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Móbiles Montessori

Deparámo-nos com o conceito dos móbiles ainda antes do L nascer, quando já tínhamos ambos colocado mãos à obra e começado a pesquisar sobre a melhor forma de o receber.

Claro que fazíamos questão que a casa estivesse o melhor preparada possível, e foi nessa altura que os universos de Montessori e Waldorf começaram a entrar cada vez mais na nossa vida.

Se anteriormente já faziam sentido, agora faziam muito mais.

Então, como preparar o ambiente o melhor possível?

Apesar de ele só ir começar a andar passados muitos meses, quisemos deixar a casa já minimamente preparada nesse sentido.

 

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Começámos por tapar as tomadas eléctricas nas paredes, começar a colocar as coisas à altura dele, um berço que nos permitisse acoplar à nossa cama sem uma das grades laterais.

Estes são alguns dos exemplos.

Mas ao pesquisar melhor o mundo Montessori, deparámo-nos com os móbiles!

Confesso que não sabia o que era um móbile, nem que era este o nome que se dava a este tipo de material.

E à medida que fomos pesquisando, mais sentido fazia a estrutura dos mesmos, e as aplicações que lhe eram dadas.

Pelo que entendi na altura, Montessori tem vários tipos de mobiles, que vão sendo aplicados consoante a evolução do bebé.

Não sou nenhum perito nesta matéria, e irei apenas falar do que pesquisei em relação a este assunto, e também da minha experiência enquanto pai presente.

Primeiro que tudo, é preciso ter consciência que os móbiles não devem ser apresentados quando o bebé está stressado de alguma forma, ou quando existe alguma necessidade básica por atender: cólicas, fome, fralda suja, etc.

Não devem ser colocados também no sítio onde o bebé dorme, não é essa a intenção. Convém ter a zona onde dorme separada da zona da brincadeira.

Por isso, não devem ser usados como forma de acalmar o bebé. Ele já tem que estar calmo e receptivo.

Devem ser sim, apresentados ao bebé quando ele está relaxado e predisposto para absorver o ambiente que o rodeia, em que tudo é novidade.

O objectivo é estimular, num ambiente controlado, o foco, a capacidade de seguir objectos, e a percepção das cores.

O primeiro deste móbiles é o Munari.

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Móbile Munari

O Munari é um móbile composto por 3 níveis de altura, com figuras geométricas a preto e branco e uma bola transparente, equilibradas entre si.

Deverá ser apresentado entre as 3-6 semanas de vida.

Antes mesmo do bebé conseguir ver as cores, só consegue ver a preto e branco e distinguir formas e sombras. Daí este móbile não ter cores, porque realmente não são necessárias. Desta forma, permite que o bebé consiga distinguir melhor o contraste entre os tons preto e branco. É também um móbile muito elegante e estimulante o suficiente, sem ser em demasia.

A bola transparente, ajuda a reflectir e a espalhar os raios de luz, criando um bonito efeito, ao mesmo tempo que não deixa de ser surpreendente para o bebé ver uma bola grande a flutuar no ar.

Das várias pesquisas que fiz, reparei que existe uma forma correcta de posicionar as várias imagens. Cada uma deve estar colocada numa certa posição, num determinado nível.

Confesso que não foi muito fácil equilibrar todo este sistema (é um verdadeiro exercício de paciência e equilibrismo), mas uma vez feito… é muito relaxante vê-lo a funcionar. A forma elegante como as diversas imagens interagem entre si, parece que estão entrelaçadas numa dança hipnotizante.

Sinceramente não me recordo quando tempo deixámos este móbile pendurado, mas foi dos móbiles que durou mais tempo…

Quando reparámos que o L não já não dava muito atenção a este móbile, trocámos para o seguinte.

O Octaedro (assim se chama o móbile que deverá ser colocado depois do Munari), é composto por três octaedros (daí o seu nome).

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Móbile Octaedro

Nesta fase, o bébé já consegue distinguir algumas cores, e por isso as três formas geométricas representam as três cores primárias (azul, amarelo e vermelho). São colocadas a alturas diferentes para que o bébé tenha a percepção da distância e possa treinar o foco visual.

