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Pequenas conquistas

As pequenas conquistas são feitas através de pequenos gestos.

Pequenas intenções de querer fazer algo que ainda não sabemos como fazer, mas que queremos e precisamos, porque o nosso corpo assim o pede.

“Ensina-me a fazer sozinho”, poderá ser uma das frases mais emblemáticas de Maria Montessori.

Explica, muito sucintamente, a necessidade imperativa que os bebés e as crianças têm de serem autónomos desde muito cedo.

Enquanto adultos, não é fácil compreender o que se passa nas suas mentes.

 

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Para quem não conhece, e muito resumidamente, Maria Montessori nasceu em 1870, e foi a primeira médica italiana. Como se pode imaginar, nessa época as mulheres não tinham os direitos que hoje têm.

Sofriam de um estatuto inferior ao dos homens.

Era sempre acompanhada pelo seu pai às aulas na universidade porque não era bem visto uma mulher andar sozinha na rua. Nas aulas práticas, em que era necessário o professor demonstrar algo numa mesa, ela ficava sempre atrás dos homens, raramente conseguindo ver alguma coisa. Nas aulas teóricas, o seu lugar era sempre na última fila.

Mas isso não a desmoralizou, e concluiu o curso com distinção.

Ofereceram-lhe depois trabalhos que ninguém queria fazer (ou pelos quais não haviam interesse), como por exemplo visitar as alas psiquiátricas de asilos. Reparou então que as crianças que ali estavam não tinham as mínimas condições humanas para viverem dignamente. Eram crianças com necessidades especiais e desfavorecidas, que viviam em condições menos boas. Eram consideradas mentalmente atrasadas porque não sabiam ler nem escrever.

Maria Montessori interessou-se por estas crianças, observou-as e estudou-as, proporcionando-lhe condições (fundou o primeiro espaço para estes alunos, a Casa dei Bambini) para que pudessem desenvolver as suas capacidades motoras, e não só.

Em conjunto com os artesãos e marceneiros da época, desenvolveu materiais de aprendizagem específicos que foram utilizados pelas crianças, para desenvolverem as suas competências.

 

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Em pouco tempo, estas crianças aprenderam a ler e escrever, ficando aptas a fazerem os exames nacionais da época. Não só os fizeram, como passaram com mérito!

Tornou-se assim uma importante pedagoga, ao desenvolver um método de ensino que respeita a individualidade de cada criança.

Maria Montessori dedicou-se a esta causa até à sua morte, criando inúmeras escolas em diversos países, para continuarem o seu legado.

Este foi o início do método pedagógico de ensino Montessori, que ainda hoje perdura no mundo inteiro e que está em crescendo no nosso país.

É muito gratificante poder acompanhar as primeiras conquistas do L desde o seu nascimento.

 

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Antes de ele nascer, já estávamos relativamente familiarizados com o método pedagógico de Maria Montessori. Estabelecemos que iríamos seguir o melhor que conseguíssemos os princípios aí definidos. Mas seguindo sempre a nossa intuição, o desenvolvimento e as necessidades do nosso bebé.

Desde muito cedo que o L demonstrou resiliência em querer fazer as coisas bem feitas, não desistindo enquanto não as conseguia fazer. Um desses momentos é o momento em que ele tenta encaixar o cilindro de pinça (feito por mim) no orifício.

Ficou cerca de dois minutos a tentar fazer esse movimento, treinando e encaixando diversas vezes! Quanta paciência e persistência num ser tão pequenino!

 

 

É fascinante presenciar estes momentos, especialmente quando ele se autocorrige na pega do cilindro. Imagino que seja uma actividade que possa ser frustrante para um bebé, porque ainda não tem as capacidades motoras suficientemente desenvolvidas para que possa efectuar com sucesso estes movimentos.

Ainda hoje, com os seus quase 3 anos, podemos ter a bênção de presenciar as suas conquistas. Por vezes diz que não consegue, quando está com sono e não paciência, o que é perfeitamente normal. Até nós, adultos, ficamos sem paciência quando estamos com sono.

Mas com um pouco de incentivo e autoconfiança, lá consegue fazer as coisas sozinho e fica todo contente, com um sorriso de orelha a orelha: “O L consegue!”.

Um desses momentos é quando ele quer calçar as suas pantufas e vem sempre ter connosco para o ajudarmos. Começamos-lhe a dizer que consegue e ele por vezes tenta, outras vezes não lhe apetece. Quando tenta sozinho, acaba por nem sempre conseguir.

Mas com um pouco de reforço positivo da nossa parte e o querer e a persistência do lado dele, muitas das vezes acaba por conseguir calçá-las,

E lá fica ele todo feliz.

E claro, o tirar os sapatos está a ser outra das conquistas, porque nem sempre é fácil perceber que primeiro é necessário tirar o calcanhar, para depois tirar o resto do pé do sapato… mas ele lá se desenrasca, embora nem sempre.

