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A confiança é nutrida com o amor

Depois de nascer, qualquer bebé necessita de sentir que o mundo ao qual acabou de chegar é seguro. Nos primeiros tempos de vida, não necessita mais do que comida, o amor e a confiança dos seus cuidadores.

É desta forma que se vai gerar a autoconfiança tão necessária para enfrentar os desafios a que se propôs, ser quem tem que ser e fazer o que mais gosta.

Crianças emocionalmente saudáveis tornam-se adultos seguros e confiantes.

O L não é excepção, e está a passar por uma fase em que necessita de sentir que tem o amor dos pais e que tem um porto de abrigo à sua espera.

A mudança de escolinha implicou largar um passado de caras conhecidas, para começar tudo de novo e voltar a sentir a confiança de novas pessoas e fazer novos amigos.

Devido a uma formação muito importante que a minha menina foi fazer, confesso que nas últimas semanas senti-me um pouco como um papá Uber, a levá-los cada um para a sua escolinha. Mas quem corre por gosta não se cansa, e é um privilégio poder assistir ao crescimento interior de cada um deles, apoiando-os no que for preciso.

Não foi fácil, claro está. Implica abdicar de muita coisa, mas é algo que se assume fazer quando se está empenhado em ajudar.

A adaptação do L à nova escolinha durou pouco mais de uma semana.

Foi o tempo necessário para o meu bebé habituar-se a novas rotinas, novas pessoas, novos lugares.

Muito tempo?

Pouco tempo?

Confesso que pensei que demorasse menos tempo, mas demorou o tempo que teve que ser. Nem mais nem menos.

Cada criança tem a sua própria personalidade e os seus medos, e por isso não há uma fórmula mágica que funcione para todos.

Paciência e confiar.

Confiar que estamos a fazer o melhor e que é uma nova etapa que os nossos filhos vão ultrapassar. O crescimento é isso mesmo, sair da nossa zona de conforto e enfrentar os nossos medos. Só assim evoluímos e adquirimos novas competências, novos conhecimentos.

 

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Durante este período fiquei com ele o tempo que foi preciso para que ele se começasse a sentir em casa e a ganhar confiança com as novas pessoas.

A última coisa que não queria que acontecesse era que ele se sentisse abandonado, sem estar adaptado. Com isso vem frustração, raiva, e choro. Muito choro. Parte-me o coração ver outros meninos a chorarem durante vários dias a chamarem pelos pais…

Com este período de adaptação evitei ao máximo que isso acontecesse, e sinto-me bem por saber que estou a dar o meu melhor para que seja o mais fluída possível.

 

amor confiança

 

Confesso que sinto-me um privilegiado por poder dar o meu tempo para que ele se sentisse bem no novo espaço.

 

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O bem mais precioso que podemos dar é o nosso tempo.

O L é um menino que entende tudo o que nós dizemos, e aos poucos fomos falando com ele sobre o novo espaço. Foi conhecendo as novas pessoas e fazendo novas amizades.

Mas não é fácil.

Vir de um período de férias com rotinas feitas e entrar numa nova escolinha não é fácil.

Quantos de nós, adultos, ficam esmorecidos no último dia de férias, sabendo que vamos voltar ao trabalho (nem sempre desejado)? Pior ainda quando mudamos de local de trabalho, a pressão aumenta. Agora imaginem isso tudo junto, com medos e inseguranças à mistura, multiplicado por 100 na mente de um bebé.

Desde sempre que o L sabe que é amado e que os pais estarão ao pé dele para o que for preciso.

Sabe que vamos sempre voltar para buscá-lo.

No meio deste regresso à rotina, os educadores e auxiliares têm um papel fundamental ao garantir que a transição seja o menos traumática possível.

A todos vós, educadores e auxiliares, o meu profundo agradecimento por todo o apoio que dão aos bebés e crianças que estão sob a vossa alçada.

Não deve ser fácil garantir que todos fiquem bem. Por vezes dois braços não chegam para acudir o choro de muitos.

É algo que só faz quem realmente gosta, disso tenho a certeza.

Confiar.

Confiar que os nossos bebés ficam bem.

É um crescimento, não só para eles, mas também para nós, pais.

