como é armazenada deixa um pouco a desejar. A escolha é complicada porque é difícil encontrar madeira que não tenha algum tipo de empenamento.

Para este novo projecto, apesar de ser um protótipo, tinha que ter madeira de boa qualidade, porque a segurança do L é um factor primordial.

A serração oferece-me essa garantia, porque só lá é que consigo encontrar o tipo de madeira que preciso.

Neste caso, era Faia.

E, claro, é sempre bom perceber qual a origem da madeira, e se tem o carimbo FSC

 

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Após a escolha da prancha de madeira que queria levar (chama-se prancha à tábua comprida, neste caso são 2,30 metros, que é serrada do tronco da árvore), foi necessário perceber se caberia no carro…

Houve algumas dúvidas porque o carro é pequeno, mas com alguns ajustes, consegui trazê-la inteira!

madeira madeira

Ao chegar à minha oficina, é tempo de perceber como vou trabalhar a madeira.

Os esboços e as medidas já feitas ajudam muito, e foi só perceber como serrar a madeira para aproveitar ao máximo as partes que não são necessárias para este projecto.

Tento não desperdiçar nada, e os bocados que não são necessários podem vir a dar jeito para futuros projectos. Nunca se sabe.

Assim, serrei a prancha de alto a baixo, e separei o que me interessava do que não queria.

madeira

madeira

Foram 2,30 metros a serrar manualmente, sempre a seguir uma linha previamente traçada!

De seguida, medi uma das peças que me interessava e serrei-a novamente com um corte transversal, desta vez mais curto.

Desta forma, estou a treinar e a aperfeiçoar as minhas habilidades. A minha destreza e sensibilidade aumentam e sinto uma energia revigorante que me fazem continuar e querer mais.

E gosto do exercício físico que se gera com esta actividade.

Como vês, depois de serrada com as dimensões aproximadas, fica com um aspecto tosco.

Estes cortes que se vêm são o resultado dos cortes feitos na serração, pelas serras das máquinas eléctricas.

Não é este o resultado pretendido, e por isso é necessário agora desbastar esta camada superficial.

Utilizo para isso uma plaina de desbasto rápido, que dá um aspecto ondulante.

madeira
Plaina de desbaste rápido
madeira
Comparação entre superfície a aplainada e a superfície tosca

Algumas pessoas até preferem que as peças de madeira fiquem apenas desta forma, porque dá uma sensação única ao toque e fica com um aspecto rústico. Não deixa de ser interessante.

madeira

Confesso que esta é uma fase exigente, a nível físico.

Requer paciência e resistência.

Dependendo da quantidade de desbaste que é necessário fazer, sinto o coração a bater mais depressa, a bombear sangue mais rápido para todo o meu corpo.

A frequência mais acelerada da respiração indica que estou perante uma actividade física mais intensa, que desperta os meus sentidos e permite-me ao mesmo tempo praticar e treinar as minhas habilidades, aperfeiçoando-as.

Mas ainda estou a meio caminho de ter apenas esta face da peça pronta.

O próximo passo é então alisar e suavizar esta face toda, recorrendo a várias plainas e utilizando também umas peças de madeira para ir verificando o empenamento.

madeira
Plaina de acabamento
madeira
Face da madeira terminada de aplainar e completamente lisa

E no fim, repetir o mesmo processo para todas as outras faces…

É um jogo de paciência, mas também de conhecimento da madeira que está a ser trabalhada e da ferramenta que estou a usar.

O bom de usar plainas manuais é que a fase de do acabamento incluí muito pouco tempo a lixar a peça, porque o trabalho foi todo feito com a utilização da plaina.

Ou seja, reduzo muito o pó que circula no ar e que pode entrar nos meus pulmões.

Todas estas ferramentas manuais têm que estar bem afinadas.

Não faz sentido utilizá-las se não as soubermos afiar, e se não estiverem sempre prontas a serem utilizadas no seu potencial máximo.

É um processo contínuo, que nunca termina, e há que saber quando se deve afiar. Para isso é preciso praticar, conhecer a ferramenta.

O ar puro que respiro, sem máscaras… o som da madeira a ser serrada indica-me quando estou prestes a terminar… a sensação de que não existe mais nada que impossibilite a execução do trabalho, a não ser a minha vontade.

A utilização de ferramentas manuais possibilita-me ouvir o ambiente que me rodeia, e ser mais saudável.