Quando eu calço os meus ténis, ele até já me diz como é que devo atar os atacadores e finge ajudar-me (claro, à sua maneira)!

Outro dos exemplos é quando o visto de manhã.

Ele gosta sempre de dar o jeito final de puxar as calças para cima, e já ajuda a agarrar a manga do body com as mãos quando veste a camisola por cima (para depois a manga do body não fugir e não termos que ir andar à pesca…).

Esta fase das frustrações e pequenas conquistas pode fazer parte também dos chamados terríveis dois anos, mas penso que é um período muito importante para eles.

Uma boa dose de paciência e reforço positivo revela-se essencial para desenvolverem a sua independência e autoconfiança.

Sempre que o vejo frustrado ao não conseguir fazer alguma coisa, não interfiro logo.

Espero um pouco e observo o desenrolar da situação. Porventura acabo por perguntar se posso ajudar, e deixo-o tomar a decisão. Umas vezes aceita, outras vezes não. Mas pelo menos sabe que tem o apoio de um adulto, se precisar.

Lembro-me muitas vezes de outra frase emblemática de Maria Montessori: “Nunca ajude uma criança a fazer algo que sabe que consegue fazer sozinha”.

É através da frustração que a determinação ganha outro significado, e as pequenas conquistas são feitas, rumo à independência.

E como é fascinante presenciar estas conquistas…

Como é a tua interacção com os nossos pequenos mestres?

Deixa o teu comentário.

 

Obrigado pela tua presença.

 

 

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Regresso ao futuro

É sempre bom relembrar o nosso passado, quais são as nossas raízes. Qualquer que tenha sido o caminho que percorremos, bom ou mau, mas que nos permitiu chegar onde estamos neste preciso momento. Uma espécie de regresso ao futuro, que nos permite perceber que acções fizemos no passado que possam ter impactado a nossa situação actual.

Não é fruto do acaso, nem coincidência. Não é sorte, nem azar.

É sim, fruto do nosso querer, da nossa vontade de chegar a algum lado.

 

 

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O nosso subconsciente é muito poderoso, no sentido em que o podemos moldar à realidade que desejamos que aconteça. Exige prática, dedicação, empenho, reforço constante dos nossos pensamentos.

Muitos de nós já o fazemos de forma inconsciente, mas fazê-lo de uma forma consciente permite-nos alcançar os patamares que desejamos, e não os que a vida nos impõe, como se fosse um acaso.

Mal sabia eu que, há alguns anos atrás, iria estar nesta posição, a ajudar a espalhar o nome Montessori através da minha arte.

Que iria ser este o meu futuro.

Tudo começou com a minha vontade de querer fazer algo com as minhas mãos, trabalhos manuais.

Sempre gostei de o fazer, mas durante vários anos coloquei essa sensação de lado. São fases da vida que nos fazem optar por caminhos que nem sempre são os desejados.

 

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Mas a vontade de mudar foi maior, e recomecei a ganhar o gosto pelos trabalhos manuais através da arte de trabalhar a madeira. Ao embrenhar-me cada vez mais, fui ganhando um gosto e respeito cada vez maior por esta arte. Sou também um curioso e autodidata por natureza, o que me permite ir sempre à procura de respostas fora do meu círculo habitual de conhecimento. Desta forma, permito-me expandir a minha consciência e sair da minha zona de conforto.

futuro
Na imagem em cima, uma caixa feita em madeira maciça de pinho com tampa e fechadura. Aprendi muito sobre junções das madeiras, como colocar dobradiças e fechos. Na imagem em baixo, uma pequena aprendizagem que tive em talha, ao fazer um floral como trabalho final, em cerejeira.

Só desta forma conseguimos evoluir.

Se existe um problema, existe uma solução. De que vale a pena focarmo-nos no problema, e não na solução? A solução está à nossa volta, mas para que possamos descobrir, é preciso retirar a atenção do problema. É bom termos consciência dele, mas não mais do que isso. Depois é preciso encontrar a solução, porque ela existe.

E só assim adquirimos novos conhecimentos, que muitas vezes não sabemos onde nos levam. E se calhar nem precisamos de saber no imediato, mas iremos perceber melhor, um dia.

 

Nas primeiras vezes que enveredamos por uma nova arte, os primeiros trabalhos são sempre um pouco “toscos”. Por mais que queiramos fazer algo bem logo nas primeiras vezes, é complicado, porque o nosso cérebro e o nosso corpo ainda não estão habituados nem preparados para esses trabalhos. É preciso treiná-los, para desempenharem bem as tarefas a que nos propomos fazer.