 

Obrigado pela tua presença.

 

 

 

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A Escola Ideal

Passada a licença de maternidade de 6 meses, uma das grandes dificuldades que tivemos quando o L teve que ir para o berçário, foi precisamente encontrar a escola ideal.

 

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Seis meses passam num instante…para quando a extensão para, no mínimo, 1 ano, senhores políticos?

Contactámos várias entidades e fizemos algumas visitas.

Finalmente decidimo-nos, de acordo com o que sentimos que era o melhor para ele, e dentro das nossas possibilidades.

No próximo ano lectivo, vai ter que mudar de escolinha, e lá vamos nós novamente percorrer a lista das instituições que pensamos que melhor se adequam aos interesses e às necessidades do L.

Agora que está mais crescido, os requisitos da nossa escola ideal mudaram um pouco.

Mas preferencialmente tem que ser “humana”, e ter um espaço exterior para brincar livremente.

Quando refiro “humana”, significa que terá que respeitar a individualidade de cada ser, bem como as suas necessidades e o seu ritmo.

E, sobretudo, sem quadro de honra, escolarização precoce, etc. etc. etc. (a lista seria interminável…).

E no espaço exterior, tem que existir uma área sem brinquedos nem brincadeiras pré-definidas, para dar largas à imaginação.

Como se fosse uma folha de papel em branco, pronta para ser pintada como bem entendermos.

No fundo, seria um espaço em aberto, para que as brincadeiras sejam sempre diferentes, e onde se possa sujar à vontade.

Aqui, o adulto teria um papel apenas de supervisionar e garantir que as crianças não se magoem com as brincadeiras.

Mas sem imposições.

E, se possível, uma zona onde possa ter contacto com a natureza no seu estado natural.

Aqui, o nascimento das Forest School no nosso país começa a ter um papel preponderante.

A melhor escola, por vezes, é a própria natureza, cheia de ensinamentos sábios que só as crianças entendem, no seu ritmo, e na sua capacidade inata de estarem “presentes”.

A imagem que escolhi como capa para este artigo, reflecte isso mesmo.

Na nossa varanda temos uma mini-horta biológica de morangos e tomates, o que o ajuda a perceber de onde vem a comida.

Desta forma, poderá desenvolver muitas características humanitárias e sociais, ao contactar directamente com a natureza e a aprender a respeitar e a tomar conta do meio ambiente, dando-lhe também carinho e amor.

Aprenderá também a lei do retorno, em que recebemos a dobrar aquilo que damos de graça, sem segundas intenções.

Claro que o factor preço tem um papel preponderante na escolha final (infelizmente).

Mas isso não significa que a escolinha com o preço mais caro seja a melhor, muito pelo contrário.

Apesar de hoje em dia a internet dar-nos a possibilidade de saber muitas informações sobre as instituições, nada se sobrepõe à visita presencial.

É desta forma que vamos “sentir” o espaço, e principalmente as pessoas.

O falar com a futura educadora (ou educador) do nosso filho é um factor primordial.

Saber e conhecer um pouco quem é a pessoa com quem o nosso filho vai passar grande parte do seu dia é muito importante.

Afinal de contas, hoje em dia as crianças passam grande parte do dia fora de casa.

É muito importante que se sintam acolhidas num ambiente familiar, com pessoas de confiança.

Apesar de eu fazer materiais pedagógicos Montessori, e identificar-me mais com esta pedagogia de ensino, não quer dizer que não simpatize também com as outras mais conhecidas: Waldorf, Reggio Emilia, High Scope, MEM, entre outras.

Não quer dizer que Montessori está certa e as outras estão erradas.

E que, por causa disso, não exista espaço para serem aceites e introduzidas na nossa vida familiar, e no nosso quotidiano.

Apenas procuro um equilíbrio entre o que eu acho que seja o mais correcto, dentro da minha ideologia do que deveria ser a pedagogia de ensino perfeita, e absorvo um pouco de todas.

Por vezes dá vontade de juntar um pouco de todas as pedagogias de ensino e fazer uma super-pedagogia, com o melhor (ou assim pensamos) de cada uma.

Cada família tem as suas ideias definidas do que será o melhor para o seu filho,

E o que é bom para uns pode não ser para outros.

