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O que estamos a fazer às nossas crianças?

Quando passo no parque infantil ao pé da minha casa, muitas vezes reparo que está vazio.

 

O que estamos a fazer às nossas crianças?

 

Com o aparecimento do bom tempo, seria normal que se vissem mais crianças a brincar na rua.

Embora possa não haver uma relação directa, o que é certo é que, hoje em dia, muitas crianças preferem ficar em casa a olhar para um ecrã, do que brincar fora das quatro paredes.

As crianças aprendem muito por imitação, e os seus primeiros ídolos e professores são os seus pais. E, infelizmente, o mais conveniente para os pais é que os filhos fiquem no ambiente protegido de casa.

E de preferência sossegados. E isso só é possivel se estiverem a brincar com jogos de tabuleiro com os pais, por exemplo.

Ou como os pais muitas vezes andam ocupados e não têm tempo, a brincarem sozinhos.

E qual é a brincadeira, por excelência, que permite que as crianças fiquem quietas no mesmo lugar?

Jogos de computador, telemóveis ou televisão: tudo o que implique olhar para um ecrã!

 

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É urgente quebrar este ciclo e levar as crianças para a rua.

Brincarem umas com as outras, sujarem-se, estarem em contacto com a natureza.

 

Só desta forma a criança pode desenvolver:

  • as suas competências sociais
  • as suas competências de liderança
  • o saber estar
  • a imaginação
  • a criatividade

Infelizmente, existe um termo (muito recente) para designar esta desconexão com a natureza: Transtorno de Deficit de Natureza (criado por Richard Louv).

É muito importante as crianças brincarem livremente, sem regras nem estruturas. Deixar a criança ser criança.

O ser humano precisa do contacto com a natureza para se encontrar, para estar bem consigo próprio. Estamos cada vez mais a criar ambientes preparados em casa para que as crianças usem cada vez menos todos os seus sentidos.

 

Ao olharem para um ecrã, estão apenas a usar a visão e a audição.

As crianças sentem-se menos vivas porque o seu cérebro está a interpretar e a viver a realidade do que estão a ver no ecrã, ao invés de interpretar a sua própria realidade.
O facto de nos sentirmos bem desta forma, é porque estamos num “ambiente seguro”, a observar o que se passa por detrás do ecrã. É uma “partida” que o nosso cérebro nos prega, mas que é necessário combater.

Se temos tendência a ficar mais felizes e mais mentalmente saudáveis quando estamos na natureza, por alguma razão será.

Ainda não existem muitos estudos sobre o autismo, mas alguns pais sentem uma mudança quando levam mais vezes o seu filho autista para a natureza.
Professores também revelam mudanças de comportamento em relação aos seus alunos “problemáticos” quando saem para a natureza: não só estes alunos são bem comportados, como se tornam líderes.

O que estamos a fazer às nossas crianças, ao obrigá-las a estarem sentadas o dia todo em cadeiras nas salas de aula?

A fazerem exames atrás de exames, sempre com a ideia de que só assim serão melhores seres humanos?

 

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Desta forma, surgem os tais medicamentos (como a Ritalina) para ajudarem a “acalmar” as crianças mais irrequietas. São convenientes para os adultos, mas prejudiciais para a saúde das crianças e com efeitos secundários (e nada benéficos) a longo prazo.

Já pensaste que poderá existir uma relação com o facto de estarmos a retirar às crianças o contacto com a natureza…?
Já para não falar da vitamina D, que tanto nos faz falta, e que estamos a deixar de consumir de uma forma natural.

E a obesidade infantil, que está a aumentar de uma forma assustadora, e que está relacionada com o sedentarismo?

Richard Louv refere mesmo que deixar as crianças sentadas o dia todo é como se fosse o novo fumar.

Como pais, podemos e devemos dar o exemplo, ao retirar os nossos filhos de casa e ir com eles passear pela natureza. Todos ficam a ganhar.
E nem é preciso estar bom tempo. As brincadeiras também acontecem quando está frio ou quando chove, desde que sejam tomadas as devidas precauções com o calçado e o vestuário.