Deve ser apresentado entre as 5-8 semanas de vida.

Das pesquisas que fiz, reparei que não existe uma posição específica para cada forma geométrica, por isso optei por colocar o que tem a cor amarela mais em baixo. Não sei se existe algum estudo científico em relação a este pormenor, porque reparei que não existe muita coerência em relação a este aspecto.

Queria que os octaedros tivessem cores suaves, mas ao mesmo tempo apelativas. Por isso andei de loja em loja à procura da cartolina que tivesse a cor certa. E também não podia ser uma cartolina muito grossa que não desse para dobrar, nem uma cartolina muito fina que fosse impossível de trabalhar. Foi uma lotaria, mas lá consegui encontrar o que queria…

O que dá mais trabalho, neste móbile, é recortar os octaedros e colar muito bem, sem estragar nada. Não é muito fácil, já que nas dobras as cores podem ficar um pouco “rasgadas” e sumidas, mas nada que não se faça, com paciência e algum jeito.

Li algures que, os octaedros foram feitos para ter como base a percepção das proporções geométricas, as suas relações e padrões. Foram assim denominados pelo antigo filósofo grego, Plato.

Do que me recordo, o L não se entreteve muito com este móbile, e o efeito surpresa desvaneceu-se cedo.

O nosso bebé queria mais, e então lá fomos colocar o móbile seguinte: o Gobbi.

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Móbile Gobbi

O Gobbi é um móbile composto por 5 bolas, com 5 tons variantes de uma só cor.

Pode ser apresentado entre as 6-8 semanas.

Tem como objectivo ajudar a aperfeiçoar a visão do bébé, ao ter uma ligeira variação de tom de cor de uma bola para a outra.  O bébé percorre estas ligeiras variações de tons para a frente e para trás, ao mesmo tempo que os seus olhos ajustam o foco da bola que está mais perto para a bola que está mais afastada da sua visão.

Pode ser feito praticamente com qualquer cor base. Nós optámos pelo azul, com cores suaves.

Aqui houve uma grande ajuda da minha mulher, porque foi ela que fez praticamente tudo: comprou as bolas, as linhas com as cores, e enrolou a linha à volta das bolas.

Eu limitei-me apenas a pendurar as bolas, de acordo com um ângulo específico, para que fiquem em escada.

Claro que este móbile é muito apetecível, porque nesta fase o bebé já começa a querer agarrar objectos e é uma verdadeira tentação bater nas bolas e vê-las a dançar no ar.

E como não há três sem quatro, quando o L começou a mostrar desinteresse pelo Gobbi, mostrámos-lhe os Dançarinos.

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Móbile Dançarinos

Os Dançarinos é um móbile formado por 4 figuras que se assemelham a 4 pessoas a dançarem, em várias posições.

Pode ser apresentado sensivelmente a partir das 12 semanas.

Aquando das minhas pesquisas, verifiquei que existem várias cores que se podem utilizar e combinar para formar as figuras. Não me pareceu existir nenhuma “regra”. Por isso, resolvi utilizar duas cores que ainda não tinha utilizado muito, o vermelho e o prateado. As cores são ligeiramente brilhantes, mas não em demasia.

Os Dançarinos ajudam o bebé a ter a percepção de profundidade, bem como no foco de imagens visuais em movimento. E este móbile é muito propício em movimento, porque existem muitas figuras que facilmente “dançam” com a mais pequena brisa, devido a serem feitos com material leve.

O contraste das cores, a reflecção da luz e a suavidade dos movimentos ajudam a captar a atenção do bébé.

Em vez de serem dançarinos, também se vêm móbiles construídos com formas de baleias, andorinhas, borboletas, etc.

Nesta fase já fica um pouco ao nosso critério que tipo de figuras apresentar e ir trocando, já que existem mesmo muitas variações.

A lista é vasta.

Alguns são muito bonitos de se ter em casa, mesmo para nós, adultos. Tornam-se muito relaxantes.

Estes primeiros móbiles podem ser feitos por qualquer pessoa, com um pouco paciência e tempo.

