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Regresso ao futuro

É sempre bom relembrar o nosso passado, quais são as nossas raízes. Qualquer que tenha sido o caminho que percorremos, bom ou mau, mas que nos permitiu chegar onde estamos neste preciso momento. Uma espécie de regresso ao futuro, que nos permite perceber que acções fizemos no passado que possam ter impactado a nossa situação actual.

Não é fruto do acaso, nem coincidência. Não é sorte, nem azar.

É sim, fruto do nosso querer, da nossa vontade de chegar a algum lado.

 

 

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O nosso subconsciente é muito poderoso, no sentido em que o podemos moldar à realidade que desejamos que aconteça. Exige prática, dedicação, empenho, reforço constante dos nossos pensamentos.

Muitos de nós já o fazemos de forma inconsciente, mas fazê-lo de uma forma consciente permite-nos alcançar os patamares que desejamos, e não os que a vida nos impõe, como se fosse um acaso.

Mal sabia eu que, há alguns anos atrás, iria estar nesta posição, a ajudar a espalhar o nome Montessori através da minha arte.

Que iria ser este o meu futuro.

Tudo começou com a minha vontade de querer fazer algo com as minhas mãos, trabalhos manuais.

Sempre gostei de o fazer, mas durante vários anos coloquei essa sensação de lado. São fases da vida que nos fazem optar por caminhos que nem sempre são os desejados.

 

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Mas a vontade de mudar foi maior, e recomecei a ganhar o gosto pelos trabalhos manuais através da arte de trabalhar a madeira. Ao embrenhar-me cada vez mais, fui ganhando um gosto e respeito cada vez maior por esta arte. Sou também um curioso e autodidata por natureza, o que me permite ir sempre à procura de respostas fora do meu círculo habitual de conhecimento. Desta forma, permito-me expandir a minha consciência e sair da minha zona de conforto.

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Na imagem em cima, uma caixa feita em madeira maciça de pinho com tampa e fechadura. Aprendi muito sobre junções das madeiras, como colocar dobradiças e fechos. Na imagem em baixo, uma pequena aprendizagem que tive em talha, ao fazer um floral como trabalho final, em cerejeira.

Só desta forma conseguimos evoluir.

Se existe um problema, existe uma solução. De que vale a pena focarmo-nos no problema, e não na solução? A solução está à nossa volta, mas para que possamos descobrir, é preciso retirar a atenção do problema. É bom termos consciência dele, mas não mais do que isso. Depois é preciso encontrar a solução, porque ela existe.

E só assim adquirimos novos conhecimentos, que muitas vezes não sabemos onde nos levam. E se calhar nem precisamos de saber no imediato, mas iremos perceber melhor, um dia.

 

Nas primeiras vezes que enveredamos por uma nova arte, os primeiros trabalhos são sempre um pouco “toscos”. Por mais que queiramos fazer algo bem logo nas primeiras vezes, é complicado, porque o nosso cérebro e o nosso corpo ainda não estão habituados nem preparados para esses trabalhos. É preciso treiná-los, para desempenharem bem as tarefas a que nos propomos fazer.

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Os meus primeiros trabalhos feitos em madeira maciça de pinho. Na imagem de cima, uma moldura. Na imagem de baixo, um tabuleiro. Existem muitas imperfeições visíveis a olho nu, nesta minha primeira abordagem, que me permitiram crescer muito ao ver onde errei.

 

Os nossos músculos têm memória, e também aprendem a fazer as coisas de uma determinada forma. É muito importante estarmos concentrados e ter consciência do que estamos a fazer, para que possamos educar correctamente o nosso corpo. O que pode ser aprendido a fazer de uma forma correcta, também pode ser aprendido a fazer de uma forma incorrecta.

A memória muscular é muito importante nos trabalhos manuais, e é algo que não pode ser descurado.

 

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Estudos dizem que são precisas cerca de 10.000 horas (!) de trabalho para ficarmos mestres num determinado trabalho, numa determinada arte.

Ainda me falta um longo caminho para percorrer (e não sei se alguma vez irei lá chegar), e muito sinceramente, não é isso que me move. A principal motivação é sentir-me bem a fazer algo que gosto, e que também vai ser útil para as outras pessoas. Fazer algo que deixe a minha mente sã e o meu corpo cansado, um cansaço “bom”. O resto vem por acréscimo.

Os meus primeiros trabalhos foram bastante “toscos”, sem dúvida, e sem qualquer tipo de acabamento. Muito “crús”.