Já tomaste a tua dose diária de ar puro…?

Deixa o teu comentário.

 

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Tipos de Brinquedos

Já reparaste nos mais diversos tipos de brinquedos que existem?

Será que no fundo são todos iguais e têm o mesmo propósito?

Neste artigo vou desvendar o que são brinquedos educativos, brinquedos pedagógicos e materiais pedagógicos.

Não é necessário decorares estes conceitos ou definições, mas sim perceberes que existem diferenças entre os vários tipos de brinquedos, e que cada um tem a sua funcionalidade e finalidade.

Mas afinal, um brinquedo não é apenas um brinquedo?!

Podemos pensar que, em termos genéricos, um brinquedo é apenas um brinquedo, sim.

No entanto, para sermos mais específicos, podemos dividir esta grande área nos seguintes tipos de brinquedos:

  • Brinquedo Educativo
  • Brinquedo Pedagógico
  • Material Pedagógico

 

Brinquedo Educativo

Este tipo de brinquedo caracteriza-se por proporcionar uma brincadeira “livre”

Ou seja, as poucas regras que existem são muito claras e o bebé/criança pode usar o brinquedo sem a intervenção de um adulto para o corrigir. A presença do adulto é apenas necessária para garantir que o bebé/criança não se magoa com o brinquedo.

Permite desenvolver, principalmente:

  • A coordenação motora
  • A percepção de sons e cores
  • O foco
  • A imaginação

Exemplos deste tipo de brinquedos são:

  • Jogos de encaixe
  • Instrumentos musicais
Tipos de brinquedos
Painel Sensorial, ou Busy Board

 

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Brinquedo Pedagógico

A presença de um adulto é necessária para explicar quais as regras deste tipo de brinquedo, pois a criança necessita de conhecê-las para brincar. As regras a cumprir são mais específicas que na utilização dos brinquedos educativos.

Permite, sobretudo, desenvolver:

  • O raciocínio
  • A memória

São exemplos deste tipo de brinquedos:

  • Jogos de tabuleiro
  • Jogos com letras e números

 

Material Pedagógico

Distingue-se do brinquedo educativo e do brinquedo pedagógico por ter sido estudado em pormenor para que a criança o possa manipular de forma a educar os seus sentidos específicos, tais como o da percepção:

  • do peso
  • da textura
  • da cor
  • da dimensão
  • do cheiro
  • do som

 

e é aplicado à pedagogia específica de ensino.  Desta forma, exige a presença de um adulto para supervisionar e esclarecer como se usa o material, já que existem regras muito claras e específicas de como se usa, e de como se deve mostrá-lo à criança.

Os exemplos mais conhecidos, da pedagogia de ensino Montessori, são:

  • A Torre Rosa
  • A Escada Castanha

 

O principal conceito a reter é que, se somos adeptos de uma ou mais pedagogias de ensino, é importante percebermos que materiais pedagógicos fazem parte dessa pedagogia, e que existem distinções.

A maior parte dos tipos de brinquedos que conhecemos, os mais genéricos e se calhar os que são mais fáceis de encontrar, são os brinquedos educativos e os pedagógicos.

E, por vezes, o melhor brinquedo é sair da rotina de casa, apanhar ar fresco, e brincar sem regras, livremente.

E se o teu filho se sujar? Significa que brincou muito!

 

Também existem pais que, ao identificarem-se com uma metodologia de ensino, apenas procuram mostrar aos seus filhos materiais daquela metodologia específica.

E está tudo bem, se assim for.

Mas mais importante que isso, é observares o teu filho e perceberes o que ele mais necessita.

Perceber em que fase de desenvolvimento está neste momento, e qual o brinquedo/material que lhe fará mais sentido manipular nessa fase que atravessa.

 

Artigo relacionado: A importância de ser um pai Presente

 

Cá em casa, identificamo-nos mais com a metodologia de ensino Montessori.

Contudo, não somos extremistas, e procuramos mostrar várias opções para o nosso filho, sejam eles brinquedos educativos, pedagógicos ou materiais pedagógicos.

Gostaria apenas de ressalvar que esta é a minha opinião pessoal, que também foi fundada através de pesquisas efectuadas.