Nós parámos no móbile dos dançarinos, porque achámos que para o L não valia a pena fazer mais. Ainda gostaria de ter feito mais, mas para ser sincero, acho que a principal razão foi porque o nosso tempo disponível para os fazer já não era muito… mas por um bom motivo, claro!

E o L também não se entreteve durante muito tempo com este móbile.

Depende de cada bebé, uns gostam mais de um certo tipo de móbiles do que outros.

A forma de colocar os móbiles é feita sempre da mesma forma: a cerca de 30 cm da cara do bebé (é a distância máxima que eles conseguem ver quando são muito novos), e por cima do seu peito (não directamente acima da sua cabeça). Desta forma, ajuda-o a focar os objectos que estão um pouco mais longe da sua visão, e sem forçar muito o pescoço ao olhar para cima.

Os móbiles devem ser trocados a cada 2-3 semanas, para o bebé não se aborrecer, e para provocar novos estímulos.

Não exista uma fórmula que funcione para todos, e o número de semanas para apresentar cada móbile é apenas uma referência. É necessário, sobretudo, conheceres o teu bebé e perceberes quando é altura de mudar de móbile.

Penso que o principal é que o teu bebé seja um bebé feliz e estimulado na medida certa, no tempo certo. Com ou sem móbiles.

Para isso, precisas ser um pai/mãe presente na vida do teu filho. Conhecê-lo.

 

Artigo relacionado: A importância de ser um pai Presente

 

Não são os móbiles que vão fazer de ti um pai/mãe Montessori. Ou que possas dizer que o teu filho é um bebé Montessori.

É muito mais importante a forma como estás presente na sua vida, no seu crescimento. E respeitar as suas opções, proporcionando-lhe desde muito cedo condições para que seja uma criança autónoma, livre e responsável.

Já tinhas ouvido falar destes móbiles?

Chegaste a fazer algum?

Qual é a tua opinião sobre os móbiles, achas que cumprem o seu propósito?

 

Obrigado pela tua presença.

 

 

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Os Homens também Choram

Surpresa! Sim, os homens também choram…

Um homem não é desprovido de sentimentos, embora assim o pareça. Desde os tempos primitivos que o principal papel do homem é garantir a sua sobrevivência e dos que lhe são próximos.

Enquanto a mulher ficava a tomar conta da casa e dos filhos, o homem ia à procura de comida, e tinha o papel de proteger a casa e a família.

Talvez por causa disso tenha assumido uma postura mais rígida, inflexível, e tenha vestido uma carapaça que não deixe transparecer as emoções. Possivelmente também para não preocupar a sua mulher e as crias.

Criámos uma carapaça para não deixarmos ninguém invadir o nosso espaço.

Para dar a entender à sociedade e a todos os que nos rodeiam que somos o verdadeiro macho alfa, aquele que não tem medo de nada e controla tudo e todos.

Mas não é bem assim… os homens também precisam de mimos, colinho e cafunés. Também temos dias menos bons em que precisamos desabafar e sentirmo-nos aconchegados. Precisamos que alguém nos diga que vai correr tudo bem, mesmo que não seja inteiramente verdade.

Precisamos exteriorizar as nossas emoções.

Os homens e não só.

É perigoso esconder as emoções, porque um dia mais tarde podemo-nos vir a ressentir disso mesmo. O nosso corpo vai acumulando as energias que não são libertadas de alguma forma, e depois começam a surgir sintomas estranhos, pequenas doenças que não sabemos de onde apareceram, tensões que o nosso corpo vai adquirindo.

E não nos damos conta disso mesmo, porque vai fazendo parte do nosso dia-a-dia, e achamos que é completamente normal. Aliás, já nem sabemos o que é estar bem.

E que exemplo nós estamos a dar aos nossos filhos, que não vêm o pai chorar?

Uma pessoa forte é aquela que reconhece e não esconde as suas fraquezas.

Quantas pessoas são consideradas líderes por quem as rodeiam, precisamente porque mostram o seu lado humano?

Para sermos adultos emocionalmente fortes, é necessário começarmos desde muito novos a reconhecer as nossas emoções.