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Os meus primeiros trabalhos feitos em madeira maciça de pinho. Na imagem de cima, uma moldura. Na imagem de baixo, um tabuleiro. Existem muitas imperfeições visíveis a olho nu, nesta minha primeira abordagem, que me permitiram crescer muito ao ver onde errei.

 

Os nossos músculos têm memória, e também aprendem a fazer as coisas de uma determinada forma. É muito importante estarmos concentrados e ter consciência do que estamos a fazer, para que possamos educar correctamente o nosso corpo. O que pode ser aprendido a fazer de uma forma correcta, também pode ser aprendido a fazer de uma forma incorrecta.

A memória muscular é muito importante nos trabalhos manuais, e é algo que não pode ser descurado.

 

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Estudos dizem que são precisas cerca de 10.000 horas (!) de trabalho para ficarmos mestres num determinado trabalho, numa determinada arte.

Ainda me falta um longo caminho para percorrer (e não sei se alguma vez irei lá chegar), e muito sinceramente, não é isso que me move. A principal motivação é sentir-me bem a fazer algo que gosto, e que também vai ser útil para as outras pessoas. Fazer algo que deixe a minha mente sã e o meu corpo cansado, um cansaço “bom”. O resto vem por acréscimo.

Os meus primeiros trabalhos foram bastante “toscos”, sem dúvida, e sem qualquer tipo de acabamento. Muito “crús”.

Mas aprendi muito.

Percebi precisamente como não queria fazer, e por que caminho não quereria enveredar. Ao ver os resultados finais, percebi onde tinha que melhorar. O “como” vem com a experiência.

Ajudou-me imenso.

E, nesta área, é muitas vezes necessário fazermos nós próprios um modelo (ou até uma ferramenta) que nos ajude a trabalhar melhor: o chamado gabarito ou bitola. Pode até ser algo feito à medida, usado especialmente só para aquela ocasião específica.

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Na imagem de cima, uma caixa de esquadria, que serve para serrarmos as peças de madeira em determinados ângulos. Na imagem de baixo, uma bitola que serve para prendermos as peças que estamos a trabalhar.

 

Aprendi sobre as várias junções que existem para unir as peças de madeira.

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Na imagem à esquerda, um graminho, que serve para marcar e delimitar a madeira, antes de ser serrada, de forma a proporcionar um corte perfeito. Na imagem à direita, o martelo do Thor! Assim parece, mas foi um maço feito a partir de peças rectangulares, que me permitiu aprender mais sobre como tornear a madeira.

Quando se fala em marcenaria, provavelmente a primeira imagem que nos aparece são peças de madeira unidas com pregos, e que o marceneiro só utiliza pregos.

Nada podia estar mais longe da verdade.

Perceber qual a melhor junção para uma determinada situação e saber unir peças de madeira é quase uma arte. A união terá que ser tão perfeita quanto possível, para que não cause problemas estruturais ao objecto em si. E também para que fique esteticamente agradável de se ver.

Durante o meu percurso fiz vários objectos, e aventurei-me inclusive em fazer cadeiras e mesas, todas em madeira maciça, e feitas à mão.

 

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Cadeira toda feita em pinho maciço com ferramentas manuais, que me permitiu aprender um pouco mais sobre junções e o método de construção de cadeiras.

 

Já referi que aprendi muito neste processo…?

A concepção da cadeira foi muito importante, porque permitiu-me expandir os meus conhecimentos e sair da minha zona de conforto. Foi o meu último projecto na primeira vez que tive um contacto mais directo e dedicado a trabalhar a madeira. Digamos que foi uma espécie de “teste”, para ver quem conseguiria fazê-la num curto espaço de tempo, e com pouco tempo de formação. Consegui terminar, apesar de ficar com muitos erros e imperfeições. Mas aprendi muito.

Sabias que existem pessoas exclusivamente dedicadas a esta arte de fazer cadeiras, que se chamam os cadeireiros?

E compreendo o porquê, porque existem muitos pormenores a ter em atenção.

Numa fase mais posterior, e já com mais alguma experiência nesta área, fiz uma mesa de centro de sala, também em madeira maciça, que é neste momento a que o meu filho usa para os seus “trabalhos”. É a mesa onde ele explora as artes gráficas e desenha quadros lindíssimos, que só ele sabe fazer.

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Mesa feita em pinho maciço, que, ao contrário das peças anteriores, já tem um acabamento com verniz. À medida que fui progredindo e ganhando mais experiência, as peças de madeira começaram a ficar com outra qualidade notória.

Toda feita apenas com ferramentas manuais.

Também aprendi muito com este projecto, e como aplicar um acabamento que permitisse proteger a madeira, bem como realçar os veios desta matéria-prima natural.

 

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Mal sabia eu que este seria o início de um caminho que me iria permitir estar ao serviço dos outros.

Que caminho percorres para ajudar os outros?