Mas mais que tudo isto, a escola é feita por pessoas, e são essas pessoas que vão cuidar do meu filho durante a maior parte do dia.

São essas pessoas que também vão incutir-lhe valores e mostrar como funciona e como se interage com o mundo.

A escola ideal é aquela que ainda não existe no presente, mas que está na mente de cada um de nós.

Cabe a nós fazermos o melhor que pudermos para a escola do nosso filho ser a melhor possível, e para que ele sinta bem.

Não começa apenas quando o vamos deixar à escola, e não termina quando o vamos buscar.

Dura o tempo que nós quisermos.

O que é a escola ideal para ti?

Deixa o teu comentário, gostaria de saber a tua opinião.

 

Obrigado pela tua presença.

 

 

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Um homem e um bebé

Um homem também sabe ficar sozinho e tomar conta de um bebé.

Vou explicar-te como.

Mas sabes, só conseguimos crescer interiormente, se nos permitirmos evoluir.

Para aprofundarmos os nossos conhecimentos, existe a necessidade de sairmos da nossa zona de conforto, de ir um pouco mais além.

De absorver informação de outras fontes, sejam elas através de livros, palestras, eventos, formações, etc.

No fundo, sermos uma versão melhor do que somos hoje; sermos capazes de fazer mais e melhor, conscientemente.

Todos nós devemos ter essa capacidade e necessidade de evolução, embora o que desejamos pode não corresponder ao que realmente necessitamos.

E é de louvar quando vemos alguém a evoluir e podemos acompanhar o seu crescimento.

Mesmo que seja uma mamã: a minha companheira de vida.

No último fim-de-semana, houve a necessidade da minha companheira fazer uma formação que durou dois dias inteiros

Adivinhem quem ficou sozinho em casa?

Os dois homens da casa: o papá e o bebé!

Sim, os homens também sabem ficar sozinhos em casa com o seu bebé.

Claro que foi uma aventura.

Das boas.

Decidi que iriam ser dois dias em que também iria dar-me a oportunidade de crescer e evoluir mais um pouco como pai, e que iria ser mais uma excelente ocasião para fortalecer os laços com o meu bebé.

Com isto, optei também por deixar as coisas fluírem naturalmente

Não iria ficar aborrecido por ele não fazer o que eu achava que ele deveria fazer, às horas que eu achava que deveriam ser feitas.

No fundo, deixei-o ser quem ele é e dar a entender que era ele quem geria o que queria fazer durante o dia.

Claro, respeitando pelo menos a hora do almoço e qualquer situação mais problemática.

Existiram situações menos boas e que tive que ultrapassar, birras próprias da fase da adolescência dos 2 anos.

Muitos denominam a crise dos 2 anos, que é uma fase terrível, etc., mas terrível para quem…?.

Mas faz tudo parte do meu crescimento enquanto pai e ser humano.

E o que fazem dois homens sozinhos em casa?

Brincam (muito!), vão às compras, passeiam no jardim, fazem refeições juntos, varrem a varanda, estendem a roupa, fazem cafuné (sim, o rapaz já sabe o que é e já pede)…

 

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No fundo, fazem companhia um ao outro.

Ao passearmos e irmos às compras, é também uma excelente oportunidade para ele perceber como nos relacionamos com as outras pessoas que encontramos na rua e nas lojas.

 

bebé

 

Para perceber como o mundo dos adultos funciona, como reagimos nas mais diversas situações.

Afinal de contas, os pais são o seu modelo de referência, e é precisamente nesta fase que eles absorvem uma grande quantidade de informação, porque é tudo novo para eles.

E, claro, tenho sempre um pequeno ajudante disposto a ajudar-me a carregar com o saco das compras.

Muitas vezes ele leva apenas um saco com qualquer coisa para sentir que está a ajudar o papá, e fica todo contente.

É um desafio tomar conta deles, quando eles são pequeninos e ainda são muito dependentes da nossa presença e dos nossos cuidados.

Mas confesso que o tempo passou num instante, não dei pelas horas passarem.

É o que acontece quando estamos bem acompanhados e estamos a fazer aquilo que gostamos.