As crianças precisam saber lidar com elas. E nós somos o melhor exemplo que elas podem ter.

Temos o dever de explicar-lhes o que estão a sentir num determinado momento. Identificar e perceber que sensações as emoções nos transmitem, e como nos fazem sentir.

choram

Não deve ser fácil, enquanto crianças, conseguirmos lidar com muitos sentimentos e emoções que nos invadem pela primeira vez, além da explosão de sons, cores e texturas que inunda os pequenos exploradores.

Mas só assim nos permitimos crescer emocionalmente.

Lembro-me de um filme em desenhos animados que vi antes do L nascer (quando tínhamos todo o tempo do mundo para ir ao cinema…), que falava precisamente das emoções, o Inside Out.

Este filme explica bem o porquê de termos a necessidade de expressar o que sentimos, além de percebermos que é necessário deixarmos fluir todas as emoções para que as possamos sentir de igual forma. Temos que saber conviver com todas elas.

Cada vez mais os homens estão a deixar de ser aquelas pessoas frias e indiferentes que a sociedade “forçou” a moldar.

Por fora podemos parecer seres insensíveis e inflexíveis, mas por dentro somos todos feitos de amor.

Os homens também choram.

Choram quando estão acompanhados.

Choram quando estão sozinhos.

Choram quando presenciam o milagre do nascimento do filho.

Choram quando morre um avô, uma avó.

Choram quando saem de casa dos pais.

Choram sem razão aparente, apenas porque lhes apetece exteriorizar sentimentos que não devem ficar guardados.

Quando foi a última vez que expressaste verdadeiramente as tuas emoções?

 

Obrigado pela tua presença.

 

 

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Levanta-te e luta!

Sim, levanta-te e luta! Quando a vida te prega rasteiras para as quais não estavas à espera, não penses que ficar no chão é opção.

“Não importa quantas vezes cais, mas sim quantas vezes te levantas”, já diz a famosa frase.

E, de facto, torna-se verdadeira a partir do momento em que nos levantamos e percebemos que temos muito mais a ganhar do que ficar no chão.

Se ficarmos no chão, não iremos perceber o nosso real valor. Ficaremos sempre a pensar no que poderia acontecer se nos levantássemos mais uma vez. Muitas das vezes apetece-nos ficar no chão, parar. É o nosso ego a dizer-nos basta. Basta de humilhações. Basta de tentativas falhadas. É mais apetecível ficar numa posição conhecida e confortável, do que enfrentar o desconhecido.

Mas a cada tentativa falhada, ficamos um pouco mais perto da nossa visão. Sabemos melhor qual o caminho que devemos percorrer. A próxima tentativa correrá ainda melhor. E vai chegar o dia em que acumulaste tanta experiência nas tentativas falhadas, que já sabes fazer tudo para que as coisas resultem bem.

Podes perder uma batalha, mas chega sempre a hora de bater com as mãos no chão e continuar a perseguir o teu sonho.

A tua luta é pessoal e só tu a podes combater.

A vida prega-nos rasteiras, é verdade. Mas muitas vezes existem para que encontremos a força necessária para continuarmos o nosso caminho. Erguemos a cabeça e ganhamos mais confiança, mais auto-estima. O nosso horizonte altera-se e a nossa zona de conforto expande-se. O que tínhamos como garantido, deixou de o ser.

Encontramos muitas pessoas que andam perdidas. Exteriormente parecem que estão bem, mas no seu interior não são pessoas felizes.

Nunca tentaram ser felizes?

Tentaram uma vez, falharam, e não voltaram a tentar?

Sabem que podem dar mais de si, tornarem-se uma versão melhor de si mesmas, mas isso implica uma mudança. Mudança do estilo de vida. Mudança de hábitos, rotinas.

O único factor constante é a própria mudança.

O ser humano é extraordinário, e somos muito mais resilientes do que imaginamos. É nas adversidades que percebes o quanto vales.

Por isso é muito importante teres um caminho definido, um plano de acção. Se não der por um lado, então tentas pelo outro. E se mesmo assim não conseguires vislumbrar o caminho, limita-te a andar. O caminho aparecerá à medida que for feito. À medida que fores adquirindo novos conhecimentos, conhecendo novas pessoas.