O limiar entre cada conceito poderá ser muito ténue, e por vezes até se poderão misturar um pouco, originando alguma controvérsia saudável.

 

Infelizmente, também eu, na maior parte das vezes, tenho dificuldade em tentar fazer-me entender quanto falo com alguém que não está muito por dentro deste assunto.

Não é fácil explicar as diferenças entre brinquedo e material pedagógico, porque são conceitos que estão um pouco misturados, e o mais comum é utilizar a palavra “brinquedo” para qualquer coisa.

Agora que já sabes… olha para bem os brinquedos que tens em casa. Que tipo de brinquedos/materiais tens?

Já tinhas pensado nestes conceitos?

Gostaria de saber a tua opinião.

 

Obrigado pela tua presença.

 

 

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Antes prevenir que remediar

Ter um bebé em casa obriga-nos a estar num alerta constante e estarmos sempre conscientes. Diria até que é uma actividade mindfullness.

 

Artigo relacionado: A importância de ser um pai Presente.

 

É muito importante prevenirmos qualquer situação menos boa que possa ocorrer, ao invés de a remediarmos.

Por mais que tenhamos a casa preparada, existem sempre perigos à espera de serem encontrados pelas mãos dos mais pequenitos.

Para quem segue a pedagogia Montessori (criada pela Drª. Maria Montessori) e a tenta aplicar em casa, tem a necessidade de preparar o ambiente para que seja mais seguro e confortável para o bebé explorar à vontade, sem ter que pensar nos eventuais perigos.

O principal conceito é colocar a mobila ao nível dos mais pequenitos, de modo a que se possam movimentar de uma forma mais autónoma e livre.

Desta forma, fomenta-se assim a responsabilidade e a confiança neles próprios.

Consiste, principalmente, em ter:

  • Uma cama de chão (ou ao seu nível), em que o colchão pode assentar directamente no chão ou em cima de um estrado
  • Prateleiras a baixa altura
  • Mesa e cadeira pequenas, adequadas à altura do bebé

Estes são os princípios básicos a considerar para um bebé.

À medida que vai crescendo e vai passado por várias fases de  desenvolvimento (Montessori denomina-as de “períodos sensíveis”), vai tendo a necessidade de interagir mais e fazer mais coisas desafiantes, advindo daí uma constante adaptação à sua evolução.

Torna-se então útil equipar a casa com:

  • Uma torre de aprendizagem, onde possa estar em segurança e para que possa ajudar os pais na bancada da cozinha, lavar as mãos ou os dentes sozinho
  • Um roupeiro à sua altura onde esteja a roupa que usa mais frequentemente, para que ele próprio possa escolhê-la e vestir-se
  • Uma sapateira onde possa guardar os seus sapatos

Uma das preocupações a ter em conta, é minimizar ao máximo os perigos que uma casa pode ter.

A principal precaução (e mais comum) é tapar as tomadas eléctricas, que são muito tentadoras porque estão precisamente à altura dos bebés.

Depois existem outras preocupações também mais evidentes.

Uma delas, por exemplo, é proteger as esquinas dos móveis, que parece que têm sempre uma seta de sentido obrigatório na sua direcção.

Estes perigos (e outros que não mencionei), são os mais evidentes e do senso comum.

No entanto, quero alertar-te para um perigo escondido (e a maior parte das vezes esquecido), que, infelizmente, já causou muitos ferimentos graves, e até algumas mortes.

Quando mobilamos a nossa casa, muitas vezes preocupamo-nos apenas com o essencial: se está no sítio adequado, se combina com a decoração, se o interior tem boa arrumação, etc.

Mas esquecemo-nos que as crianças são exploradoras inatas em, e aproveitam ao máximo cada pormenor para as suas brincadeiras.

É necessário também ancorar a parte detrás dos móveis à parede, de modo a que não tombem para a frente.

Podemos pensar que não há necessidade, que vai ser chato e inestético porque vamos ter que fazer buracos na parede.

Isto porque pensamos que o nosso bebé nunca vai conseguir abrir a gaveta, nem ter força para puxar o móvel pesado… puro engano!