E, infelizmente, é tempo que já não volta para trás, e por isso tem que ser sempre bem aproveitado.

Claro, a Lei de Murphy tinha que entrar em acção, e num desses dias tive que mudar-lhe de roupa duas vezes, porque as fraldas não aguentaram o super-xixi!

E, embora seja uma probabilidade muito remota, o que pode ainda mais acontecer quando se muda a fralda a um bebé…?

Um xixi descontrolado, a molhar tudo e mais alguma coisa, pois claro!

 

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Os dois homens da casa começaram-se a rir.

Um, porque sabia que estava a fazer malandrices.

O outro, para disfarçar a aflição do que estava a acontecer e sem saber como a minimizar, acabou por render-se ao momento inesperado.

“De molhado não passa, e depois limpa-se”, pensei eu.

Há coisas bem piores.

A Lei de Murphy não perdoou nesse dia.

Mas uma coisa muito boa aconteceu nesse fim-de-semana: o meu bebé finalmente adormeceu comigo, na hora da sesta.

Quando estamos em casa, é a minha mulher que o adormece depois do almoço.

Agora que ele está mais crescido, está mais consciente do que quer e do que não quer, e só se deixa adormecer com a mamã, até porque ainda é amamentado.

Mas num desses dias, levei-o para a camita e simplesmente deixou-se dormir em menos de 10m, bem encostadinho a mim!

Já há muito tempo que isso não acontecia, mas desta vez sentiu que podia entregar-se e dormir descansado, porque estava com alguém com quem confiava.

Alguém que iria tomar conta do seu sono.

E se já respeitava as decisões do meu filho e as suas vontades, dei por mim a reforçar ainda mais estas atitudes.

Descrevi sempre o que lhe ia fazer e pedi-lhe permissão de cada vez que ia mexer no seu corpo, seja para mudar a fralda ou outra coisa qualquer.

Lembrei-me sempre de pedir desculpa por tocar-lhe com a mão fria.

Assim ele já estaria prevenido se isso acontecesse, e o desconforto seria atenuado.

Queremos que ele saiba desde pequenino que o corpo é dele, e que só lhe toca quem ele deixar.

Mesmo que seja o pai ou mãe.

Claro que nada é perfeito, e algumas mudas de fraldas foram feitas com birras e a contragosto.

Mas era isso ou ele andar com o rabo e as calças molhadas.

Claro que quando a campainha toca, ao final do dia, vamos os dois a correr (de alívio) para abrir a porta à mamã.

Cada um com o seu motivo!

Mais dias assim virão, cheios de surpresas boas.

Como são os teus dias com teu bebé?

 

Obrigado pela tua presença.

 

 

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Sê Egoísta!

“Sê egoísta!

Sim! Sê egoísta com o teu bebé!”

 

Foi uma das frases que mais me marcou, dita por uma das nossas doulas no pré-parto do nosso filho.

Não o “emprestes” a ninguém.

Quase 100% das vezes que um bebé nasce, é como se fosse de todos.

É um ser tão pequenino, tão puro e perfeito que qualquer pessoa tem vontade de o pegar ao colo como se fosse dele, nem que seja só por uns breves instantes.

Esses instantes parecem uma eternidade, aos olhos dos pais.

“Ah, tão bonito! Posso pegá-lo ao colo?”

E muitos de nós, infelizmente, ficamos com “pena” da pessoa e lá “emprestamos” o nosso tesouro para ir ao colo de outra pessoa, só para lhe fazer a vontade e ficar contente.

Mas e a vontade do bebé, não conta?

Lá porque é pequenino e fofinho, não quer dizer que não tenha vontade própria.

E eles sabem bem o que querem desde muito cedo, se sabem!

Como pais, temos o direito de não querermos colocar o nosso filho nos braços de outra pessoa.

E se essa pessoa ficar chateada, paciência.

Nós somos os seus cuidadores e sabemos o que é melhor para ele.

 

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O tempo não volta para trás.

Por isso estás no teu direito, como pai ou mãe, de não permitires que o teu filho vá ao colo de outra pessoa, e de o quereres só para ti.

Muitos de nós, devido a diversos factores na sociedade actual, só somos pais uma vez.