As rodas do universo começam a funcionar a partir do momento em que decides caminhar.

Pode parecer um pouco estranho, mas funciona. As coisas acontecem como que por magia, e o que parecia impossível começa a tornar-se uma possibilidade remota.

luta

Faz-me lembrar o filme “Indiana Jones e a Última Cruzada”, onde o protagonista não vê a ponte invisível que está mesmo à sua frente. Tem que acreditar e dar o primeiro passo. E a magia acontece.

Sempre fui uma pessoa curiosa e gosto de perceber como as coisas funcionam. Questionar é importante para mim, permite-me raciocinar melhor e tomar decisões baseadas nas minhas conclusões. Permite-me pensar “fora da caixa”.

Hoje em dia existem coisas que já não questiono nem tento perceber o porquê de acontecerem.

Simplesmente sei que acontecem, e há coisas que não se explicam.

Também é importante aceitar as informações que as outras pessoas dão, sem fazer julgamentos. Mas é ainda mais importante questionar. É uma ferramenta importante que nos permite evoluir. Se uma multidão segue para o mesmo caminho, por que razão haverei eu de seguir esse mesmo caminho? Existe alguma regra? A sociedade assim o exige, embora de uma forma inconsciente? Ao ser humano foi dada a capacidade de pensar por si próprio, mas cada vez mais a sociedade faz-nos esquecer disso mesmo. Somos “empurrados” a seguir o mesmo caminho que a multidão segue, sem questionar.

O caminho contrário poderá parecer um pouco ortodoxo, fora do contexto do que é considerado “normal”. Mas o que é normal para uns, pode não ser para outros.

Afinal, cada pessoa tem o seu caminho para seguir.

Faz-nos sentir bem sabermos que estamos a percorrer o nosso caminho, mesmo caminhando sozinhos. Claro que é ainda melhor ter também outras pessoas a acreditarem em nós, faz-nos sentir que não estamos sozinhos e que temos um ponto de apoio, se for necessário. São essas pessoas que, embora parecendo que não estão lá, aparecem sempre na altura certa para nos dar a orientação correcta, para nos estimular. Mas é apenas um bónus, porque o importante é sentires que estás a seguir o teu caminho, mesmo sem estrada à vista.

Faz-me lembrar um outro filme, “The Matrix”, em que o Neo sabe que alguma coisa não está bem na sua vida e só começa realmente a acreditar em si próprio quando aparece outra pessoa, o Morpheus, que acredita mais nele do que ele próprio.

A propósito, este é um filme cheio de mensagens subliminares, já pensaste bem?

Sabias também que é muito interessante ter um caderno, uma espécie de diário, onde anotas os teus planos, as tuas conquistas, o que esperas da vida para os próximos anos?

Desta forma, no final de cada ano, podes reler o que escreveste e perceber o quanto mudaste. O quanto mudaram os teus objectivos para chegares à tua visão.

A evolução que houve pode ser assombrosa, mas só te apercebes realmente disso se tomares notas.

Acredito que viemos a este mundo para evoluirmos e ajudarmos também os que se aproximam de nós a evoluírem. Caminhamos para um plano vibratório mais elevado, e isso só acontece se evoluirmos todos em conjunto.

E para ajudarmos o próximo, temos que estar bem connosco. Temos que nos sentir vivos. E isso só acontece se não desistirmos dos nossos sonhos.

Não gostamos de pensar na morte, porque achamos que ainda está muito longe, mas o tempo passa muito rápido.

Mais rápido do que gostaríamos.

E quando isso acontecer, que legado gostarias de deixar às novas gerações?

O que gostarias que estivesse escrito na tua lápide do cemitério?

 

Obrigado pela tua presença.

 

 

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Os terríveis dois anos! E agora??

Pode-se dizer que o L está na faixa etária da “tal” crise dos dois anos.

Mas, muito sinceramente, não sei se se enquadra nisso.

Aliás, o que é isso da crise dos dois anos? Provavelmente foi um termo inventado por alguém que viu uma mudança acentuada de comportamento nos bebés que passam por esta idade.