Ajuda também a estar num ambiente mais sustentável e a diminuir a pegada ecológica, já que não poluo o meio ambiente com o barulho das máquinas eléctricas. A única energia utilizada é a força humana.

 

madeira

Consigo sentir a madeira.

Com máquinas eléctricas era totalmente impossível sentir todas estas emoções.

As máquinas têm o seu lugar e deverão ser utilizadas com sabedoria, mas não deverão diminuir o prazer nem a nossa técnica de trabalhar com a madeira.

Qualquer pessoa, ao fim de pouco tempo de treino, consegue ficar apto a manobrar uma máquina eléctrica.

A utilização de ferramentas manuais também pode ser feita por qualquer pessoa, mas é necessário praticar sempre que possível.

A curva de aprendizagem poderá ser um pouco maior, mas isto porque faz-nos treinar todo o nosso corpo e treinar habilidades que não estamos habituados a utilizar.

Mas é isso que torna esta arte tão especial. Está ao alcance de todos, e faz-nos treinar muitas características que vamos usar ao longo da nossa vida.

Esta é a forma como eu trabalho a madeira, e é assim que abordo os outros aspectos da minha vida.

 

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Sustentabilidade

O que é isto da sustentabilidade?

A sustentabilidade é um conjunto de acções que são tomadas de forma a garantir as nossas necessidades actuais, sem comprometer as necessidades das gerações futuras.

Está directamente relacionada com o desenvolvimento económico e material, sem prejudicar o meio ambiente, através da gestão inteligente dos recursos naturais, para que se mantenham no futuro.

Alguns exemplos relacionados com a sustentabilidade:

  • Exploração dos recursos florestais de uma forma controlada, garantindo a replantação sempre que for necessário
  • Produção e consumo de alimentos orgânicos
  • Exploração dos recursos minerais (petróleo, carvão, etc.) de uma forma racionalizada e planeada
  • Utilização de fontes de energias limpas e renováveis (eólica, geotérmica e hidráulica), diminuindo assim o consumo dos combustíveis fósseis
  • Reciclagem de resíduos sólidos

 

Como já reparaste, existem muitas formas de ser sustentável, mas irei focar-me mais na florestação sustentável, e quais os seus impactos.

Na semana passada fui a uma conferência de sustentabilidade, organizada pelo FSC (Forest Stewardship Council).

O FSC é uma organização sem fins lucrativos, de âmbito internacional, dedicada à promoção de uma gestão ambientalmente adequada, socialmente benéfica e economicamente viável das florestas no mundo inteiro.

Através de um sistema de certificação florestal, garante-se que os produtos florestais são provenientes de florestas geridas de forma responsável.

Desta forma, satisfazem-se os direitos ecológicos, económicos, e as necessidades da presente geração, sem comprometer as gerações futuras.

A certificação da gestão florestal responsável torna possível que empresas e consumidores façam escolhas esclarecidas sobre os produtos florestais que compram.

Contribui, assim, para uma mudança positiva através do poder da dinâmica de mercado.

O uso consciente de recursos naturais é essencial para a conservação das florestas.

A certificação da gestão florestal assegura que os produtos são provenientes de florestas, e outras origens, bem geridas (por exemplo, material reciclado).

As florestas são vitais para as nossas vidas, e sabias que cobrem cerca de 30% da área terrestre mundial?

É também o habitat de muitas espécies de animais e plantas, e uma fonte de riqueza, produzindo madeira, resina, cortiça, frutos, óleos essenciais, etc.

Além disso, protegem o solo da erosão, regulam a qualidade da água, criam postos de trabalho e melhoram a qualidade de vida.

Também são utilizadas como espaço de lazer e contacto com natureza.

 

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Quando adquirires algo feito em madeira, procura saber se foi feito com madeira de florestação sustentável, como garantia de uma melhor gestão florestal e uso responsável dos seus recursos.

Infelizmente, só se consegue fazer a gestão quando é rentável, o que nem sempre é possível.

 

Sustentabilidade
À entrada para a conferência

 

Foi interessante verificar que, à medida que existe mais degradação nalguns troços das florestas, existem espécies de peixes nativos que vão desaparecendo.

Desta forma, vão dando lugar ao aparecimento de outras espécies não nativas (exóticas).