Já experimentaste olhar para trás e ver onde te levaram as acções que tomaste?

 

Obrigado pela tua presença.

 

 

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O caminho faz-se… caminhando

Por vezes é necessário parar um pouco para repensarmos quais os nossos objectivos, e validarmos se estamos no caminho certo. É muito fácil desviarmo-nos do percurso traçado. Mais fácil é quando não vemos os resultados imediatos. Na sociedade em que vivemos, de consumismo rápido e descartável, em que temos o mundo na ponta dos dedos, queremos tudo para ontem e já não sabemos o que é esperar. O dinheiro de plástico é imperador soberano, as novas tecnologias estão disponíveis para quem quiser, e já não sabemos o que é estar desligado. Mas por vezes somos obrigados a parar e olhar para o caminho que estamos a fazer. São paragens “obrigatórias”, como se de um carro de corrida se tratasse em que tem parar para mudar os pneus. São paragens que nos permitem perceber qual o próximo passo. Normalmente é necessário desbloquear algo para que possamos avançar. O caminho faz-se… caminhando.

Depois de um longo tempo parado sem escrever, estou finalmente a conseguir voltar, e assim espero continuar.

Ainda não sei qual será a frequência com que irei escrever, mas espero manter o ritmo.

O que importa é começar. É sempre o passo mais importante, e por vezes, o mais complicado.

 

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Tudo tem um motivo de acontecer, e surgiu a necessidade de dedicar a minha total atenção ao meu novo bebé tecnológico.

A semana passada foi o início de um marco importante. Finalmente consegui reunir todos os esforços para que conseguisse abrir as portas da minha casa tecnológica ao público: o site do Papai Tó.

É algo que já foi pensado (e começou a ser implementado) há cerca de um ano atrás.

Um ano!

Como o tempo passa!

As ideias surgem e queremos concretizá-las logo no imediato, mas surgem sempre alterações aos nossos planos que nos fazem mudar o rumo dos acontecimentos. Mas o importante é não perdermos o nosso foco e sabermos quais são os nossos objectivos.

Muitos conhecimentos foram adquiridos, e ainda falta muito mais para fazer. Poderia atrasar um pouco mais o seu lançamento, mas se fosse esperar até estar mesmo completo… então seria um adiamento infinito.

Não existe a perfeição, e busca pela perfeição pode tornar-se uma obsessão, de tal forma que pode influenciar a nossa forma de viver.

O essencial está feito e foi lançado com as mínimas condições possíveis.

Agora é ir adicionando o que falta, até ficar mais funcional e apresentável.

Se existem falhas? Claro que sim! Mas que serão corrigidas, e conto com o teu apoio, se detectares alguma. Há sempre algum pormenor a alterar, mas que não nos pode impedir de avançar.

Por exemplo, com certeza que já tentaste aceder à loja e reparaste que ainda não está operacional. Gostaria muito que já estivesse concluída, mas faltam muitos pormenores por definir, e ainda não posso abri-la. Será oficialmente aberta quando as condições estiverem reunidas, e espero não demorar muito tempo até o fazer.

Prevejo que muitas coisas boas aí virão, mas terão que ser assentes numa base sólida, consistente. Só assim perduram e só assim criam raízes para as gerações futuras.

O caminho faz-se… caminhando.

Claro que com isto tudo, existem outros projectos que ficam parados, outros tantos que abrandam o passo e entram no ritmo do caracol. Mas com certeza que já conheces a história da lebre e da tartaruga… apesar da tartaruga ter um passo mais lento, não significa que desista do objectivo, ou que se distraia facilmente. Foco, determinação, persistência e ritmo consistente são as palavras de ordem.

Quem “sofre” mais com estes abrandamentos é o meu filho L, o meu cliente mais fiel.

“Pede-me” constantemente que lhe proporcione melhores condições para que ele possa usufruir o melhor possível dos períodos sensíveis pelos quais está a atravessar.

Ou seja, demonstra-me, por gestos e palavras.

Gosto muito de o observar e perceber quais as suas necessidades, e acho que até já o faço de uma forma inconsciente. Por vezes, basta um pequeno gesto dele para perceber o que lhe faz falta naquele momento, o que o pode ajudar para facilitar a sua vida.

 

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No fundo, a aquisição e a consolidação de novas competências que o seu crescimento assim lho exige.

Ele tem uma paciência do tamanho do mundo, e quando menos espera ”aparece” algo feito por mim que ele tanto precisava.

Espero poder retomar brevemente ao ofício que tanto gosto.

caminho

O Papai Tó veio para ficar e vai deixar a sua marca, ao demonstrar que os portugueses também sabem fazer materiais pedagógicos (e não só) com qualidade.

Com matéria-prima proveniente de florestação sustentável e com acabamentos certificados que não prejudicam o meio-ambiente, e que por isso são seguros para os nossos bebés e crianças mexerem sem perigo para a sua saúde.