Ou um termo inventado pela sociedade, para rotular o comportamento menos próprio.

Sinceramente não sei.

Hoje em dia tudo tem que ter um rótulo, um nome.

Só assim ficamos mais descansados porque sabemos do que se trata, e sabemos como lidar com isso.

Se existe um problema e tem nome, então tem que haver solução.

Cada vez mais se ouve falar muito de parentalidade positiva, parentalidade consciente, slow-parenting, etc.

Confesso que, para mim, a terminologia não é um factor indicativo.

Muito menos decisivo.

O que realmente importa mesmo é educar o meu filho com base em princípios que vão fazer dele uma pessoa com bons valores éticos, morais e sociais.

No fundo, que seja uma pessoa segura, confiante, altruísta, bondosa, sonhadora e independente.

Se este tipo de educação tem um nome?

Não sei, só queremos que seja Humano.

São princípios que gostamos de instruir desde muito cedo, e, à medida que ele vai-se desenvolvendo, começam-se a notar na forma como ele fala e interage com as outras pessoas, e com o meio envolvente.

Vou contar-te uma pequena história…

Certa vez, estávamos à mesa de um restaurante, e o empregado veio trazer-nos uma garrafa de água. Eu e a minha mulher nem nos apercebemos da situação, quando de repente, só ouvimos o empregado a dizer “de nada”.

Pára tudo! O que acabou de acontecer??

O nosso filho tinha agradecido ao empregado, e o empregado retribuiu-lhe a delicadeza do gesto!

Uma conversa de adultos (embora entre um bebé e um adulto), e o nosso filho tinha interagido com o empregado sem ninguém lhe dizer nada. Soube perceber o gesto que o empregado fez ao trazer-nos uma água, e sentiu que deveria agradecer por esse mesmo gesto.

São momentos como este que nos deliciam, e que nos fazem sentir que estamos no caminho certo.

Desde muito novo que também falamos com ele da mesma forma como falamos para um adulto. Não usamos termos “abébézados”. Os pópós, os piu-pius não existem nas nossas conversas. Não faz sentido usarmos termos que não são os verdadeiros, para que ele fixe esses termos e depois tenhamos que ensinar novamente os termos correctos.

Aprender, para desaprender e voltar a aprender… não, obrigado.

É uma escolha nossa.

O facto também de desde muito novo termos comunicado por gestos, através de BabySigns, permitiu que ele não se sentisse frustrado e fosse sempre um bebé feliz por ter uns pais que compreenderam as suas necessidades.

 

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Estamos também certos que esta forma de comunicar veio trazer-lhe mais segurança e confiança na forma de transmitir as suas emoções e os seus pensamentos, que hoje se revelam de uma forma mais consciente com o seu crescimento.

Sempre explicámos tudo da melhor forma possível para que ele possa compreender, e sempre na base do diálogo.

É muito importante o bebé perceber que é correspondido, e que é uma voz activa na sociedade.

Entendia sempre o que queríamos dizer, e ainda hoje isso acontece.

Mas estamos a falar de um bebé, que ainda está em pleno processo de desenvolvimento. E, tal como todos os bebés, tem os seus momentos menos bons.

Tentamos sempre dialogar, para que ele possa exprimir o que sente, e perceber quais as acções que o levaram a esse estado.

E deixamo-lo sentir as emoções, sem as reprimir.

Até nós, adultos, temos momentos menos bons, quanto mais eles, que estão em pleno processo de desenvolvimento.

Existem muitos artigos com truques e dicas para lidar com um bebé nesta fase. Como se existe um botão mágico para desligá-los quando estiverem a fazer birras… importa sim, seguires o teu instinto e perceber o porquê da “birra”.

Qual a acção que levou aquele bebé a estar naquele estado? Que emoções estará a sentir?

Como seres humanos que somos, também perdemos a paciência.

Apetece-nos “saltar a tampa”, mas suspiramos fundo e tentamos colocar os nossos pensamentos em ordem, para não nos desviarmos da educação que pretendemos dar.

dois anos

 

Não somos apologistas de palmadas psicológicas, mas sim de consequências.