E mesmo que tenhamos mais filhos, cada um tem a sua individualidade e unicidade, e há que aproveitar ao máximo o tempo passado com cada um.

O dia de ontem já passou, é menos um dia que o teu filho fica ao teu colo, menos um dia que lhe podes dar conforto e mimar.

As noites são longas mas os anos são curtos.

E eles crescem a uma velocidade vertiginosa, há que aproveitar todos os momentos da melhor forma possível.

Quando damos por ela, já não querem estar ao nosso colo, começam a interagir mais com o mundo que os rodeia e a ser independentes.

Vou contar-te uma história, do qual me arrependo, mas que me serviu de lição.

Certa vez, estávamos numa festa em casa de uns amigos a jantar e começou a ficar tarde.

O nosso filho começou a ficar com sono e queria ir dormir.

Mas com a agitação de ver muitas pessoas, estar num ambiente desconhecido e com barulho, não conseguia dormir.

Começámos então a despedir-nos das pessoas para irmos para casa, e claro, havia pessoas que queriam pegar no nosso filho ao colo.

Só porque ele é pequenino e é rechonchudo e é uma gracinha.

Ele, cheio de sono e já nem sabia o que fazia, estendeu os braços para uma dessas pessoas e foi ao colo de um estranho.

Arrependi-me imediatamente.

Claro, começou logo a chorar, por causa das condições todas que já referi, e porque queria sentir-se seguro no colo dos pais.

A outra pessoa ainda tentou fazer valer dos seus dotes de possível mãe e acalmá-lo, mas tive quase que arrancá-lo do seu colo para ela o largar.

Serviu-me de lição, nunca mais deixei que isso acontecesse!

Já para não falar das outras pessoas que chegam ao pé de nós, e quer mesmo que o protejamos o máximo possível de toques alheios, têm sempre o impulso de mexer nos pés ou tocar nos braços ou nas mãos!

Só porque é rechonchudinho, pequenino e engraçado!

Não se deve tocar num bebé de qualquer maneira (também gostarias que te tocassem sem deixares?), muito menos nas mãos!

Os bebés levam sempre as mãos à boca, têm que estar o mais limpas possível.

Por mais cuidado que tenhamos, as nossas mãos estão sempre sujas.

Lembra-te, não são só os pais que têm direito a serem egoístas com os seus filhos: os filhos também têm direito a serem egoístas e a quererem estar só com os pais.

Por isso, sê egoísta!

Não deixes que este arrependimento te invada quando já cá não estiveres.

Já tinhas pensado nisto? Arrependes-te de alguma coisa?

Deixa o teu comentário.

 

Obrigado pela tua presença.

 

 

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O Regresso à rotina

Inicialmente, tinha pensado em escrever o artigo desta semana sobre outro assunto bastante diferente. Confesso que as emoções vieram à flor da pele, e senti a necessidade de transmitir sobre como o regresso à rotina que existia no modo pré-férias, pode não ser tão tranquilo como gostaríamos que fosse.

Parte-nos o coração, enquanto pais, de ver o nosso rebento ir para a “tropa” (como costumamos designar a ida para a escola, na brincadeira). Dizemos tropa porque, na maior parte das vezes, as crianças são todas tratadas como um todo, como se fossem iguais, e não focadas na sua individualidade.

Infelizmente, na maior parte das vezes, tal deve-se ao facto de existirem apenas o número mínimo de cuidadores exigido por lei.

Algumas instituições por vezes nem isso têm, e trabalham um pouco à margem da lei, nalgumas situações, e não conseguem fazer muito mais do que o que já fazem.

Outras vezes, podem não ter ainda esta consciência de que, apesar de ainda serem bebés em idade física, os pequenos já têm uma personalidade construída.

Sabem muito o que querem fazer e com quem querem estar. Não é fácil o regresso dos nossos filhos ao contacto com a sociedade. Ao contacto com os amigos e com as educadoras que deixaram de ver antes das férias.

Depois de muitas semanas a passarem dias inteiros com os pais, a rirem, a brincarem, a fazerem travessuras saudáveis, a viajarem e a conhecerem o mundo, não é fácil voltar à rotina da casa-escola-casa.