Já pensaste bem no impacto que pode ter?…

As boas práticas florestais contribuem para a boa prática dos ecossistemas aquáticos, que é controlada através da certificação.

Por exemplo, hoje em dia ainda existem muito poucas gráficas que utilizam papel certificado, o que é de lamentar.

Ao escolhermos produtos certificados, estamos a contribuir para ajudarmos a cuidar das nossas florestas.

Quando se ouve falar em desflorestação, a primeira coisa em que podemos pensar é que não vamos consumir mais madeira.

Mas podemos e devemos continuar a comprar produtos florestais, precisamos apenas de garantir a sua origem.

Um factor curioso é que, se pararmos de consumir produtos florestais, as florestas podem acabar.

Parece contraditório, mas, se isso acontecer, essas mesmas áreas serão substituídas por outros usos, ou ficarão ao abandono.

Sabias também que em comparação com outros materiais de construção tradicionais, a madeira requer muito menos energia para ser produzida?

A certificação florestal também ajuda a planear o ordenamento florestal, garantindo a diversificação de várias espécies de árvores, diminuindo o risco de incêndios.

O importante é saber a origem dos produtos florestais que consomes.

A nossa responsabilidade é escolher produtos provenientes de florestas geridas de forma responsável.

Contribuímos assim para a salvaguarda da biodiversidade e dos direitos das comunidades que vivem na floresta.

Cada um de nós é responsável por cuidar da nossa floresta.

Vamos cuidar do nosso planeta?

Tens a consciência de comprar produtos com certificação?

 

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Tipos de Madeira

Existem vários tipos de madeira, e vou esclarecer quais os mais comuns que podes encontrar quando vais comprar algo feito em madeira, e que provavelmente já ouviste falar.

Porque precisas de saber isto, se só te interessa realmente em comprar o objecto feito em madeira?

Por vezes existem pessoas que podem não ser totalmente honestas contigo quando estão a vender um produto.

Desta forma, ficas com este conhecimento.

Podes, inclusivé, argumentar e mostrar que também sabes realmente o que queres.

 

MADEIRA MACIÇA

tipos de madeira
Madeira maciça de Pinho

A madeira maciça é a madeira que foi serrada directamente do tronco da árvore.

Pode ter qualquer que dimensão, desde peças pequenas a peças grandes.

Após ser cortada da árvore, existe todo um processo de secagem que pode afectar a sua estabilidade.

Este processo de secagem pode ser natural ou por secagem forçada, através de uma estufa própria.

As madeiras que são secas através de um processo longo de secagem natural, têm tendência a serem mais estáveis.

Sendo madeira pura, não tem adição de fibras sintéticas ou qualquer tipo de aglomerado, e não sofre qualquer tipo de processo industrial que transforme as suas propriedades físicas e químicas.

Outros tipos de madeira, tais como MDF, contraplacado ou aglomerado, são produzidos através de compósitos de madeira.

No comércio justo, a madeira maciça é proveniente de áreas de florestação sustentável.

Significa que são áreas que foram criadas única e exclusivamente para este fim e que não são retiradas de florestas nativas.

Têm, por isso, a marca FSC.

 

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A nível estético, possuem a beleza e a nobreza de um produto natural.

Na realidade, os veios, texturas, cores e aromas, ganham todos outra dimensão com a madeira maciça, oferecendo uma experiência mais interessante.

É também uma madeira mais difícil de ser riscada ou danificada, podendo ser reparados.

É mais resistente e mais pesada que outros compostos de madeira.

Pode durar uma vida (passando até por diversas gerações) sem sofrer deformações através da humidade ou da luz solar, quando são tomadas as devidas precauções.

 

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Este tipo de madeira é muito utilizado, por exemplo, em partes de móveis que necessitem ter uma estrutura firme e sólida, com cortes espessos.

Exemplos disso são os pés dos móveis, pernas de cadeiras e de mesas.

A Faia é a espécie de madeira de eleição para os brinquedos e materiais pedagógicos de madeira.

 

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CONTRAPLACADO

tipos de madeira
Contraplacado de bétula

O contraplacado é um tipo de madeira retirado directamente do toro da árvore (tronco da árvore, depois de retirada a sua casca e os seus ramos).

É retirado em folhas finas de grandes dimensões, através de processos que evitem deformações.

Estas folhas são depois coladas umas às outras através de calor e pressão com colas fortes (formando uma única chapa, numa espécie de sanduíche).