As crianças têm muita força de vontade, e basta abrirem uma gaveta na sua totalidade e pendurarem o peso do seu corpo todo numa delas, para que o centro de gravidade do móvel se altere para a frente.

Fica assim muito mais fácil tombar, podendo ter um resultado catastrófico!

Mesmo que se use um fecho extra de segurança no interior de cada gaveta, de modo a que só os adultos as consigam abrir, as crianças encontram sempre uma forma de contornar as adversidades. Não as podemos substimar.

É simples aparafusar um móvel à parede, já existem ferragens próprias para isso. E se não souberes como o fazer nem o que comprar, pede a alguém que o faça. A vida do teu filho está em jogo, não queres facilitar pois não?

Os acidentes acontecem, mesmo aos mais prevenidos.

Cá em casa, as sapateiras foram feitas por mim.

Para resumir uma longa história, não tínhamos nenhuma sapateira.

E não gostávamos do tipo em que os sapatos são colocados na vertical.

Desta forma, a biqueira com o tempo começa a estragar-se.

E além disso, os sapatos não são todos iguais, o que torna ainda mais complicado. Alguns têm que ficar na diagonal, outros têm que ser empurrados até caberem, etc.

Já para não falar das botas, que não têm sítio onde arrumar.

E como tivemos uma má experiência com uma marcenaria a quem pedimos para fazer os móveis… se queres uma coisa bem feita e à medida, fá-la tu mesmo! E coloquei mãos à obra.

 

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Fiz uma para mim e outra para a minha mulher (ambas com dimensões diferentes, e com alturas diferentes entre prateleiras).

antes prevenir que remediar
A minha sapateira (imagens em cima) e sapateira da minha mulher (imagens em baixo)

Como podes ver pela imagem, a da minha mulher é mais alta (1,28m) e menos profunda que a minha (30cm), o que não a torna muito estável. Basta abrir as duas portas de cima para que começa a tombar para a frente, já que o peso dos sapatos não é suficiente para o evitar.

Não pensei duas vezes e segurei-a à parede, através deste tipo de ferragens. Existem várias opções, esta foi a que utilizei.

 

Artigo Antes prevenir que remediar
Sistema de ancoragem do móvel à parede. O mesmo sistema de ancoragem pode ser visto da lateral do móvel, do lado de fora.

 

São medidas simples como esta que temos a obrigação de implementar na nossa casa.

Mesmo que o móvel não tombe completamente para a frente, há o perigo dos objectos que estiverem em cima do móvel deslizarem e caírem em cima da criança, causando ferimentos graves.

Claro que nunca devemos deixar as crianças sem supervisão, mas existe sempre uma altura em que isso acontece e ficam sozinhas por breves instantes. Basta uma fracção de segundo para o impensável acontecer. Acontece ao mais cauteloso.

O melhor mesmo é andarmos pela casa como se fossemos um bebé.

Colocarmo-nos de gatas para ficar ao nível dos seus olhos e perscrutarmos todos os recantos possíveis e imaginários que possam chamar a mais pequena atenção.

E depois de fazermos isso uma vez, é melhor fazer novamente, não vá alguma coisa ter escapado.

 

Tens alguma medida de segurança implementada na tua casa que queiras partilhar? Deixa o teu comentário.

 

Obrigado pela tua presença.

 

 

 

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Vantagens dos brinquedos de madeira

Nunca é demais relembrar as vantagens dos brinquedos de madeira em relação aos de plástico.

Sabias que os de madeira podem durar várias gerações??

NOTA: Para simplificar, vou utilizar sempre o termo “brinquedo”, embora não seja a mesma coisa que material pedagógico.

 

Artigo relacionado: Tipos de Brinquedos

 

Quando entras numa loja que vende brinquedos de plástico, não te sentiste já um pouco assoberbado com a quantidade de cores brilhantes  e ofuscantes que eles têm?

Já reparaste bem numa festa de aniversário, que muitos dos brinquedos que são oferecidos (ou com os quais as crianças brincam), são feitos de plástico, têm cores fortes e produzem sons muito altos?