Espero sinceramente corresponder às expectativas, porque eles merecem o melhor, e, se possível, que seja português.

É com muita satisfação e alegria que vejo o movimento Montessori a começar a espalhar-se e a consolidar-se cada vez mais pelo nosso país, e este é o meu pequeno contributo para que os nossos pequenos mestres tenham a aprendizagem que merecem.

 

Quais as tuas expectativas em relação à integração de Montessori em Portugal?

O que estás a fazer para ajudar que este movimento floresça?

Deixa a tua opinião.

 

Obrigado pela tua presença.

 

 

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A cola pode ser nociva para a saúde teu filho?

“Vais para a escola? Leva a cola!”

Quem não se lembra de um anúncio que passou na televisão, há uns bons 30 anos?

Pois é, a cola fez sempre parte do material escolar, e também dos instrumentos de trabalho de quem necessite de a utilizar com muita frequência.

Pode parecer um tópico banal, mas revela-se importante aprofundar um pouco este assunto, e vou explicar o porquê.

Desde os primórdios da civilização que a cola é utilizada.

Inicialmente, começou por ser utilizada a cola de animal, antes de existirem as colas sintéticas de hoje em dia.

Historicamente, a cola de animal era feita através do colagénio existente nos ossos dos animais mortos. O colagénio é conhecido por ser peganhento quando está húmido e ficar duro quando solidifica.

Sabias que a palavra “colagénio” deriva da palavra grega “kolla”…?

Embora inicialmente não muito conhecida, o seu uso começou a proliferar quando a construção de móveis surgiu como um ofício.

Claro que hoje em dia muito raramente utiliza-se a cola animal, dando o seu lugar às colas sintéticas.

Existem colas específicas para colar qualquer tipo de material: madeira, metal, tecido, vidro, porcelana, etc.

E nas mais variadas formas: liquída, em stick roll-on, gel, spray, etc.

Contudo, a maior parte delas não são certificadas (podendo ter algum tipo de toxicidade), e nem sequer referem qual o valor dos VOCs.

 

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Normalmente não acarretam nenhum perigo para a saúde, e pode ser facilmente limpa com os dedos apenas com um pouco de água.

As colas brancas para madeira à base de água (também conhecidas pela sigla PVA) são as mais utilizadas na bricolage em geral as que apresentam a melhor relação preço-quantidade.

As colas PVA (Acetato de PoliVinilo) são de cor branca (embora também existam na cor amarela), sem cheiro e podem ser diluídas em água, tornando-as menos espessas.

Podem também ser tocadas directamente pelos dedos, sem nenhum prejuízo para a pele.

Tal facto pode dar a entender que este tipo de cola não é tóxica.

E de facto, não é, a não ser que seja ingerida.

Todos sabemos que as crianças gostam de experimentar tudo, e há sempre aquela situação em que provam um pouco de cola branca.

Esta cola pode tornar-se tóxica a partir do momento em que for ingerida, porque realmente não foi feita para isso.

Claro que se for em quantidades muito pequenas, o mal será muito menor do que se for em grandes quantidades, e de certo que o nosso organismo encarregar-se-á de dar o devido tratamento.

Existem fabricantes estrangeiros de cola branca que têm colas naturais e que são próprias para o contacto directo com os alimentos.

Mas o que isso significa é que se a cola tiver contacto com os alimentos, estes continuam a ser comestíveis.

Não quer dizer que a cola é comestível…

Existem colas muito potentes no mercado, e que actuam em segundos, e que exigem muito cuidado na sua utilização

Podem, inclusive, colar a pele.

Apesar de ser vantajoso utilizá-las, têm compostos químicos na sua composição, o que não as torna muito amigas do ambiente.

Se for necessário dar um uso muito intenso, torna-se ainda mais obrigatório utilizar colas que sejam o menos nocivas possível.

E claro, com o manusear das peças de madeira pelas mãos dos bebés e das crianças, todo o cuidado é pouco…

Nem todos os fabricantes têm este nível de consciência.

 

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Existe algum perigo das colas que não são certificadas serem utilizadas para colar peças manuseadas por bebés ou crianças?

É possível que não, desde que haja o cuidado de não utilizar em excesso, e de limpar muito bem o remanescente.

Claro que podem existir situações em que é de todo impossível não usar uma cola não tóxica, mas desde que haja o máximo de cuidado possível, como referido.

Muitas fabricantes podem dizer que a cola que utilizaram é livre de tóxicos e sem solventes, mas poderá não ser bem assim. Como é um componente utilizado na própria montagem do produto, fica escondida.

E depois de secas, algumas mesmo ficam transparentes,

Não existe forma de saber realmente qual o tipo de cola utilizada…

Como poderemos saber a verdade?