Cada folha tem o seu veio perpendicular à folha adjacente, para maior força e resistência.

Fica feita assim a chapa de contraplacado.

Numa chapa de contraplacado deverão existir um número ímpar de folhas, porque a sua simetria faz com que a chapa seja mais equilibrada e estável.

Quanto maior o número de folhas, maior a resistência do contraplacado.

Desta forma, são resistentes a deformações e tornam-se muito estáveis.

Têm também as mesmas características que a madeira em relação à elasticidade e ao peso.

No entanto, apresentam uma maior resistência e homogeneidade, o que permite o fabrico de peças de grandes dimensões.

As vantagens em relação à madeira maciça, é que é menos propensa a rachar, a encolher e a torcer (o chamado “empenamento”).

Tal como a madeira maciça, no comércio justo, deverá ser proveniente de áreas de florestação sustentável, com a marca FSC.

São produtos com uma grande amplitude de aplicações, em que os outros tipos de madeira podem não oferecer uma grande estabilidade.

Devido aos inúmeros tipos de revestimentos que podem ter, são muito utilizados na indústria do imobiliário.

 

MDF

tipos de madeira
MDF termolaminado branco

MDF (Medium Density Fiberboard), traduzido para Português, significa Fibras de Densidade Média, e é um outro derivado da madeira.

É um material uniforme, plano, denso, e bastante pesado.

Ao contrário da madeira maciça, não tem nós nem veios, o que faz com que seja muito difícil de empenar, e a sua superfície suave e lisa faz com que não se soltem lascas ou rasgos quando é trabalhado.

O MDF é fabricado através da aglutinação de fibras de madeira (serradura e aparas) com resinas sintéticas e outros aditivos.

As fibras são retiradas da madeira, e depois são cozidas a vapor a alta pressão.

Posteriormente, são ligadas com resinas e passam pelo processo de calor e prensagem, formando assim painéis rígidos, e com o tamanho desejado.

Ao apresentar maior homogeneidade que o aglomerado de partículas (falarei a seguir), tem maior estabilidade e resistência face a variações de humidade.

No entanto, no MDF que não tem qualquer tipo de tratamento (ou seja, no estado crú), é necessário ter precauções relativamente ao contacto com a água.

Se isso acontecer, pode sofrer deformações e inchar, embora hoje em dia já exista MDF resistente à humidade.

Devido à sua composição, é produzida muita poeira quando é trabalhado, o que faz com seja necessário ter cuidados redobrados na renovação do ar respirável.

Existe uma grande preocupação relativamente à utilização do formaldeído nas resinas utilizadas no fabrico do MDF.

Os riscos de saúde envolvidos são enormes, suspeitando-se que possa ser carcinogénico.

Quando está a ser trabalhado, continua a libertar uma espécie de gás (imperceptível ao olho humano), e muita poeira, que pode provocar irritações nos olhos e nos pulmões.

Existem, por isso, medidas preventivas que é necessário acautelar aquando da sua utilização: utilizar um bom sistema de aspiração, trabalhar ao ar livre se possível e com máscara, por exemplo.

É utilizado maioritariamente na indústria dos móveis, decoração, publicidade, maquetes, etc., por ser muito versátil a moldar e a trabalhar.

É um produto mais barato e um bom substituto para a madeira maciça (apenas nos exemplos referidos).

Excepto quando é necessária maior rigidez, claro.

 

 

AGLOMERADO DE MADEIRA

tipos de madeira
Aglomerado com folha de melamina branca

O aglomerado de madeira (ou aglomerado de partículas), é um outro derivado da madeira.

É também conhecido pela sigla MDP (Medium Density Particle), que em Português significa aglomerado de partículas prensados em média densidade.

A produção deste tipo de material tem evoluído significativamente desde há vários anos, apresentando hoje em dia um grande nível de qualidade.

Como consequência, tem uma baixa utilização de formaldeídos na sua composição e excelente padrão de acabamento.

O MDP pode ser produzido com partículas de madeira de cultivo florestal (principalmente de pinho e eucalipto), ou através de restos de madeiras (reciclagem).

São depois agregadas entre si com resinas ureicas, sujeitas a temperatura e pressões elevadas.

Através de prensagem, dão origem a painéis de grandes dimensões (tal como se passa com o MDF).