Mas aprendi muito.

Percebi precisamente como não queria fazer, e por que caminho não quereria enveredar. Ao ver os resultados finais, percebi onde tinha que melhorar. O “como” vem com a experiência.

Ajudou-me imenso.

E, nesta área, é muitas vezes necessário fazermos nós próprios um modelo (ou até uma ferramenta) que nos ajude a trabalhar melhor: o chamado gabarito ou bitola. Pode até ser algo feito à medida, usado especialmente só para aquela ocasião específica.

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Na imagem de cima, uma caixa de esquadria, que serve para serrarmos as peças de madeira em determinados ângulos. Na imagem de baixo, uma bitola que serve para prendermos as peças que estamos a trabalhar.

 

Aprendi sobre as várias junções que existem para unir as peças de madeira.

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Na imagem à esquerda, um graminho, que serve para marcar e delimitar a madeira, antes de ser serrada, de forma a proporcionar um corte perfeito. Na imagem à direita, o martelo do Thor! Assim parece, mas foi um maço feito a partir de peças rectangulares, que me permitiu aprender mais sobre como tornear a madeira.

Quando se fala em marcenaria, provavelmente a primeira imagem que nos aparece são peças de madeira unidas com pregos, e que o marceneiro só utiliza pregos.

Nada podia estar mais longe da verdade.

Perceber qual a melhor junção para uma determinada situação e saber unir peças de madeira é quase uma arte. A união terá que ser tão perfeita quanto possível, para que não cause problemas estruturais ao objecto em si. E também para que fique esteticamente agradável de se ver.

Durante o meu percurso fiz vários objectos, e aventurei-me inclusive em fazer cadeiras e mesas, todas em madeira maciça, e feitas à mão.

 

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Cadeira toda feita em pinho maciço com ferramentas manuais, que me permitiu aprender um pouco mais sobre junções e o método de construção de cadeiras.

 

Já referi que aprendi muito neste processo…?

A concepção da cadeira foi muito importante, porque permitiu-me expandir os meus conhecimentos e sair da minha zona de conforto. Foi o meu último projecto na primeira vez que tive um contacto mais directo e dedicado a trabalhar a madeira. Digamos que foi uma espécie de “teste”, para ver quem conseguiria fazê-la num curto espaço de tempo, e com pouco tempo de formação. Consegui terminar, apesar de ficar com muitos erros e imperfeições. Mas aprendi muito.

Sabias que existem pessoas exclusivamente dedicadas a esta arte de fazer cadeiras, que se chamam os cadeireiros?

E compreendo o porquê, porque existem muitos pormenores a ter em atenção.

Numa fase mais posterior, e já com mais alguma experiência nesta área, fiz uma mesa de centro de sala, também em madeira maciça, que é neste momento a que o meu filho usa para os seus “trabalhos”. É a mesa onde ele explora as artes gráficas e desenha quadros lindíssimos, que só ele sabe fazer.

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Mesa feita em pinho maciço, que, ao contrário das peças anteriores, já tem um acabamento com verniz. À medida que fui progredindo e ganhando mais experiência, as peças de madeira começaram a ficar com outra qualidade notória.

Toda feita apenas com ferramentas manuais.

Também aprendi muito com este projecto, e como aplicar um acabamento que permitisse proteger a madeira, bem como realçar os veios desta matéria-prima natural.

 

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Mal sabia eu que este seria o início de um caminho que me iria permitir estar ao serviço dos outros.

Que caminho percorres para ajudar os outros?

Já experimentaste olhar para trás e ver onde te levaram as acções que tomaste?

 

Obrigado pela tua presença.

 

 

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O caminho faz-se… caminhando

Por vezes é necessário parar um pouco para repensarmos quais os nossos objectivos, e validarmos se estamos no caminho certo. É muito fácil desviarmo-nos do percurso traçado. Mais fácil é quando não vemos os resultados imediatos. Na sociedade em que vivemos, de consumismo rápido e descartável, em que temos o mundo na ponta dos dedos, queremos tudo para ontem e já não sabemos o que é esperar. O dinheiro de plástico é imperador soberano, as novas tecnologias estão disponíveis para quem quiser, e já não sabemos o que é estar desligado. Mas por vezes somos obrigados a parar e olhar para o caminho que estamos a fazer. São paragens “obrigatórias”, como se de um carro de corrida se tratasse em que tem parar para mudar os pneus. São paragens que nos permitem perceber qual o próximo passo. Normalmente é necessário desbloquear algo para que possamos avançar. O caminho faz-se… caminhando.