A criança, na maior parte das vezes, é um mero espectador, e o brinquedo faz tudo sozinho.

Sabemos bem que a intenção é chamar a atenção das crianças o melhor possível: quanto mais cores e mais barulho fizer, melhor.

Mas será que é mesmo assim?…

A maior parte dos jovens pais de hoje em dia, pode não conhecer outra realidade que não seja o tradicional brinquedo de plástico.

Numa sociedade orientada para o consumismo rápido e sem qualidade, podem pensar que os brinquedos de madeira são coisa do antigamente.

Mas veem-se cada vez mais brinquedos de madeira. Poderá até ser um pouco mais difícil encontrá-los, mas não quer dizer que sejam necessariamente mais caros que os de plástico.

O custo tem que ser avaliado pela duração do próprio brinquedo.

Será que compensa gastar menos dinheiro por algo de plástico e que me dure menos tempo, do que gastar um pouco mais em algo feito de madeira?

E que, desta forma, seja mais sólido, e que tenha sido construído para durar muito mais tempo?

 

Repara no exemplo bem simples deste brinquedo educativo: os Discos Interligados.

discos interligados interlocking discs
Discos interligados (feito em plástico/borracha/silicone na imagem de cima, feito em madeira maciça Faia na imagem de baixo)

A versão de plástico/borracha/silicone tem cores muito fortes e brilhantes, diria até, fluorescentes,

A versão de madeira apresenta apenas a cor natural da madeira.

Desta forma, esta última consegue transmitir uma sensação da calma, harmonia e bem-estar, algo essencial para o bebé se sentir bem.

O brinquedo torna-se então um meio para o bebé se expressar nas mais variadas formas, e não no centro das atenções, como na versão de plástico (ou de borracha ou de silicone).

Penso que, só de olhar, é imediata a percepção das vantagens dos brinquedos de madeira.

 

Este brinquedo, em madeira maciça Faia, foi feito artesanalmente por mim.

Foi usado exaustivamente (levado à boca e mordido vezes sem conta) pela única pessoa em quem eu confio e que também faz parte do meu staff pessoal.

É também o responsável pelo exigente controlo de qualidade: o meu filho!

 

Existem também outros factores a ter em conta.

Tradicionalmente, estas são as principais vantagens dos brinquedos de madeira:

  • São compostos por matéria-prima nobre, ecológica

A madeira é uma matéria-prima nobre, natural, ecológica e livre de toxinas.

Assim, não polui o meio-ambiente como o plástico, que é um produto derivado do petróleo.

 

  • Proporcionam um toque suave e caloroso que as crianças adoram

Sendo um material natural, a madeira proporciona um toque suave (se tiver um bom acabamento) e torna-se visualmente atraente, por causa da sua própria textura e cor.

 

  • Não são descartáveis e duram muito mais tempo

Ao ser construído por um artesão/marceneiro, e a pensar na criança que o vai usar, o brinquedo de madeira é mais robusto e resistente a quedas, pisadelas, etc.,

É muito mais difícil alguma peça soltar-se ou partir-se em pedaços pequenos se for atirado ao chão.

Cá em casa até é ao contrário, já existem amolgadelas no chão de madeira!…

Por esta razão, pode ser passado entre várias gerações (se for bem estimado).

Já pensaste na alegria de um avô ou pai entregar um brinquedo de madeira ao bebé, que foi utilizado por ele?

A madeira utilizada também terá que ser a mais indicada para o brinquedo em si.

 

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  • Podem ser pintados com uma cor harmoniosa, ou então deixados na cor natural da madeira

Mesmo quando a madeira não é pintada, torna-se apelativa ao toque e visualmente atraente, como já foi referido.

No entanto, há que ter cuidado com o tipo de acabamento utilizado (tintas, vernizes e óleos). Deverá ser sempre atóxico e livre de materiais pesados, que são perigosos para a nossa saúde.

 

  • Produzem sons naturais e apelam à imaginação

Como não possui nenhuma tecla luminosa – que ao pressionar dá origem a um som altíssimo e irritante – apela mais à imaginação e à concentração.