Segue o teu instinto e confia.

Procura um fabricante de brinquedos e materiais pedagógicos da tua confiança, que demonstre integridade e responsabilidade no seu trabalho.

E que tenha conhecimentos suficientes para usar uma cola certificada que seja atóxica, não tenha solventes e que tenha um valor muito reduzido de VOCs.

O meio-ambiente agradece, e o teu filho também.

Que achas deste assunto?

Dás alguma importância às colas utilizadas?

 

Obrigado pela tua presença.

 

 

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Móbiles Montessori

Deparámo-nos com o conceito dos móbiles ainda antes do L nascer, quando já tínhamos ambos colocado mãos à obra e começado a pesquisar sobre a melhor forma de o receber.

Claro que fazíamos questão que a casa estivesse o melhor preparada possível, e foi nessa altura que os universos de Montessori e Waldorf começaram a entrar cada vez mais na nossa vida.

Se anteriormente já faziam sentido, agora faziam muito mais.

Então, como preparar o ambiente o melhor possível?

Apesar de ele só ir começar a andar passados muitos meses, quisemos deixar a casa já minimamente preparada nesse sentido.

 

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Começámos por tapar as tomadas eléctricas nas paredes, começar a colocar as coisas à altura dele, um berço que nos permitisse acoplar à nossa cama sem uma das grades laterais.

Estes são alguns dos exemplos.

Mas ao pesquisar melhor o mundo Montessori, deparámo-nos com os móbiles!

Confesso que não sabia o que era um móbile, nem que era este o nome que se dava a este tipo de material.

E à medida que fomos pesquisando, mais sentido fazia a estrutura dos mesmos, e as aplicações que lhe eram dadas.

Pelo que entendi na altura, Montessori tem vários tipos de mobiles, que vão sendo aplicados consoante a evolução do bebé.

Não sou nenhum perito nesta matéria, e irei apenas falar do que pesquisei em relação a este assunto, e também da minha experiência enquanto pai presente.

Primeiro que tudo, é preciso ter consciência que os móbiles não devem ser apresentados quando o bebé está stressado de alguma forma, ou quando existe alguma necessidade básica por atender: cólicas, fome, fralda suja, etc.

Não devem ser colocados também no sítio onde o bebé dorme, não é essa a intenção. Convém ter a zona onde dorme separada da zona da brincadeira.

Por isso, não devem ser usados como forma de acalmar o bebé. Ele já tem que estar calmo e receptivo.

Devem ser sim, apresentados ao bebé quando ele está relaxado e predisposto para absorver o ambiente que o rodeia, em que tudo é novidade.

O objectivo é estimular, num ambiente controlado, o foco, a capacidade de seguir objectos, e a percepção das cores.

O primeiro deste móbiles é o Munari.

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Móbile Munari

O Munari é um móbile composto por 3 níveis de altura, com figuras geométricas a preto e branco e uma bola transparente, equilibradas entre si.

Deverá ser apresentado entre as 3-6 semanas de vida.

Antes mesmo do bebé conseguir ver as cores, só consegue ver a preto e branco e distinguir formas e sombras. Daí este móbile não ter cores, porque realmente não são necessárias. Desta forma, permite que o bebé consiga distinguir melhor o contraste entre os tons preto e branco. É também um móbile muito elegante e estimulante o suficiente, sem ser em demasia.

A bola transparente, ajuda a reflectir e a espalhar os raios de luz, criando um bonito efeito, ao mesmo tempo que não deixa de ser surpreendente para o bebé ver uma bola grande a flutuar no ar.

Das várias pesquisas que fiz, reparei que existe uma forma correcta de posicionar as várias imagens. Cada uma deve estar colocada numa certa posição, num determinado nível.

Confesso que não foi muito fácil equilibrar todo este sistema (é um verdadeiro exercício de paciência e equilibrismo), mas uma vez feito… é muito relaxante vê-lo a funcionar. A forma elegante como as diversas imagens interagem entre si, parece que estão entrelaçadas numa dança hipnotizante.

Sinceramente não me recordo quando tempo deixámos este móbile pendurado, mas foi dos móbiles que durou mais tempo…

Quando reparámos que o L não já não dava muito atenção a este móbile, trocámos para o seguinte.

O Octaedro (assim se chama o móbile que deverá ser colocado depois do Munari), é composto por três octaedros (daí o seu nome).

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Móbile Octaedro

Nesta fase, o bébé já consegue distinguir algumas cores, e por isso as três formas geométricas representam as três cores primárias (azul, amarelo e vermelho). São colocadas a alturas diferentes para que o bébé tenha a percepção da distância e possa treinar o foco visual.

Deve ser apresentado entre as 5-8 semanas de vida.

