A Escola Ideal
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Passada a licença de maternidade de 6 meses, uma das grandes dificuldades que tivemos quando o L teve que ir para o berçário, foi precisamente encontrar a escola ideal.
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Seis meses passam num instante…para quando a extensão para, no mínimo, 1 ano, senhores políticos?
Contactámos várias entidades e fizemos algumas visitas.
Finalmente decidimo-nos, de acordo com o que sentimos que era o melhor para ele, e dentro das nossas possibilidades.
No próximo ano lectivo, vai ter que mudar de escolinha, e lá vamos nós novamente percorrer a lista das instituições que pensamos que melhor se adequam aos interesses e às necessidades do L.
Agora que está mais crescido, os requisitos da nossa escola ideal mudaram um pouco.
Mas preferencialmente tem que ser “humana”, e ter um espaço exterior para brincar livremente.
Quando refiro “humana”, significa que terá que respeitar a individualidade de cada ser, bem como as suas necessidades e o seu ritmo.
E, sobretudo, sem quadro de honra, escolarização precoce, etc. etc. etc. (a lista seria interminável…).
E no espaço exterior, tem que existir uma área sem brinquedos nem brincadeiras pré-definidas, para dar largas à imaginação.
Como se fosse uma folha de papel em branco, pronta para ser pintada como bem entendermos.
No fundo, seria um espaço em aberto, para que as brincadeiras sejam sempre diferentes, e onde se possa sujar à vontade.
Aqui, o adulto teria um papel apenas de supervisionar e garantir que as crianças não se magoem com as brincadeiras.
Mas sem imposições.
E, se possível, uma zona onde possa ter contacto com a natureza no seu estado natural.
Aqui, o nascimento das Forest School no nosso país começa a ter um papel preponderante.
A melhor escola, por vezes, é a própria natureza, cheia de ensinamentos sábios que só as crianças entendem, no seu ritmo, e na sua capacidade inata de estarem “presentes”.
A imagem que escolhi como capa para este artigo, reflecte isso mesmo.
Na nossa varanda temos uma mini-horta biológica de morangos e tomates, o que o ajuda a perceber de onde vem a comida.
Desta forma, poderá desenvolver muitas características humanitárias e sociais, ao contactar directamente com a natureza e a aprender a respeitar e a tomar conta do meio ambiente, dando-lhe também carinho e amor.
Aprenderá também a lei do retorno, em que recebemos a dobrar aquilo que damos de graça, sem segundas intenções.
Claro que o factor preço tem um papel preponderante na escolha final (infelizmente).
Mas isso não significa que a escolinha com o preço mais caro seja a melhor, muito pelo contrário.
Apesar de hoje em dia a internet dar-nos a possibilidade de saber muitas informações sobre as instituições, nada se sobrepõe à visita presencial.
É desta forma que vamos “sentir” o espaço, e principalmente as pessoas.
O falar com a futura educadora (ou educador) do nosso filho é um factor primordial.
Saber e conhecer um pouco quem é a pessoa com quem o nosso filho vai passar grande parte do seu dia é muito importante.
Afinal de contas, hoje em dia as crianças passam grande parte do dia fora de casa.
É muito importante que se sintam acolhidas num ambiente familiar, com pessoas de confiança.
Apesar de eu fazer materiais pedagógicos Montessori, e identificar-me mais com esta pedagogia de ensino, não quer dizer que não simpatize também com as outras mais conhecidas: Waldorf, Reggio Emilia, High Scope, MEM, entre outras.
Não quer dizer que Montessori está certa e as outras estão erradas.
E que, por causa disso, não exista espaço para serem aceites e introduzidas na nossa vida familiar, e no nosso quotidiano.
Apenas procuro um equilíbrio entre o que eu acho que seja o mais correcto, dentro da minha ideologia do que deveria ser a pedagogia de ensino perfeita, e absorvo um pouco de todas.
Por vezes dá vontade de juntar um pouco de todas as pedagogias de ensino e fazer uma super-pedagogia, com o melhor (ou assim pensamos) de cada uma.
Cada família tem as suas ideias definidas do que será o melhor para o seu filho,
E o que é bom para uns pode não ser para outros.
Mas mais que tudo isto, a escola é feita por pessoas, e são essas pessoas que vão cuidar do meu filho durante a maior parte do dia.
São essas pessoas que também vão incutir-lhe valores e mostrar como funciona e como se interage com o mundo.
A escola ideal é aquela que ainda não existe no presente, mas que está na mente de cada um de nós.
Cabe a nós fazermos o melhor que pudermos para a escola do nosso filho ser a melhor possível, e para que ele sinta bem.
Não começa apenas quando o vamos deixar à escola, e não termina quando o vamos buscar.
Dura o tempo que nós quisermos.
O que é a escola ideal para ti?
Deixa o teu comentário, gostaria de saber a tua opinião.
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