Não é apropriado para utilizar em lugares húmidos ou expostos à luz directa do sol

É muito utilizado na construção de móveis que tenham apenas linhas rectas já que este material não pode ser moldado.

Exemplos disso são armários, mesas, balcões, e principalmente onde há necessidade de ter bom acabamento e uniformidade.

A maior parte (se não toda) da linha de móveis que é vendida numa grande superfície bem conhecida, é feita através deste tipo de madeira.

Devido ao seu baixo custo de fabrico e bom acabamento, conseguem-se assim móveis de boa qualidade com um preço mais reduzido.

No entanto, a sua durabilidade é muito questionável.

Enquanto que as construções feitas de madeira maciça duram uma geração ou mais, as construções feitas com aglomerado duram muito menos tempo.

 

Estes são os vários tipos de madeira que existem.

Qual o melhor?

Depende do tipo de aplicação, como já verificaste.

Para brinquedos e materiais pedagógicos, por exemplo, o melhor é sempre a madeira maciça (Faia, de preferência).

Dependendo do tipo de objecto, o contraplacado também pode ser utilizado nalgumas situações.

O mais interessante disto tudo, é que todos os tipos de madeira são provenientes apenas de única fonte: a árvore.

 

Artigo relacionado: Madeira Mágica

 

Espero ter ajudado a esclarecer algumas dúvidas que possas ter.

 

Obrigado pela tua presença.

 

 

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Marcador de Livro

Sempre gostei de ler um bom livro.

Desde a minha infância que leio muito, e um bom livro transporta-nos para lugares que só a nossa imaginação sabe construir.

À medida que vamos lendo, as personagens ganham vida e a história ganha cor.

Tudo o que está à minha volta desaparece, no presente existe apenas eu e o livro.

Confesso que nem sempre gosto das versões cinematográficas adaptadas de livros, nem sempre são bem conseguidas. Claro que há sempre excepções, mas muitas das vezes são verdadeiras desilusões.

Hà sempre pormenores que consideramos interessantes no livro, mas que depois não são colocados em filme.

Mas, na minha opinião pessoal, o que mais me desilude são as personagens em si. Elas já foram construídas na nossa mente, já existem. E são totalmente diferentes no filme.

Todos este factores fazem com que a magia do livro se perca.
Mas já reparaste que podes ter nas tuas mãos a possibilidade de ler sobre muitos conhecimentos adquiridos por alguém?

A sua sabedoria, a sua visão, está ao teu alcance!

Num livro.

Podes entrar na sua mente e assimilar vários conhecimentos adquiridos ao longo de uma vida, armazenados em várias folhas de papel.

Impressionante, não achas!

Aprende-se muito com os livros, e há que saber estimá-los.
Ao longo de muitos anos, debati-me com a marcação da página que estou a ler, quando tenho que interromper a leitura.
Muitos marcadores têm publicidade, outros são feitos de um cartão mole que se dobra facilmente, ou que se rasga com facilidade. Outros são muito grandes.
Claro que o mais conveniente é cortar um pedaço de papel e usá-lo como marcador.

Fiz isso na maior parte das vezes, porque era mais prático, e porque nunca gostei muito dos outros marcadores.
Mas sinto que desta forma não estou a dar o devido valor ao livro.

Algo tão especial como um livro, merece um marcador especial.

 

 

Melhor que uma leitura, é uni-la com a arte de trabalhar a madeira.
Daí que resolvi fazer eu próprio o meu marcador de livros.

Sinto que um ciclo foi fechado, e que a simbiose é perfeita.

Qual o livro que estás a ler?

 

Obrigado pela tua presença.

 

 

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» A Arte de Bem Serrar

A Arte de Bem Serrar

Serrar é uma arte dentro da própria arte de ser artesão.

Um dos mestres marceneiros com quem aprendi esta arte, disse-me uma vez que demorou 3 anos para aprender a serrar.

TRÊS anos!

Tal deve-se também ao facto de ninguém o ter ensinado a serrar manualmente, na escola onde estudou. Talvez porque também quem o ensinou a trabalhar com outras ferramentas, não o sabia fazer correctamente, e usava muito as máquinas eléctricas para cortar a madeira e desempenhar as suas tarefas.

Não quero com isto dizer que esta arte não está acessível a qualquer pessoa, porque está.

Serrar a direito é para todos.