Depois de um longo tempo parado sem escrever, estou finalmente a conseguir voltar, e assim espero continuar.

Ainda não sei qual será a frequência com que irei escrever, mas espero manter o ritmo.

O que importa é começar. É sempre o passo mais importante, e por vezes, o mais complicado.

 

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Tudo tem um motivo de acontecer, e surgiu a necessidade de dedicar a minha total atenção ao meu novo bebé tecnológico.

A semana passada foi o início de um marco importante. Finalmente consegui reunir todos os esforços para que conseguisse abrir as portas da minha casa tecnológica ao público: o site do Papai Tó.

É algo que já foi pensado (e começou a ser implementado) há cerca de um ano atrás.

Um ano!

Como o tempo passa!

As ideias surgem e queremos concretizá-las logo no imediato, mas surgem sempre alterações aos nossos planos que nos fazem mudar o rumo dos acontecimentos. Mas o importante é não perdermos o nosso foco e sabermos quais são os nossos objectivos.

Muitos conhecimentos foram adquiridos, e ainda falta muito mais para fazer. Poderia atrasar um pouco mais o seu lançamento, mas se fosse esperar até estar mesmo completo… então seria um adiamento infinito.

Não existe a perfeição, e busca pela perfeição pode tornar-se uma obsessão, de tal forma que pode influenciar a nossa forma de viver.

O essencial está feito e foi lançado com as mínimas condições possíveis.

Agora é ir adicionando o que falta, até ficar mais funcional e apresentável.

Se existem falhas? Claro que sim! Mas que serão corrigidas, e conto com o teu apoio, se detectares alguma. Há sempre algum pormenor a alterar, mas que não nos pode impedir de avançar.

Por exemplo, com certeza que já tentaste aceder à loja e reparaste que ainda não está operacional. Gostaria muito que já estivesse concluída, mas faltam muitos pormenores por definir, e ainda não posso abri-la. Será oficialmente aberta quando as condições estiverem reunidas, e espero não demorar muito tempo até o fazer.

Prevejo que muitas coisas boas aí virão, mas terão que ser assentes numa base sólida, consistente. Só assim perduram e só assim criam raízes para as gerações futuras.

O caminho faz-se… caminhando.

Claro que com isto tudo, existem outros projectos que ficam parados, outros tantos que abrandam o passo e entram no ritmo do caracol. Mas com certeza que já conheces a história da lebre e da tartaruga… apesar da tartaruga ter um passo mais lento, não significa que desista do objectivo, ou que se distraia facilmente. Foco, determinação, persistência e ritmo consistente são as palavras de ordem.

Quem “sofre” mais com estes abrandamentos é o meu filho L, o meu cliente mais fiel.

“Pede-me” constantemente que lhe proporcione melhores condições para que ele possa usufruir o melhor possível dos períodos sensíveis pelos quais está a atravessar.

Ou seja, demonstra-me, por gestos e palavras.

Gosto muito de o observar e perceber quais as suas necessidades, e acho que até já o faço de uma forma inconsciente. Por vezes, basta um pequeno gesto dele para perceber o que lhe faz falta naquele momento, o que o pode ajudar para facilitar a sua vida.

 

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No fundo, a aquisição e a consolidação de novas competências que o seu crescimento assim lho exige.

Ele tem uma paciência do tamanho do mundo, e quando menos espera ”aparece” algo feito por mim que ele tanto precisava.

Espero poder retomar brevemente ao ofício que tanto gosto.

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O Papai Tó veio para ficar e vai deixar a sua marca, ao demonstrar que os portugueses também sabem fazer materiais pedagógicos (e não só) com qualidade.

Com matéria-prima proveniente de florestação sustentável e com acabamentos certificados que não prejudicam o meio-ambiente, e que por isso são seguros para os nossos bebés e crianças mexerem sem perigo para a sua saúde.

Espero sinceramente corresponder às expectativas, porque eles merecem o melhor, e, se possível, que seja português.

É com muita satisfação e alegria que vejo o movimento Montessori a começar a espalhar-se e a consolidar-se cada vez mais pelo nosso país, e este é o meu pequeno contributo para que os nossos pequenos mestres tenham a aprendizagem que merecem.

 

Quais as tuas expectativas em relação à integração de Montessori em Portugal?

O que estás a fazer para ajudar que este movimento floresça?

Deixa a tua opinião.

 

Obrigado pela tua presença.

 

 

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