Das pesquisas que fiz, reparei que não existe uma posição específica para cada forma geométrica, por isso optei por colocar o que tem a cor amarela mais em baixo. Não sei se existe algum estudo científico em relação a este pormenor, porque reparei que não existe muita coerência em relação a este aspecto.

Queria que os octaedros tivessem cores suaves, mas ao mesmo tempo apelativas. Por isso andei de loja em loja à procura da cartolina que tivesse a cor certa. E também não podia ser uma cartolina muito grossa que não desse para dobrar, nem uma cartolina muito fina que fosse impossível de trabalhar. Foi uma lotaria, mas lá consegui encontrar o que queria…

O que dá mais trabalho, neste móbile, é recortar os octaedros e colar muito bem, sem estragar nada. Não é muito fácil, já que nas dobras as cores podem ficar um pouco “rasgadas” e sumidas, mas nada que não se faça, com paciência e algum jeito.

Li algures que, os octaedros foram feitos para ter como base a percepção das proporções geométricas, as suas relações e padrões. Foram assim denominados pelo antigo filósofo grego, Plato.

Do que me recordo, o L não se entreteve muito com este móbile, e o efeito surpresa desvaneceu-se cedo.

O nosso bebé queria mais, e então lá fomos colocar o móbile seguinte: o Gobbi.

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Móbile Gobbi

O Gobbi é um móbile composto por 5 bolas, com 5 tons variantes de uma só cor.

Pode ser apresentado entre as 6-8 semanas.

Tem como objectivo ajudar a aperfeiçoar a visão do bébé, ao ter uma ligeira variação de tom de cor de uma bola para a outra.  O bébé percorre estas ligeiras variações de tons para a frente e para trás, ao mesmo tempo que os seus olhos ajustam o foco da bola que está mais perto para a bola que está mais afastada da sua visão.

Pode ser feito praticamente com qualquer cor base. Nós optámos pelo azul, com cores suaves.

Aqui houve uma grande ajuda da minha mulher, porque foi ela que fez praticamente tudo: comprou as bolas, as linhas com as cores, e enrolou a linha à volta das bolas.

Eu limitei-me apenas a pendurar as bolas, de acordo com um ângulo específico, para que fiquem em escada.

Claro que este móbile é muito apetecível, porque nesta fase o bebé já começa a querer agarrar objectos e é uma verdadeira tentação bater nas bolas e vê-las a dançar no ar.

E como não há três sem quatro, quando o L começou a mostrar desinteresse pelo Gobbi, mostrámos-lhe os Dançarinos.

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Móbile Dançarinos

Os Dançarinos é um móbile formado por 4 figuras que se assemelham a 4 pessoas a dançarem, em várias posições.

Pode ser apresentado sensivelmente a partir das 12 semanas.

Aquando das minhas pesquisas, verifiquei que existem várias cores que se podem utilizar e combinar para formar as figuras. Não me pareceu existir nenhuma “regra”. Por isso, resolvi utilizar duas cores que ainda não tinha utilizado muito, o vermelho e o prateado. As cores são ligeiramente brilhantes, mas não em demasia.

Os Dançarinos ajudam o bebé a ter a percepção de profundidade, bem como no foco de imagens visuais em movimento. E este móbile é muito propício em movimento, porque existem muitas figuras que facilmente “dançam” com a mais pequena brisa, devido a serem feitos com material leve.

O contraste das cores, a reflecção da luz e a suavidade dos movimentos ajudam a captar a atenção do bébé.

Em vez de serem dançarinos, também se vêm móbiles construídos com formas de baleias, andorinhas, borboletas, etc.

Nesta fase já fica um pouco ao nosso critério que tipo de figuras apresentar e ir trocando, já que existem mesmo muitas variações.

A lista é vasta.

Alguns são muito bonitos de se ter em casa, mesmo para nós, adultos. Tornam-se muito relaxantes.

Estes primeiros móbiles podem ser feitos por qualquer pessoa, com um pouco paciência e tempo.

Nós parámos no móbile dos dançarinos, porque achámos que para o L não valia a pena fazer mais. Ainda gostaria de ter feito mais, mas para ser sincero, acho que a principal razão foi porque o nosso tempo disponível para os fazer já não era muito… mas por um bom motivo, claro!

E o L também não se entreteve durante muito tempo com este móbile.

Depende de cada bebé, uns gostam mais de um certo tipo de móbiles do que outros.

A forma de colocar os móbiles é feita sempre da mesma forma: a cerca de 30 cm da cara do bebé (é a distância máxima que eles conseguem ver quando são muito novos), e por cima do seu peito (não directamente acima da sua cabeça). Desta forma, ajuda-o a focar os objectos que estão um pouco mais longe da sua visão, e sem forçar muito o pescoço ao olhar para cima.

Os móbiles devem ser trocados a cada 2-3 semanas, para o bebé não se aborrecer, e para provocar novos estímulos.

