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O pai também amamenta

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Não directamente, mas o pai também amamenta.

Fugindo um pouco aos assuntos normais do blog, hoje venho falar de um tema que me é muito relevante: a amamentação.

E o que tem um homem a dizer sobre isto…?

Ontem (dia 7 de Agosto) foi o último dia da Semana Mundial da Amamentação.

A Organização Mundial de Saúde (OMS) recomenda que os bebés devem ser amamentados em exclusivo até aos primeiros 6 meses de vida.

E que se deve manter (pelo menos) até aos dois anos, período durante o qual o bebé recebe alimentação complementar.

Como casal, optámos por cumprir estas recomendações, e o L amamentar até deixar de fazer sentido para ele.

Digo como casal, porque, apesar de a mãe ser a mais sacrificada neste sentido, o pai tem um papel preponderante ao garantir que as necessidades da mãe e do bebé são garantidas.

Tem que haver uma boa sintonia entre o casal, cooperação e entendimento para que seja mais fácil alcançarmos o bem-comum, que é o de proporcionar o melhor para o nosso filho.

Se optássemos por lhe dar biberão, seria mais fácil dividir entre nós a tarefa de alimentá-lo. Especialmente durante a noite.

Para “aliviar” um pouco este processo, optámos por acoplar um berço à nossa cama (do lado da minha mulher), fazendo algumas alterações e retirando a grade lateral.

Desta forma, sempre que o L quisesse mamar, não havia necessidade de ninguém se levantar, reduzindo também o seu stress causado pelo choro.

Os bebés sabem muito bem o que querem, e o L não é excepção.

Abençoados bebés que têm essa sorte, e que têm pais (sobretudo a mãe) predispostos a garantir que essa premissa é cumprida.

Mas não é fácil, sobretudo para mãe.

A minha mulher é uma heroína, e sabes porquê?

O L foi para o berçário perto dos 6 meses, simplesmente porque a licença de maternidade chegou ao fim e não tínhamos com quem o deixar (esperemos que a licença de maternidade e parentalidade seja alargada…).

O berçário onde o deixámos fica a cerca de 1km do trabalho da minha mulher.

Fomos felizes neste aspecto, o que lhe permitiu usufruir do horário reduzido para amamentar sempre que o L precisasse.

Apesar de ser um troço pequeno entre a casa e o trabalho, o carro ficava estacionado na zona do berçário por ser mais fácil estacionar do que nas imediações do seu trabalho.

Parece estranho, mas causava menos transtorno ir a pé do que ir de carro (por causa do trânsito e não só).

Desta forma, devido às viagens a pé entre o berçário e o trabalho, a minha super-mulher fez 6 km diários, todas as semanas, durante 3 meses, só para amamentar o nosso filho.

No final da semana tinha feito 30km!

Quer fizesse chuva ou sol, lá estava ela.

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E não só é desgastante o facto de andar tanto a pé durante uma semana, como não nos podemos esquecer que o fez para amamentar, o que por si só já é desgastante.

Escusado será dizer que recuperou rapidamente a forma que tinha antes de engravidar!

Na brincadeira, ainda falámos que devíamos ter comprar uma trotinete!

No meio disto tudo, cabe ao pai assegurar que todo o processo decorre dentro da maior naturalidade possível.

Como? Retirando carga desnecessária à mãe, enquanto ela abdica de tudo o resto para realizar um puro acto de amor.

O pai também amamenta.

Não directamente, por motivos óbvios.

Mas ajudando de outra forma, estando ao lado da mãe nos momentos bons e nos momentos menos bons.

Sofrendo com ela se o bebé demora muito tempo a mamar, ou rejubilando de alegria se demora 10 minutos.

Dando-lhe o comer como se fosse um bebé, enquanto o verdadeiro bebé mama.

Como é possível não tratar das tarefas domésticos, enquanto um ser humano está a amamentar um bebé?

A vida é muito mais fácil quando ambos tomam decisões em conjunto e caminham na mesma direcção, embora com projectos e visões diferentes, mas complementares.

Estes momentos a dois entre a mãe e o filho são preciosos e únicos, mas eu e o meu bebé também temos os nossos momentos a dois.

Sim, porque o pai também os tem, e também precisa deles para criar um vínculo afectivo com o seu bebé.

 

Artigo relacionado: Um homem e um bebé

 

As vezes em que ele só queria o meu colo para se reconfortar de um choro compulsivo, ou as vezes em que adormeceu agarrado ao meu dedo, são alguns dos muitos momentos que não esquecerei.

O meu profundo agradecimento a todas as super-mulheres que amamentam os seus filhos, e respectivos super-homens que asseguram as suas necessidades e os seus bem-estares.

 

E, claro, em especial à minha menina.

 

Obrigado pela tua presença.

 

 

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