Desta forma, incentiva a que seja a criança a tomar a iniciativa de brincar, ao invés de carregar num botão e ficar a ver o brinquedo de plástico a… brincar sozinho!

Quanto mais simples, mais promove a criatividade.

 

Um brinquedo deverá ser usado pela criança para estimulá-la e puxar pela sua imaginação. Os brinquedos de plástico são muito conhecidos por terem cores berrantes, luzes e sons estridentes, com botões que fazem tudo sozinhos.

Nunca é demais referir que um cuidado extra a ter é no próprio acabamento do brinquedo. Alguns brinquedos podem ter um óptimo aspecto, mas pode ter havido descuramento na tinta utilizada e pode ter alguma toxicidade, especialmente a nível de metais pesados.

É necessário garantir que é utilizada tinta não-tóxica, amiga da criança. Ainda que seja um pouco mais caro, assegura-te que é de boa qualidade e não tóxico.

A tua criança agradece e o meio-ambiente também..

 

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Agora, não podemos também cair em extremos.

Por vezes há sempre um ou outro brinquedo de plástico que é útil nas brincadeiras.

Cá em casa também existem alguns brinquedos de plástico (muito poucos, diria eu… acho que só 1!).

Foram ofertas de familiares, embora já lhes tenhamos feito uma “lavagem cerebral” acerca deste assunto – e outros -, mesmo antes do nosso filho nascer.

Mas tentamos sempre que haja o mínimo dos mínimos, porque… plástico é plástico!

 

Por favor deixa o teu comentário se sentires que tens algo a dizer, gostaria de saber a tua opinião.

E partilha, se fizer sentido para ti dar a conhecer este assunto a outros pais (avós, tios, etc.)  interessados.

 

Obrigado pela tua presença.

 

 

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A importância de ser um pai Presente

Todos os artigos que escrevo são importantes, mas este tem uma particularidade especial.

Aprendi, por experiência própria, que é de uma enorme importância ser um pai presente, para ti e para o teu filho.

Vou explicar o porquê, de acordo com o meu ponto de vista.

 

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Todos ouvimos dizer que o nascimento de um filho vem alterar a nossa vida: as rotinas, os nossos objectivos de vida, reforçar os nossos valores, e sobretudo questionar (em tudo) o mundo que nos rodeia.

Acima de tudo isto, vem ensinar-nos a amar.

Incondicionalmente.

 

Biológicamente, a ligação do bebé é muito mais forte com a mãe do que com o pai.

É a mãe que gera o filho e que o suporta e carrega (literalmente) durante 9 meses.

Muito provavelmente a voz da mãe é a primeira que o bebé vai ouvir e a conexão fortalece-se ainda mais depois do seu nascimento.

Se o bebé for amamentado, os laços com o lado materno unem-se cada vez mais a cada dia que passa.

É um momento a dois, tal como o são todos os outros momentos: o mudar a fralda, dar banho, etc.

E qual o papel do pai?

O pai pode “ajudar” nalguma situação?

Pode “ajudar” a mudar a fralda?

Pode “ajudar” a dar banho?

Pode “ajudar” nas tarefas domésticas?

Pode “ajudar” e ficar com o bebé alguns minutos para que a mãe possa descansar um pouco?

Nada disso!

O pai não pode ajudar, o pai deve partilhar a experiência da maternidade com a mãe, e aproveitar todos os momentos com o seu bebé para fortalecer a união e o afecto entre ambos.

Tem que aprender a mudar a fralda?

A limpar o cócó?

A dar banho?

A adormecê-lo?

Claro que sim, tal como a mãe.

É uma aprendizagem conjunta.

E não se pense que ter um filho é fácil, porque não é.

 

Artigo relacionado: Fraldas, Babywearing, e outras coisas mais

 

Tem que haver uma forte uniãocompreensão e harmonia entre o casal, já que se vai perder muita coisa, mas ganha-se outra ainda maior: o amor incondicional de outro ser!

O melhor presente que podemos oferecer é estarmos presentes quando a nossa atenção é solicitada.