Não de consequências fúteis e sem sentido, mas daquelas bem fundamentadas e adequadas à situação.

Fazem sempre parte do nosso dia-a-dia, e quando existe alguma acção menos própria, existe uma consequência, para que ele possa perc

eber.

Se estamos à mesa a comer, e atira o individual para o chão, o individual fica sujo e depois já não pode comer naquele individual, por mais que goste e queira comer como os pais.

Se molha o chão da casa de banho enquanto está a tomar banho, depois terá que limpar.

Tudo o que ele manda para o chão, terá que apanhar.

Claro que também ajudamos, porque os bebés seguem o nosso exemplo. Aprendem muito mais pela acção do que pelas palavras, e por isso aqui em casa temos algum cuidado na forma como pegamos nos objectos, como interagimos uns com os outros, etc.

Não esperes ficar sentado no sofá e ordenar ao teu filho que faça as coisas sozinho, sem dares o exemplo…

Sâo este tipo de consequências que o ajudam a perceber a relação causa-efeito.

O estado emocional dos adultos cuidadores também é muito importante.

O bebé “sente” quando alguma coisa não está bem, por isso o ambiente em casa tem que ser calmo e sereno.

Tens que estar bem contigo próprio, só assim podes ajudar quem precisa.

Cada família tem a sua forma de educar, e não existe nenhuma fórmula mágica que funcione para todos.

Observa o teu filho, e percebe como podes interagir com ele da melhor forma possível, sem o expores ao ridículo, e dando o melhor exemplo possível.

Terrible two? Para quem?

Sinceramente não vejo crise dos dois anos. Vejo sim, um ser a crescer e a desenvolver-se, e que precisa de ser compreendido. E com isso vem a aquisição de novos conhecimentos, novas emoções.

A descoberta de uma identidade.

O que pensas desta fase dos dois anos?

Gostaria de saber a tua opinião.

 

Obrigado pela tua presença.

 

 

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Um Novo Início

Um novo ano começa, e com ele surge um novo início. Surge a vontade de mudar o que não está bem na nossa vida.

Largar o passado, fazer planos no presente, para mudar o futuro.

A lista das mudanças que queremos implementar é feita, novos projectos são colocados em papel. As datas são traçadas.

No entanto, o tempo não perdoa, e o fulgor inicial que adveio do início do novo ano perde-se com o passar dos meses.

Chegamos ao dia em que tínhamos planeado que o tal projecto estaria concluído, mas não aconteceu. As datas derrapam. E com elas foge a vontade de mudar a nossa vida.

O problema é das outras pessoas? Da falta de dinheiro? Da sociedade? Não há tempo suficiente?

Falta de empenho?…

Lembra-te que não é preciso haver uma mudança de ano para mudares de vida. Não é preciso ninguém dizer-te quando deves mudar. A mudança começa quando tu quiseres. E começa dentro de ti.

De ti, para o mundo.

Quando estamos acomodados, não é fácil mudar. Precisamente porque se trata de uma mudança.

O ser humano é um animal de hábitos, e a mudança exige abandonar algo que temos como garantido para embarcar no desconhecido.

Mas só assim saímos da nossa zona de conforto. Só abraçando o desconhecido podemos conhecer novas pessoas, conhecer novas realidades, fazer novos planos.

Ser persistente quando os resultados não aparecem é uma mais-valia nos dias de hoje. É muito mais fácil abandonar a nova vida que planeámos e voltar ao que éramos, do que manter-nos rumo ao desconhecido. É um falso porto de abrigo.

E muitas vezes enveredamos por caminhos que não nos levam a lado algum, apenas para termos que recomeçar.

Dar um passo à frente, para logo a seguir dar dois passos atrás. Mas a resiliência acaba por dar os seus frutos, é tudo uma questão de tempo, e de fazer a acção correcta durante o tempo necessário.

É necessário confiar no nosso instinto e no nosso coração.

Sentir que estamos a fazer o correcto e a avançar rumo à nossa visão.

A mudança aparece lado a lado com o estabelecer de novos rituais, hábitos e rotinas.

Mudarmos o nosso pensamento em relação a quem somos, e a quem realmente queremos ser.