Não exista uma fórmula que funcione para todos, e o número de semanas para apresentar cada móbile é apenas uma referência. É necessário, sobretudo, conheceres o teu bebé e perceberes quando é altura de mudar de móbile.

Penso que o principal é que o teu bebé seja um bebé feliz e estimulado na medida certa, no tempo certo. Com ou sem móbiles.

Para isso, precisas ser um pai/mãe presente na vida do teu filho. Conhecê-lo.

 

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Não são os móbiles que vão fazer de ti um pai/mãe Montessori. Ou que possas dizer que o teu filho é um bebé Montessori.

É muito mais importante a forma como estás presente na sua vida, no seu crescimento. E respeitar as suas opções, proporcionando-lhe desde muito cedo condições para que seja uma criança autónoma, livre e responsável.

Já tinhas ouvido falar destes móbiles?

Chegaste a fazer algum?

Qual é a tua opinião sobre os móbiles, achas que cumprem o seu propósito?

 

Obrigado pela tua presença.

 

 

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Os Homens também Choram

Surpresa! Sim, os homens também choram…

Um homem não é desprovido de sentimentos, embora assim o pareça. Desde os tempos primitivos que o principal papel do homem é garantir a sua sobrevivência e dos que lhe são próximos.

Enquanto a mulher ficava a tomar conta da casa e dos filhos, o homem ia à procura de comida, e tinha o papel de proteger a casa e a família.

Talvez por causa disso tenha assumido uma postura mais rígida, inflexível, e tenha vestido uma carapaça que não deixe transparecer as emoções. Possivelmente também para não preocupar a sua mulher e as crias.

Criámos uma carapaça para não deixarmos ninguém invadir o nosso espaço.

Para dar a entender à sociedade e a todos os que nos rodeiam que somos o verdadeiro macho alfa, aquele que não tem medo de nada e controla tudo e todos.

Mas não é bem assim… os homens também precisam de mimos, colinho e cafunés. Também temos dias menos bons em que precisamos desabafar e sentirmo-nos aconchegados. Precisamos que alguém nos diga que vai correr tudo bem, mesmo que não seja inteiramente verdade.

Precisamos exteriorizar as nossas emoções.

Os homens e não só.

É perigoso esconder as emoções, porque um dia mais tarde podemo-nos vir a ressentir disso mesmo. O nosso corpo vai acumulando as energias que não são libertadas de alguma forma, e depois começam a surgir sintomas estranhos, pequenas doenças que não sabemos de onde apareceram, tensões que o nosso corpo vai adquirindo.

E não nos damos conta disso mesmo, porque vai fazendo parte do nosso dia-a-dia, e achamos que é completamente normal. Aliás, já nem sabemos o que é estar bem.

E que exemplo nós estamos a dar aos nossos filhos, que não vêm o pai chorar?

Uma pessoa forte é aquela que reconhece e não esconde as suas fraquezas.

Quantas pessoas são consideradas líderes por quem as rodeiam, precisamente porque mostram o seu lado humano?

Para sermos adultos emocionalmente fortes, é necessário começarmos desde muito novos a reconhecer as nossas emoções.

As crianças precisam saber lidar com elas. E nós somos o melhor exemplo que elas podem ter.

Temos o dever de explicar-lhes o que estão a sentir num determinado momento. Identificar e perceber que sensações as emoções nos transmitem, e como nos fazem sentir.

choram

Não deve ser fácil, enquanto crianças, conseguirmos lidar com muitos sentimentos e emoções que nos invadem pela primeira vez, além da explosão de sons, cores e texturas que inunda os pequenos exploradores.

Mas só assim nos permitimos crescer emocionalmente.

Lembro-me de um filme em desenhos animados que vi antes do L nascer (quando tínhamos todo o tempo do mundo para ir ao cinema…), que falava precisamente das emoções, o Inside Out.

Este filme explica bem o porquê de termos a necessidade de expressar o que sentimos, além de percebermos que é necessário deixarmos fluir todas as emoções para que as possamos sentir de igual forma. Temos que saber conviver com todas elas.

Cada vez mais os homens estão a deixar de ser aquelas pessoas frias e indiferentes que a sociedade “forçou” a moldar.

Por fora podemos parecer seres insensíveis e inflexíveis, mas por dentro somos todos feitos de amor.

Os homens também choram.

Choram quando estão acompanhados.

Choram quando estão sozinhos.

Choram quando presenciam o milagre do nascimento do filho.

Choram quando morre um avô, uma avó.

Choram quando saem de casa dos pais.

Choram sem razão aparente, apenas porque lhes apetece exteriorizar sentimentos que não devem ficar guardados.

Quando foi a última vez que expressaste verdadeiramente as tuas emoções?

 

Obrigado pela tua presença.

 

 

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