Desde o nascimento do meu filho que decidi estar presente sempre que ele necessitasse de mim.

Não apenas estar fisicamente, mas estar eu todo, de corpo e alma. Escutá-lo. Dar-lhe a mão quando pedisse.

Simplesmente estar.

Aprendi a mudar as fraldas e depois a lavá-las (sim, o nosso bebé só usa fraldas reutilizáveis, poupa-se muito dinheiro e o meio ambiente agradece).

E a aproveitar a muda da fralda para fortalecermos laços.

Fazer as coisas devagar (quando há tempo para isso) e com confiança, e olharmos olhos nos olhos.

O bebé tem que se sentir seguro com o pai tal como se sente com a mãe. Tem que saber que existe outro cuidador em casa com o qual ele pode contar.

Outro porto de abrigo.

 

A importância de ser um pai Presente

 

Aprendi a dar-lhe banho e a ficar com ele e a adormecê-lo (ao colo ou na mochila de babywearing), principalmente quando a mãe necessita de um tempo para cuidar de si.

Ainda me lembro da primeira vez que ficámos os dois sozinhos em casa!

Ele estava a dormir e acordou cheio de fome.

E como estava a amamentar, eu não conseguia acudi-lo da forma que ele necessitava.

E foi nessa altura que percebi realmente que ele tinha uns bons pulmões!

Eu e penso que o prédio todo 🙂

Mas são estes momentos únicos que devemos e podemos aproveitar, porque o ontem já passou e não volta, e o que interessa é o presente, o agora.

E os nossos filhos sentem se estamos apenas fisicamente presentes.

 

Já reparaste nos vários significados que a palavra presente tem?

Não deve ser por acaso, porque o simples facto de estarmos presentes (de corpo e alma) no presente (no aqui e agora), é um presente (dádiva) em si!

Lembro-me também de uma das noites difíceis que ele teve (a maior parte delas por causa dos dentinhos a nascer), ainda não sabia falar (mas já comunicava por gestos, devido ao programa BabySigns que implementámos em casa).

 

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Acordou a chorar e rapidamente a mãe pegou-o ao colo.

Mas o choro não parou, e eis que ele estende os braços para mim, a pedir o meu colo.

Incrédulo, perguntei se era mesmo isso que ele queria, porque normalmente a mãe é que resolve as dores todas, é o porto de abrigo, enquanto o pai é mais associado para a brincadeira.

Mas não, era mesmo a mim que ele queria.

Peguei-o ao colo, e, num momento quase instantâneo, deixou de chorar.

Eu, pai, desta vez tinha sido o porto de abrigo do meu filho.

Quando fomos à consulta de pediatria, e falámos neste episódio à pediatra, a resposta dela foi que “é perfeitamente normal quando o pai é presente”.

E foi aí que se de o “click”!

Sem ter percebido, eu fui (e sou) um pai presente.

Quão maravilhoso pode isso ser?

E ainda hoje ele faz questão de adormecer de mão dada comigo.

 

E tu, tens estado presente no presente do teu filho?

Deixa o teu comentário, gostaria de saber a tua opinião.

 

Obrigado pela tua presença.

 

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A melhor madeira para os bebés

Já alguma vez te questionaste qual seria a melhor madeira para os bebés levarem à boca, sem haver perigo de lascar ou soltar farpas?

Certamente que já viste mordedores feitos de madeira maciça, e inclusivé brinquedos pequenos feitos também em madeira.

Vou aprofundar e esclarecer um pouco melhor este assunto.

A Faia é uma madeira pesada e dura, altamente resistente aos impactos e com uma textura uniforme, o que faz com tenha boas condições para ser trabalhada.

Por ser uma madeira vulnerável a variações de temperatura, humidade e ataques de fungos, é utilizada apenas em carpintaria de interior (móveis, brinquedos,).

Também é utilizada para fabricar ferramentas, por exemplo.

É necessário, por isso, que seja devidamente tratada com um acabamento próprio para o tipo de uso que vai ser dado.

E que, ao mesmo tempo, também a proteja da sua vulnerabilidade.

 

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A sua qualidade superior faz com que tenha um preço um pouco mais elevado que o normal, mas com bons resultados a longo prazo.