Um novo início implica largar tudo o que não nos faz falta, incluindo as pessoas que não nos deixam desenvolver, porque pensam que parados é que estamos bem. Muitas vezes essas pessoas não fazem por mal, porque eles próprios receiam a mudança e não querem que tu mudes. Querem-te ao pé deles, parados no tempo. Receiam que tu descubras a verdade, que realmente é possível mudar, se a tua intenção se manifestar de diversas formas. Receiam saber que eles próprios poderiam mudar, mas que se sentem bem assim.

Ser disciplinado é imprescindível para atingirmos os nossos objectivos. A disciplina constrói-se mantendo o foco no que é essencial.

Dividir os planos em objectivos pequenos, que levem na direcção que pretendemos ir.

E o tempo… segmentar bem o dia é um factor primordial.

O novo projecto tem-me consumido muito tempo e não tenho tido muito tempo para fazer outras coisas essenciais, mas é tudo uma questão de prioridades. Não me estou a queixar, até porque quando fazemos o que gostamos, o tempo parece passar a correr. Parece que os segundos andam mais rápido. Alguém pode dizer aos seres pequeninos que estão dentro dos relógios, para abrandarem um pouco o tempo…?

Acima de tudo, o que importa é sermos verdadeiros connosco e confiarmos em nós próprios.

O caminho faz-se caminhando.

 

Obrigado pela tua presença.

 

 

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Balanço do Ano

E porque é importante fazer um balanço acerca do ano que está a terminar, desta vez, decidi gravar uma pequena mensagem para ti.

 

 

Transcrição do vídeo:

“Olá,

O meu nome é António Santos, e sou o Papai Tó.

Gostaria de partilhar contigo um pouco do balanço que foi este ano.

Foi um ano cheio de coisas boas, que ajudaram o Papai Tó a crescer muito. É um caminho que está a ser feito com passos seguros e sólidos.

Não é fácil ser homem, pai, companheiro, artesão, empreendedor, e manter a nossa visão e o nosso foco intactos.

Mas vale bem a pena quando nos sentimos bem a fazer o que gostamos, e sabemos que é para um bem maior, para servir o outro o melhor possível.

Quero agradecer por este ano que passou, e por ter contribuído para uma maior consciência em relação à construção dos brinquedos e materiais pedagógicos, no que diz respeito à madeira e aos acabamentos utilizados.

Só por este factor, considero que um dos meus objectivos foi cumprido, através das informações que tenho passado nos meus artigos.

A oferta e a variedade é cada vez maior, e isso é salutar quando existe também qualidade, porque quem vai ganhar com isso é o consumidor. Que neste caso, serão os bebés e as crianças.

Não te esqueças também que ao comprares no comércio local, estás a contribuir para ajudar a alimentar uma família.

Enquanto que ao comprares numa grande superfície, estás apenas a alimentar o sonho de uma única pessoa.

Também em jeito de balanço, resta-me agradecer o apoio e incentivo em relação às mensagens que tenho transmitido, em que tento ajudar ao máximo a escolheres o melhor produto possível adequado às tuas necessidades, de acordo com os requisitos necessários em termos de certificação, da madeira utilizada e respectivos acabamentos.

O próximo ano reserva-me novos desafios, novas oportunidades para crescer e para vos servir ainda melhor. E no meio disto tudo, é muito importante não perder a integridade e sermos fiéis aos nossos princípios. Não tomar atalhos que nos possam levar por caminhos indesejados.

Espero no início do próximo ano ter já algumas das novidades que estou a preparar para vós.

Não te esqueças, certifica-te sempre que o que compras vem do comércio justo e que a sua construção e o tipo de acabamento (madeiras, tintas, vernizes, óleos, etc.) são certificados e próprios para os bebés e crianças mexerem.

É muito, muito importante.

Acede à minha página do facebook e pede para aderir ao grupo do Papai Tó para ficares a saber das novidades em primeira mão.

Desejo-te um bom ano, e que seja melhor do que imaginas.

Até para o ano.

Sê feliz.”

 

Obrigado pela tua presença.

 

 

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