No entanto, penso que a maior parte das pessoas que vê alguém a serrar pensa que “serrar a direito é fácil, afinal é apenas trabalho manual, também consigo fazer. Quão difícil será seguir uma linha?”

O que pode correr mal?

No entanto, quando vão experimentar, a serra abana, dobra-se, fazemos força a mais e não conseguimos serrar. Culpamos a madeira, a serra, e não nos olhamos ao espelho para ver onde está o problema.

É como se um emaranhado de emoções, incertezas, dúvidas, conquistas, se concentrassem na lâmina do serrote.

A culpa é sempre dos outros, e não nossa.

Aí a realidade atinge-nos: serrar a direito não é fácil.

Mas está ao alcance de qualquer pessoa.

Requer treino, prática.

Cada serrote tem as suas particularidades, e cada madeira as suas especificidades. Mesmo as madeiras cortadas da mesma árvore, na mesma secção, comportam-se de formas diferentes. Estás a ver as variáveis que podem existir…?

E mesmo que todas as variáveis estejam alinhadas, pode haver sempre a hipótese do corte não sair a direito.

Esta habilidade treina-se, e como qualquer outra arte, é necessário praticar.

Requer disciplina.

 

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Praticar muitas vezes, até chegar a uma altura em que o que parece estranho e desajeitado ao início, passe intrinsecamente a fazer parte de nós. Implica serrar manualmente sempre que possível, e não usar caminhos alternativos como máquinas eléctricas, que fazem diminuir as nossas habilidades.

Este treino, esta prática, pode contrastar com a inspiração súbita, ou o talento inato, em que podemos pensar que não é necessário treinar.

Quando estou muito tempo sem serrar, os primeiros cortes são um pouco desajeitados, e sinto a necessidade de praticar e fazer alguns cortes extra em madeiras, antes de começar ou retomar um projecto. Ajuda a preparar o cérebro e os músculos para o trabalho que aí vem.

 

Serrar
Corte paralelo ao veio da madeira

Os prodígios musicais, por exemplo, são muitas vezes citados para suportar esta convicção, erradamente.

O prodígio musical infantil Wolfgang Amadeus Mozart, de facto, trabalhou a sua capacidade de se lembrar de grandes trechos de notas musicais.

Entre os 5 e os 7 anos, Mozart aprendeu como treinar a sua memória musical inata, quando improvisava no teclado do piano.

Desenvolveu métodos para que conseguisse produzir música “espontânea”.

A música que ele mais tarde escreveu parecia espontânea, porque ele escrevia directamente na pauta musical, com muito poucas correcções.

Mas mais tarde, através das suas cartas, veio-se a saber que, muitas vezes, ele via a revia mentalmente as notas musicais antes de as escrever definitivamente em papel.

Devíamos estar um pouco alerta quando se fala de talento inato, de talento não treinado.

É necessário treinar a memória muscular em diversas posições, tal como os músicos o fazem. Os dedos, a mão, o braço, todo o nosso corpo tem memória muscular, e tem que saber a sua posição correcta para desempenhar o melhor possível a tarefa que tem a seu cargo.

Se o cantor treina a voz para os concertos, se um atleta treina para as competições, por que razão haveria de ser diferente treinar a arte de bem serrar?

Existem diferentes tipos de serrotes, cada qual é indicado para o tipo de corte que queremos fazer: se é paralelo ou perpendicular ao veio da madeira, se é superficial ou muito profundo, se é um corte grosseiro ou com precisão.

A juntar a isso, há o facto de existirem serrotes ocidentais e serrotes orientais.

Os mais comuns são os serrotes ocidentais, mas o Japão também tem fama de ter bons artesãos e bons serrotes.

 

Serrar
Dois tipos de serrotes japoneses

 

Ao pegarmos numa ferramenta e a tornarmo-la “nossa”, estamos a aprender a sermos donos do nosso próprio destino.

Estamos a aprender a tomar as rédeas da nossa vida, e a darmos a orientação correcta ao rumo que pretendemos seguir.

A visão está traçada, o caminho está definido.

Agora é só percorrê-lo.

Quando temos o caminho traçado, existem sempre desvios que são feitos.

No entanto, temos que estar concentrados e atentos, porque o que são pequenos desvios no início, se não forem corrigidos, podem tornar-se tão grandes que depois é complicado voltar ao percurso inicial.

Não percas o teu rumo.

 

Obrigado pela tua presença.

 

 

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