Um dia antes, começámos a falar da escola, que ia rever os colegas e as educadoras. E que iria poder contar as suas novas aventuras: que foi à praia e que já gostou de brincar na areia e na água.

Mas deu logo a entender que as coisas não seriam fáceis nesse dia…

Nessa noite, demorou algum tempo a deixar-se adormecer. Passou cerca de 1h, quando na maior parte das vezes demora metade do tempo ou menos. Estaria já com as preocupações da nova rotina…?

“Papá, brinca com o L”, ouvi eu várias vezes na manhã seguinte, antes dele sair de casa.

Ainda brincámos muito com a Laura e o César, os dois balões que temos cá em casa (sim, têm nomes…).

Mas foi impossível apaziguar o choro incontrolável quando teve que sair de casa.

Todos sabemos que são sentimentos normais, e que, com o passar dos dias a rotina vai entrar nas nossas vidas de uma forma mais pacífica.

Mas não deixa de ser um processo angustiante. Vendo pelo lado positivo, o facto do teu bebé ter estes sentimentos significa que os dias de férias passados em família foram bem aproveitados. Significa que ele gosta da tua companhia e que não a trocaria por nada deste mundo.

Quando o L era mais pequeno, ainda conseguimos usufruir da licença de paternidade até ao máximo possível por lei.

Assim, só foi para a creche perto dos 6 meses (para quando o alargamento da licença de paternidade, senhores políticos…?).

Mas mesmo assim é muito cedo para um bebé enfrentar o mundo sem os seus os pais por perto.

E que podemos, nós pais, fazer? Infelizmente, não muito, porque a sociedade não nos deixa.

Ou será que podemos…?

Quase desde que nascemos, é-nos incutido e somos formatados que temos que estudar, para depois trabalhar de forma a conseguir juntar dinheiro para pagar as nossas contas.

 

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“A mamã e o papá têm que ir trabalhar para ganhar tostões”, ouvem-se muitos pais dizerem aos seus filhos. E desde muito cedo que começam a ser formatados com esta premissa, juntamente com a forma como a sociedade está construída.

E que tal trabalhar a partir de casa? Ou de certa forma, ter um horário flexível que permita acompanhar de mais perto o crescimento dos nossos filhos?

Faz parte, enquanto seres completos, perseguirmos os nossos sonhos e transformá-los em realidade, quando existe força de vontade para tal. Os nossos filhos também precisam ver isso. E os nossos sonhos deviam ser alcançados junto de quem mais amamos e de quem precisa de nós, numa idade tão tenra. As duas coisas não deveriam ser mutuamente exclusivas.

Acredito que este será o caminho, e que a nossa sociedade ainda tem uma longa estrada a percorrer nesse sentido.

Ainda existe muito espaço para evoluir, e não fará sentido ser de outra forma. Ainda por cima quando as novas tecnologias já nos ajudam de tantas formas.

Como foi o teu regresso à rotina?

Partilha a tua história e deixa o teu comentário.

 

Obrigado pela tua presença.

 

 

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A importância de ser um pai Presente

Todos os artigos que escrevo são importantes, mas este tem uma particularidade especial.

Aprendi, por experiência própria, que é de uma enorme importância ser um pai presente, para ti e para o teu filho.

Vou explicar o porquê, de acordo com o meu ponto de vista.

 

Artigo relacionado: Um homem e um bebé

 

Todos ouvimos dizer que o nascimento de um filho vem alterar a nossa vida: as rotinas, os nossos objectivos de vida, reforçar os nossos valores, e sobretudo questionar (em tudo) o mundo que nos rodeia.

Acima de tudo isto, vem ensinar-nos a amar.

Incondicionalmente.

 

Biológicamente, a ligação do bebé é muito mais forte com a mãe do que com o pai.

É a mãe que gera o filho e que o suporta e carrega (literalmente) durante 9 meses.

Muito provavelmente a voz da mãe é a primeira que o bebé vai ouvir e a conexão fortalece-se ainda mais depois do seu nascimento.

Se o bebé for amamentado, os laços com o lado materno unem-se cada vez mais a cada dia que passa.

É um momento a dois, tal como o são todos os outros momentos: o mudar a fralda, dar banho, etc.