A imagem que está no topo do artigo, é o material montessori Cilindro de Mão, que foi feito por mim, em Faia.

É um dos primeiros materiais com que o bebé vai ter contacto com a madeira, e pode ser mostrado a partir dos 7-8 meses (depende sempre da evolução do bebé).

É utilizado para trabalhar o aperto de objectos com a mão inteira.

À medida que o bebé descobre que o cilindro deve ser colocado novamente na base, ele usa a mão toda para agarrá-lo e puxá-lo para fora, tentando novamente colocá-lo no buraco.

Muitas empresas preocupam-se com a segurança dos bebés e crianças e usam a Faia nas construções dos brinquedos e materiais.

Tal deve-se ao facto de ser muito improvável que este tipo de madeiras duras soltem as tais lascas da madeira, que as madeiras mais macias podem soltar mais facilmente.

Concerteza que já experienciaste passar a mão por uma tábua de madeira com irregularidades, e sem estar bem lixada e suave ao toque.

E quando uma dessas farpas (fragmento da lasca) espeta-se na tua mão?

Não é uma sensação muito agradável…

O Pinho, por exemplo, é uma dessas madeiras macias em que esta situação pode acontecer.

Tem características próprias que fazem com que o seu uso seja mais adequado para outro tipo de construções, e não para brinquedos para bebés.

Vou tentar explicar um pouco melhor a diferença entre as madeiras macias e as madeiras duras.

 

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Aqui podes ver duas tabuinhas de madeira: uma é feita em Pinho e a outra é feita em Faia.

A melhor madeira para os bebés
Tabuinha de Pinho

 

A melhor madeira para os bebés
Tabuinha de Faia

 

Vou fazer um pequeno teste, e carregar com a unha do meu polegar em ambas as tabuinhas, com a mesma pressão:

A melhor madeira para os bebés
Marcação nas tabuinhas de Pinho (imagem à esquerda) e Faia (imagem à direita)

 

O resultado? Vê se descobres…

Se olhares com atenção para as duas primeiras imagens deste artigo, de ambas as tabuinhas, a marca já lá está.

Consegues identificar onde…?

Em Faia, é muito difícil reparar na marcação da unha (quase imperceptível).

Por isso mesmo, confesso que tive que fazer um pouco mais de pressão do que fiz em Pinho, para ficar visível.

A melhor madeira para os bebés
Resultado das marcações em Pinho (imagem à esquerda) e Faia (imagem à direita)

 

Em Pinho, nota-se bem a unha marcada.

Agora, pensa nos materiais feitos de ambas as madeiras na boca do teu bebé, a serem mordidas vezes sem conta…

O Pinho torna-se menos resistente com o tempo, e mais susceptível de soltar lascas, com as sucessivas marcações das gengivas, dentes, quedas no chão, etc.

Porque é que esta distinção entre madeiras duras e madeiras macias é importante?

Um brinquedo pode ser feito de Pinho e ser durável, mas não será certamente tão durável se for feito de Faia.

Um bebé pode levar à boca um material feito de Pinho?

Sim, claro, mas eu não ficaria descansado.

A probabilidade de se soltar uma lasca vai aumentando, de cada vez que isso acontecesse.

Um brinquedo utilizado por um bebé vai ser arremessado vezes sem conta ao chão (os bebés gostam de ver as coisas a caírem…), além de também ser levado vezes sem conta à boca.

Se reparares também nos materiais montessori que são produzidos e vendidos pelas lojas de referência, são também feitos de Faia.

Já agora, se estiveres a comprar num site em inglês, a tradução de Faia para inglês é Beech.

E claro que o acabamento que se deve dar a uma peça também tem um papel fundamental na sua finalização.

Grande parte do segredo de um bom acabamento reside precisamente no tempo dispendido para tal.

Percebeste agora qual é a melhor madeira para os bebés, e porque é que é tão importante saber?

Espero ter sido esclarecedor neste assunto, e por favor deixa o teu comentário, gostaria de saber a tua opinião.

 

Obrigado pela tua presença.

 

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