E qual o papel do pai?

O pai pode “ajudar” nalguma situação?

Pode “ajudar” a mudar a fralda?

Pode “ajudar” a dar banho?

Pode “ajudar” nas tarefas domésticas?

Pode “ajudar” e ficar com o bebé alguns minutos para que a mãe possa descansar um pouco?

Nada disso!

O pai não pode ajudar, o pai deve partilhar a experiência da maternidade com a mãe, e aproveitar todos os momentos com o seu bebé para fortalecer a união e o afecto entre ambos.

Tem que aprender a mudar a fralda?

A limpar o cócó?

A dar banho?

A adormecê-lo?

Claro que sim, tal como a mãe.

É uma aprendizagem conjunta.

E não se pense que ter um filho é fácil, porque não é.

 

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Tem que haver uma forte uniãocompreensão e harmonia entre o casal, já que se vai perder muita coisa, mas ganha-se outra ainda maior: o amor incondicional de outro ser!

O melhor presente que podemos oferecer é estarmos presentes quando a nossa atenção é solicitada.

Desde o nascimento do meu filho que decidi estar presente sempre que ele necessitasse de mim.

Não apenas estar fisicamente, mas estar eu todo, de corpo e alma. Escutá-lo. Dar-lhe a mão quando pedisse.

Simplesmente estar.

Aprendi a mudar as fraldas e depois a lavá-las (sim, o nosso bebé só usa fraldas reutilizáveis, poupa-se muito dinheiro e o meio ambiente agradece).

E a aproveitar a muda da fralda para fortalecermos laços.

Fazer as coisas devagar (quando há tempo para isso) e com confiança, e olharmos olhos nos olhos.

O bebé tem que se sentir seguro com o pai tal como se sente com a mãe. Tem que saber que existe outro cuidador em casa com o qual ele pode contar.

Outro porto de abrigo.

 

A importância de ser um pai Presente

 

Aprendi a dar-lhe banho e a ficar com ele e a adormecê-lo (ao colo ou na mochila de babywearing), principalmente quando a mãe necessita de um tempo para cuidar de si.

Ainda me lembro da primeira vez que ficámos os dois sozinhos em casa!

Ele estava a dormir e acordou cheio de fome.

E como estava a amamentar, eu não conseguia acudi-lo da forma que ele necessitava.

E foi nessa altura que percebi realmente que ele tinha uns bons pulmões!

Eu e penso que o prédio todo 🙂

Mas são estes momentos únicos que devemos e podemos aproveitar, porque o ontem já passou e não volta, e o que interessa é o presente, o agora.

E os nossos filhos sentem se estamos apenas fisicamente presentes.

 

Já reparaste nos vários significados que a palavra presente tem?

Não deve ser por acaso, porque o simples facto de estarmos presentes (de corpo e alma) no presente (no aqui e agora), é um presente (dádiva) em si!

Lembro-me também de uma das noites difíceis que ele teve (a maior parte delas por causa dos dentinhos a nascer), ainda não sabia falar (mas já comunicava por gestos, devido ao programa BabySigns que implementámos em casa).

 

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Acordou a chorar e rapidamente a mãe pegou-o ao colo.

Mas o choro não parou, e eis que ele estende os braços para mim, a pedir o meu colo.

Incrédulo, perguntei se era mesmo isso que ele queria, porque normalmente a mãe é que resolve as dores todas, é o porto de abrigo, enquanto o pai é mais associado para a brincadeira.

Mas não, era mesmo a mim que ele queria.

Peguei-o ao colo, e, num momento quase instantâneo, deixou de chorar.

Eu, pai, desta vez tinha sido o porto de abrigo do meu filho.

Quando fomos à consulta de pediatria, e falámos neste episódio à pediatra, a resposta dela foi que “é perfeitamente normal quando o pai é presente”.

E foi aí que se de o “click”!

Sem ter percebido, eu fui (e sou) um pai presente.

Quão maravilhoso pode isso ser?

E ainda hoje ele faz questão de adormecer de mão dada comigo.

 

E tu, tens estado presente no presente do teu filho?

Deixa o teu comentário, gostaria de saber a tua opinião.

 

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